O ambiente é verdadeiramente rural e a situação geográfica da capela é verdadeiramente de um isolamento. O que a rodeia, são campos agrícolas de regadio.
De finais do século XI, mais concretamente de 1098, data que a inscrição da fachada principal indica a fundação conjuntamente com o Convento de Freiras Beneditinas, no reinado de D. Afonso VI de Leão. Mais tarde, no século XIII, as Inquirições dão conta de que o Mosteiro de Valboa tinha em São João de Campos um casal coutado por padrões.
Durante o século XV surge a construção da nave, mais estreita que a capela-mor. Entretanto a Abadessa D. Inês Barbosa renuncia ao cargo por falta de freiras, sendo por isso os bens transferidos para o Mosteiro de Merufe, em Monção, tendo sido posteriormente restaurado.
O século XVI começa com a transferência de poderes para as Abadessas, uma vez que, aquando da visita do Vigário Geral ao Mosteiro, este era governado por um Padre secular, João Novais, sendo coagido a abdicar do poder. Na década de 28 deste mesmo século, por falta de observância da Regra de São Bento, o então Arcebispo de Braga, D. Diogo de Sousa, uniu o Mosteiro e as respetivas rendas ao de Santa Ana de Viana do Castelo.
No século XVII, em 1642, os terrenos do Mosteiro foram emprazados, sendo novamente emprazados, em 1850, a quinta e a capela. Já no século XX, em 1988, a capela é adquirida pela fábrica da Igreja Paroquial da freguesia.
Da simplicidade do românico, a passar pelo gótico e maneirista, a capela, que se desenvolve na longitudinal, apresenta uma planta retangular constituída por nave e capela-mor quadrangular. As fachadas são em cantaria com aparelho "vittatum".
A fachada principal é em empena com cruz em cantaria, rasgada pelo portal em arco quebrado armoriado, com o escudo de Belmir e cruz dos Pereiras em flecha, ladeada por duas pequenas janelas de avental.
A Capela de Santa Luzia está classificada como Imóvel de Interesse Público
Este ponto está situado na localidade Quinta, Campos, na freguesia Campos e Vila Meã.
(Distância: 730 m NW)
A igreja surge com o orago de São João Batista nas primeiras referências Paroquiais de 1258. É referida nos finais do século XVI no Censual do D. Frei Baltasar Limpo pela situação canónica de benefícios e pertence à Diocese de Viana do Castelo a partir de 1977.
(Distância: 1 km SW)
Sem indicação de qualquer data de edificação ou de qualquer outro elemento fundamental relativo a esta, a Igreja Matriz de Nogueira pode corresponder ao início da Nacionalidade.
(Distância: 1 km NW)
A freguesia, sem historial que aponte uma data, vive um pouco na dependência de um Mosteiro de seu nome de Valboa, da Ordem de São Bento, que ali existiu num pequeno vale da mesma freguesia. Uma freguesia que conta com cerca de 1400 pessoas residentes.
(Distância: 1 km SW)
O pelourinho, pertencente ao século XIV, está situado junto à Capela de São Sebastião e está edificado sobre um bloco de granito paralelipipédico quadrangular do qual se ergue a coluna de base quadrada.
(Distância: 1 km SW)
A Capela de São Sebastião apresenta uma planta longitudinal simples, de uma fachada também simples, com abertura da porta principal de molde retangular.
(Distância: 1 km SW)
No ano de 1080, em que a localidade era vila, sendo ainda o reinado de D. Afonso V, Rei de Leão e Castela, avô de D.Afonso Henriques, o rei doou à Igreja de São Tiago da Galiza, oferecendo o couto à Casa de Bragança.
(Distância: 1 km N)
Vila Meã é povoada desde a Pré-História, com provas da existência de pelo menos um castro num dos seus montes. Após esta teve com certeza povoamento na época da romanização, embora sem provas, que só surgem na Idade Média, no início do século XIII.
(Distância: 2 km N)
Uma construção do século XIX, a paróquia é referida em 1258 nas Inquirições Paroquiais, nessa altura conhecida como Sancti Pelagii de Villa Meyana. No final do século XIX Vila Meã é anexada ao concelho de Valença por extinção de Vila Nova de Cerveira, retornando três anos mais tarde após este ser de novo criado.
(Distância: 2 km SE)
A Igreja de São Pantaleão surge nas Inquirições de 1258 referente às igrejas pertencentes ao Bispado de Tui, situadas no território Entre o Lima e o Minho. É referida também na cópia de 1580 do Censual de D. Frei Baltasar Limpo. Destaca-se na igreja a grande torre sineira.
(Distância: 2 km SE)
Um coreto situado no largo anexo da Igreja Paroquial na localidade rural de Cornes, de planta octogonal, tem como base a pedra granítica que sustenta o palco, guardas de ferro e oito colunas igualmente de ferro. A cobertura é piramidal.
