A Porta do Soar corresponde a uma das sete portas das Muralhas de Viseu, provocando várias opiniões acerca da sua antiguidade, com a certeza de que pertencia à Baixa Idade Média, no século XV.
A Porta de Soar, também conhecida como Porta de São Francisco, é o principal elemento remanescente. Esta parte do pano, com o arco em ogiva, foi o eixo importante para a circulação na cidade. Ali existe uma epígrafe do ano de construção do reinado de D. Afonso V e um brasão com as armas nacionais.
No lado interior existe um nicho com o Santo tutelar da Porta, uma característica comum às principais entradas das fortalezas tardo-medievais.
Todos os panos e portas referentes à antiga muralha, estão classificados como Monumento Nacional desde 1915.
Separei esta foto das restantes com a intenção de mostrar não só mais uma rua mas também com a finalidade histórica.
Esta rua é atravessada por um pano da muralha do século XIII, que se situa no nível abaixo da rua, sendo esta vista de cima.
Esta é a Rua Formosa que vai dar ao Largo de Santa Cristina. A superfície visível da Muralha está situada no segundo letreiro.
Depois de uma grande polémica sobre a edificação da Sé, crê-se que tenha existido um templo primitivo da época suevo-visigótica.
Depois de uma alargada escavação, surgem novos elementos que remontam ao tempo da reconquista, dois edifícios episcopais que terão existido durante o tempo em que Viseu foi capital do vasto território Mondego-Douro.
A Sé começou a ser edificada no século XII, sob o signo do românico, ainda no reinado de D. Afonso Henriques. Poucos são os elementos que sobrevivem daquela época, tais como um capitel vegetalista e a porta sul, que dá acesso aos claustros.
Começou dois séculos depois o desaparecimento do românico do edifício, quando a cidade atingiu o período áureo, em que a Sé sofreu profundamente com a renovação.
O gótico espelhado na Sé é pouco relevante, crendo-se que uma planta de três naves e três tramos associa-se mais à arquitectura beneditina, e pela monumentalidade da altura da catedral da robustez das paredes-muralhas, aproxima-se do românico.
Mas as grandes e finais renovações, quer a nível interno como externo, aconteceram no período manuelino, em que o bispo de então, D. Diogo de Ortiz e Vilhena, terminou as obras da Sé, decorria o ano de 1516. Após este término foram surgindo algumas e pequenas obras, em séculos diferentes, eliminando os estilos anteriores.
No adro da Sé está um Cruzeiro datado do século XVIII.
Com estas todas evoluções que a Sé sofreu, tornou-se em 1910 como Monumento Nacional.
O Solar, edificado como residência de cidade, originalmente pertencia à Família Almeida Cardoso Sequeira de Sousa. Passou posteriormente para as mãos da Viscondessa de Treixedo, nome pelo qual ainda hoje o edifício é conhecido.
Com características da maioria das edificações da arquitectura civil da época barroca, este solar apresenta uma planta retangular. Desenvolve-se em dois pisos, mantendo as aberturas da fachada uniforme em molduras, sendo as do andar nobre de maiores dimensões que as do térreo, desenho mais recortado e remate em frontão.
As duas portas, uma em cada ponta do solar, apresentam molduras profusamente mais trabalhadas e rematadas pelos brasões das famílias proprietárias do imóvel, quebrando assim as linhas das janelas.
Atualmente este solar é propriedade do Estado, sendo ocupado pela Caixa Geral de Depósitos.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público.