Com diversas designações, a de Igreja Velha de São Torcato é a de que há mais conhecimento. Sofreu várias fases construtivas nos períodos entre os séculos X e XIII, limitando-se ao último período do românico o aspeto atual do templo, mais concretamente à primeira metade do século XII.
É de 951 que data o templo, por intermédio dos Condes Portucalenses, em conjunto com D. Mumadona Dias, familiarmente ligados ao monarca, mantendo-se por isso uma linha pré-românica.
Esta linha tornou-se por isso o interesse principal, quando o templo veio a sofrer uma reforma feita pelos Cónegos de Santo Agostinho (doado por D. Afonso Henriques em 1132), privilegiando esses mesmo elementos pré-românicos, como o arco triunfal, janelas e a linha da cornija.
Com uma planta peculiar, tem no seu edifício mestre uma planta longitudinal formada por nave e capela-mor, anexada a esta dois corpos retangulares e torre sineira num plano mais recuado.
A fachada apresenta dois rasgos, ambos em moldura reta, do portal e encimado por uma janela, com grade em ferro.
Em cada lado da igreja, podemos observar duas campas funerárias, uma delas envolta numa guarda de ferro, com as respetivas inscrições, possivelmente campas de pessoas que tiveram a sua importância nesse tempo.
Está classificado como Monumento Nacional desde 1922.
A citânia de Briteiros é um sítio arqueológico da Idade do Ferro, situado no alto do monte de São Romão, na freguesia de São Salvador de Briteiros, concelho de Guimarães (a cerca de 15 km de distância, a noroeste desta cidade). Fica também perto dos santuários do Sameiro e do Bom Jesus de Braga. É uma citânia com as características gerais da cultura dos castros do noroeste da Península Ibérica.
As ruínas foram descobertas pelo arqueólogo Martins Sarmento em 1875. Consiste, basicamente, nos restos de uma povoação, com traços culturais celtas, murada. Existem, na realidade, três muralhas, com dois metros de largura, em média, e cinco metros de altura. A citânia situa-se num alto, provavelmente por razões defensivas, tal como acontece com os castros.
A influência da romanização naquele povoado, no século I a.C., é evidenciada em numerosos vestígios, tais como inscrições latinas, moedas da República, do Império, fragmentos de cerâmica importada (terra de sigillata), vidros, etc. Revela-se nesta cultura traços da influência indígena no dispositivo topográfico da povoação, no traçado das muralhas, na planta circular das casas, no processo da sua construção e na decoração com motivos geométricos.
Um dos monumentos pré-romanos mais curiosos é um balneário, constando de uma pequena câmara redonda ligada a um recinto quadrangular. Os dois compartimentos eram divididos por uma estela de forma pentagonal, com uma pequena abertura no fundo para se poder passar de um para o outro. Uma das câmaras servia para se tomarem banhos de vapor, a outra para se tomarem banhos de água fria. Durante algum tempo, pensou-se que este balneário fosse um edifício de carácter funerário.
Outros monumentos do mesmo carácter têm sido identificados em diversos castros da região asturo-galaico portuguesa em Barcelos, na citânia de Sanfins. Como testemunho do primitivismo das origens da citânia de Briteiros existem os achados de instrumento de pedra eneolíticos ou de bronze inicial. Por outro lado, as «mamoas» nas vizinhanças da citânia e as gravuras rupestres nas encostas dos montes próximos mostram a existência de uma cultura autóctone anterior à romana. Esta citânia deva ter sido definitivamente abandonada no século III.
Interpretações recentes permitem atribuir à Citânia de Briteiros o papel de capital política dos Callaeci Bracari no início do século I. d.C., onde se reuniria o respectivo "consilium gentis" na grande casa circular de bancos adossados às paredes.
Situado no centro da vila, é o ex-libris desta localidade. Ao contrário da maioria dos santuários, este não está ligado a qualquer lenda ou milagre, existindo porém o São Torcato, um dos evangelizadores da Península Ibérica, cujo corpo incorrupto está depositado num túmulo no interior do templo.
Edificado no século XIX, foi o ano de 1871 o início das obras deste mosteiro e que se mantiveram até agora.
Com tantos anos de construção, o santuário acaba por sofrer uma espécie de mistura de estilos, acabando por serem introduzidos elementos clássicos, góticos, renascentistas e românticos.
De dimensões consideráveis, apresenta um gosto pelo eclético, em cantaria de granito da região.
Formado por uma planta em cruz latina, tem a sua fachada principal dividida em três panos.
O pano central com o portal em arco de volta perfeita encimado por uma fita com dois anjos laterais e por uma janela, é rematado por um frontão triangular formado por dez arcos de volta perfeita e centrado um nicho com o São Torcato, finalizando com uma cruz, sendo estes elementos ladeados por pináculos.
Os panos laterais são formados por duas torres sineiras, rasgadas por duas portas em arco de volta perfeita encimadas igualmente por duas janelas, também em arco perfeito. Na sobreposição do friso, dois nichos com duas figuras.
Muitas são as denominações como a Lápide das Taipas, Penedo de Trajano, Penedo da Moura e finalmente Ara de Nerva, para este penedo granítico com inscrições honoríficas dedicadas ao Imperador Trajano.
Este monumento comporta assim informações preciosas de um entendimento da ampliação do culto imperial no que é hoje o território português, no decorrer do século II d.C.
Está situado precisamente ao lado da Igreja Paroquial das Caldas das Taipas.
Em 1910 foi considerado e entrou para a lista dos Monumentos Nacionais.