Do local podemos admirar uma excelente paisagem sobre a costa e o mar.
Este monumento militar de grandes dimensões está situado no Monte Brasil, um antigo vulcão extinto, formando uma península na costa sul da cidade de Angra do Heroísmo, e duas bonitas baías (a de Angra e do Fanal), e seria parte dominante de um conjunto de fortificações que visavam a protecção da já importante localidade de Angra do Heroísmo.
Construídas durante o período de domínio Espanhol do território, a Dinastia Filipina (1580-1640), as fortificações tinham por objecto a protecção costeira dos agressivos ataques e pilhagens por parte de Piratas e Corsários, e também o aquartelamento das tropas Espanholas.
Angra do Heroísmo era também muito importante devido ao seu posicionamento geográfico estratégico, passando por aqui muitas das rotas primordiais de comércio transcontinental.
A construção da Fortaleza iniciou-se em 1593, em pleno período de domínio espanhol, denominada então Fortaleza de São Filipe.
No contexto da Restauração da Independência Portuguesa, em 1640, aguentaram-se estoicamente as tropas espanholas nesta fortaleza durante onze meses, levando aquando da sua partida, diversas peças de artilharia, que lhes foram concedidas.
De volta ao domínio português, a fortaleza é então dedicada a São João Baptista. A fortaleza ficou também conhecida por, já no século XX, no período do Estado Novo, ter servido como prisão política.
Este cone vulcânico, resultado de uma erupção ocorrida há pouco mais de 2000 anos, integra a Zona Basáltica Fissural e é constituído por uma chaminé de 45 metros de altura que se alarga na base e termina numa lagoa de águas límpidas.
Segundo os registos, a primeira descida ao algar, com auxílio de cordas, ocorreu em janeiro de 1893, embora já se conhecesse a sua existência desde muito tempo antes. A segunda descida aconteceu em 1934, que permitiu o primeiro desenho da estrutura do algar. Em agosto de 1963 ocorreram as primeiras descidas organizadas que, com iluminação artificial, permitiram uma exploração pormenorizada do seu interior.
A descida ao algar, as estalactites e a lagoa no fundo, agora totalmente aberto ao público que pode fazer a sua descida de forma segura, forma um conjunto de grande beleza que merece a pena ser visitado.
O Algar do Carvão está classificado como Monumento Natural Regional, havendo candidatura para Património Mundial da Humanidade.
A igreja é erradamente designada de Nossa Senhora das Mercês, sendo este o orago da paróquia mas não da igreja.
A razão desta diferença tem a ver com a origem da povoação e da igreja.
Tendo sido construída a Ermida de Nossa Senhora das Mercês em 1590, a povoação de Feteira foi-se desenvolvendo à roda desta ermida. Esta evolução era lenta devido a estar situada numa zona com pouca água. Só no início do século XIX, com a construção de cisternas, a povoação se começou a desenvolver. A este facto ajudou a valorização das vinhas e do vinho e a construção da estrada real.
Sendo a ermida demasiado pequena para nela ter lugar permanente o Santíssimo Sacramento, havendo necessidade de recorrer à igreja da paróquia da Ribeirinha, tornou-se importante a construção de uma igreja maior, após a elevação de Feteira a curato, ou então ampliação da existente. O dono do terreno não aceitou a ampliação, resolvendo-se por este motivo construir a nova igreja junto da estrada real que ligava Angra do Heroísmo à Vila de São Sebastião.
Foi então construída a nova igreja, inaugurada em 1868. Por o proprietário da anterior ermida não autorizar a transferência da imagem de Nossa Senhora das Mercês, foi então aceite a oferta de uma imagem de Nossa Senhora da Consolação para o que teve que se mudar a dedicação da igreja para esta última, mantendo-se no entanto a dedicação da paróquia à Senhora das Mercês.
A construção da igreja, após ter sido interrompida em 1866 por falta de fundos, foi retomada quando o cura da paróquia iniciou uma recolha de fundos por toda a ilha, e conseguiu-se que a sua inauguração fosse efetuada em 20 de maio de 1868, embora não estando ainda terminada.
A torre sineira foi terminada em 1877 e outras obras terminaram até 1881, ano em que a igreja ficou concluída.
Tendo ficado com bastantes estragos pelo terramoto de 1 de janeiro de 1980, foi reparada mantendo-se a forma prévia.
A primeira torre tinha apenas 11 metros de altura, sendo o movimento rotativo por maquinaria de relojoaria com luz de um candeeiro de petróleo. Em 1947 passou a estar equipado com uma lâmpada de incandescência de vapor de petróleo, ficando com um alcande de 25 milhas (40 km).
O farol foi eletrificado em 1958 com alimentação num gerador local a diesel, passando a lâmpada para uma elétrica de 3000 W num alcance de 30 milhas (48 km). Devido ao mau estado em que já se enocntrava, o sistema ótico foi substituído em 1960 por outro trazido de Sagres. Em 1968 foi construída a estrada de acesso ao farol.
O sismo de 1 de janeiro de 1980 provocou danos no farol e nas casas de habitação anexadas, que foram substituídas por casas pré-fabricadas no ano seguinte.
Não se reparou o farol por ser demasiado caro, pelo contrário foi trazido o farol que existia em Cacilhas, desativado desde 1978 pela construção do novo terminal de passageiros e devido à sua pouca utilidade.
O farol danificado foi demolido, por ter sido substituído por um farolim em 1980 até ser montado o farol trazido de Cacilhas, processo esse que foi iniciado em 1983. Desativado o farolim provisório em 1986, ficou finalmente montada a torre de 15 metros de altura, que foi remodelada e automatizada em 1987 e funcionando com energia solar, com painéis fotovoltaicos, mas mantendo o gerador como reserva.
Em 2001 a Câmara Municipal de Almada quis que o farol voltasse para Cacilhas, o que veio a acontecer em 2004. Este foi então substituído por uma torre em fibra de vidro com 14 metros de altura. A lâmpada é atualmente ainda alimentada a energia solar, tendo um alcance de 12 milhas (19 km).