Mas não deixa de ter a sua grande e magnífica importância no contexto da Arqueologia, pois encontram-se vestígios de três épocas: Idade do Ferro (Castro), Período Romano (Vila Romana) e a Época Medieval (Necrópole).
Com o decorrer dos tempos o Mosteiro desapareceu, resistindo assim a Igreja que hoje serve de Igreja Paroquial.
Esta igreja românica é datada do século XIII. Desenvolvida longitudinalmente com a fachada orientada a poente, a fachada de empena triangular é despojada de qualquer monumentalidade.
O portal principal é formado por quatro arquivoltas perfeitas apoiadas em colunelos com capitéis lavrados. É encimado por uma rosácea poliocular.
À direita e anexada ao templo, a torre sineira quadrada com oito aberturas em arco quebrado para outras tantas sinetas, e rematada por merlões a contornar a torre.
Está classificada com Imóvel de Interesse Público.
A Pedra Formosa é um monólito de grandes dimensões, normalmente decorado com gravuras em baixo relevo. Estava localizado no interior dos balneários da civilização castreja, que permitia o acesso por uma pequena abertura ao compartimento de banhos e vapores quentes.
No caso, pertencia a um complexo de banhos do primeiro milénio a.C. Atualmente está guardado sob proteção da Câmara, para futura exposição num Museu de Arqueologia.
O Castro do Alto das Eiras é um povoado fortificado de grandes dimensões e aparente complexidade nas suas estruturas, tanto quanto os vestígios de superfície deixam entender. De forma ovalada, tem novecentos metros N-S por seiscentos metros E-O. Estas dimensões fazem deste povoado uma das maiores estações castrejas conhecidas no norte de Portugal.
Em toda a área notam-se estruturas à superfície, nomeadamente muralhas e taludes, que apontam para um período de ocupação situado entre os finais do século I a.C. e do século III d.C. Pode-se verificar que algumas destas estruturas à superfície são canais de captação de águas para uma estação balnear existente neste castro.
A foto anexada corresponde à única parte descoberta do castro, balneário que é composto por espaços funcionais como forno, câmara, antecâmara ou vestíbulo e finalmente os pátios.
A freguesia de Arnoso apresenta este testemunho arqueológico, de um passado longínquo, diversificado e único, um belo exemplar do estilo românico. Apesar de ser atribuída a iniciativa a São Frutuoso, na verdade a construção remontará, ao que os diversos estudos indicam, ao século XII.
A fundação é atribuída a duas datas, havendo neste ponto divergências entre 642 e 674. Em qualquer dos casos foi fundado no século VII por iniciativa de São Frutuoso, então Bispo de Dume e Braga, durante a época visigótica, um convento que se denominaria de Santa Eulália de Arnoso.
Consequentemente, este viria a ser parcialmente destruído pelos mouros em 1067, acabando por ser reconstruído entre 1042 e 1090 por iniciativa do Rei da Galiza, D. Garcia, ainda que se encontre a inscrição de 1156 no tímpano do portal sul.
Este convento acabaria por ser agremiado, entre os anos de 1486 e 1501, ao Convento Beneditino de Pombeiro, por ordem do Arcebispo de Braga D. Jorge da Costa, antes dos Frades Jerónimos de Belém tomarem posse na centúria de seiscentos.
Desenvolvida longitudinalmente, apresenta uma planta retangular formada por nave e capela-mor, seguindo a linha românica de pouca luz, com duas fechas situadas na fachada principal e traseiras.
A fachada principal possui o portal de tímpano em moldura reta, com arquivoltas de arco redondo e capitéis. As arquivoltas estão decoradas com elementos geométricos, entrelaçados e zoomórficos. Os mesmos elementos podem-se verificar no portal da parte lateral sul.
A Igreja de Santa Eulália do Mosteiro de Arnoso está classificada como Monumento Nacional desde 1938.