Depois de uma grande polémica sobre a edificação da Sé, crê-se que tenha existido um templo primitivo da época suevo-visigótica.
Depois de uma alargada escavação, surgem novos elementos que remontam ao tempo da reconquista, dois edifícios episcopais que terão existido durante o tempo em que Viseu foi capital do vasto território Mondego-Douro.
A Sé começou a ser edificada no século XII, sob o signo do românico, ainda no reinado de D. Afonso Henriques. Poucos são os elementos que sobrevivem daquela época, tais como um capitel vegetalista e a porta sul, que dá acesso aos claustros.
Começou dois séculos depois o desaparecimento do românico do edifício, quando a cidade atingiu o período áureo, em que a Sé sofreu profundamente com a renovação.
O gótico espelhado na Sé é pouco relevante, crendo-se que uma planta de três naves e três tramos associa-se mais à arquitectura beneditina, e pela monumentalidade da altura da catedral da robustez das paredes-muralhas, aproxima-se do românico.
Mas as grandes e finais renovações, quer a nível interno como externo, aconteceram no período manuelino, em que o bispo de então, D. Diogo de Ortiz e Vilhena, terminou as obras da Sé, decorria o ano de 1516. Após este término foram surgindo algumas e pequenas obras, em séculos diferentes, eliminando os estilos anteriores.
No adro da Sé está um Cruzeiro datado do século XVIII.
Com estas todas evoluções que a Sé sofreu, tornou-se em 1910 como Monumento Nacional.
O Solar, edificado como residência de cidade, originalmente pertencia à Família Almeida Cardoso Sequeira de Sousa. Passou posteriormente para as mãos da Viscondessa de Treixedo, nome pelo qual ainda hoje o edifício é conhecido.
Com características da maioria das edificações da arquitectura civil da época barroca, este solar apresenta uma planta retangular. Desenvolve-se em dois pisos, mantendo as aberturas da fachada uniforme em molduras, sendo as do andar nobre de maiores dimensões que as do térreo, desenho mais recortado e remate em frontão.
As duas portas, uma em cada ponta do solar, apresentam molduras profusamente mais trabalhadas e rematadas pelos brasões das famílias proprietárias do imóvel, quebrando assim as linhas das janelas.
Atualmente este solar é propriedade do Estado, sendo ocupado pela Caixa Geral de Depósitos.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público.
O frontispício é definido por cunhais, rematados por altos foragéus, em empena de linhas contracurvadas com volutas que remata o edifício. Ao centro abre-se um arco de asa de cesto de acesso à entrada do templo, em que esta se liga à janela do coro. Está ladeada por dois nichos de frontão contracurvado e no eixo do portal encontra-se uma cartela relevada.
O interior, de nave única, é coberto por abóbada de berço com caixotões onde foram pintados elementos hagiológios. O arco triunfal apresenta-se com talha ligando aos altares colaterais, com sanefa que os reveste, criando um amplo enquadramento para a capela-mor.
Este templo está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1945.
É conhecido como Casa do Cimo da Vila. Sendo este lugar pouco habitado no século XVIII, quando o Solar foi edificado, rapidamente se tornou com bastante densidade populacional.
Lamentam os entendidos que este Solar deveria ter um largo para realçar a sua magnífica fachada, considerada por estes entendidos como das mais significativas da cidade de Viseu e da arquitetura civil Portuguesa deste século. O seu primeiro proprietário foi José Teixeira de Carvalho, acabando por ficar na posse dos Condes de Prime, através de casamento.
O edifício apresenta uma planta retangular, com a fachada constituída por dois pisos e em dois panos, separados por pilastras, a que também se junta a capela. A maior evidência vai para o piso nobre, sendo os vãos mais distintos em tratamento e cuidados, relativamente ao piso inferior de moldura mais estática e retilínea.
Os portais de entrada, um em cada pano, assumem uma especial relevância à semelhança da maioria das casas setecentistas. Apresentam-se ambas quebrando a linha das janelas superiores, terminando em frontão interrompido com o brasão da família.
A capela é de remate triangular, ladeado por fogaréus e encimado por uma cruz. O portal articula-se com a janela superior, ambos com molduras de granito de gosto rocaille.
O Solar está destacado como Imóvel de Interesse Público.
Perto da Igreja Paroquial está o café, ponto de reunião, e um Solar num local habitualmente estratégico dos solares, situados no largo da igreja ou no centro de algumas aldeias.