Este concelho carrega com uma verdadeira história que lhe permite não só gozar desta identidade como transborda uma riquíssima natureza verdadeiramente deslumbrante.
Terras do Bouro, situada precisamente no coração do único Parque Nacional português, o Parque Nacional da Peneda-Gerês, faz desta vila um verdadeiro oásis da natureza. Este permite que esteja classificada como Reserva Mundial da Biosfera.
No seu território de montanha, a tendência é associada a potencialidades fortemente convidativas para um turismo ecológico. Para isso contamos com a variada fauna e flora, verdadeiros recursos termais e hidroelétricos, variadíssimos práticas de desporto da montanha e náuticos, podendo desfrutar as bacias dos Rios Cávado e Homem.
É igualmente percorrido por uma história especificamente romana, acarinhado por um reconhecimento nacional e internacional, baseando-se efetivamente na Geira Romana, traduzindo em Via Nova XVIII, que ligava Bracara Augusta a Astorga, em Espanha. Seguindo-se outros povos como os suevos, visigodos e muçulmanos, e finalmente os búrios. Estes últimos foram bastantes influentes na denominação do atual nome de Terras de Bouro, uma vez que o Boyro, na linguagem popular e na permanência deste povo nestas terras, deu origem evolutiva no atual nome.
Na entrada da época Medieval, estas terras de importância política na administração Portuguesa beneficiaram de uma carta de privilégio de D. Dinis, seguindo-lhe mais tarde o Foral atribuído por D. Manuel em 1514, na manutenção deste território.
O edifício da Câmara Municipal situa-se no Largo do Município, na zona norte da vila.
Tendo em conta as construções existentes na Vila e a demografia desta, há a possibilidade de este pequeno templo religioso ter em tempos remotos sido a Igreja Matriz ou Paroquial desta localidade.
Sem qualquer existência de dados históricos ou cronológicos, a Capela de São Brás é de uma arquitetura simples e de uma dimensão suficiente para abranger a população local.
Construída em granito e orientada longitudinalmente, apresenta uma planta retangular formada por nave e capela-mor mais estreita que a nave. A fachada simples em empena triangular tem no portal principal o maior rasgo de moldura reta, ladeada por duas pequenas janelas quadradas e encimadas por outra pequena janela redonda. É finalizada ao centro por uma cruz e ladeada por dois pináculos piramidais.
A sul apresenta duas portas em verga reta e duas janelas igualmente de molduras retas, pertencentes cada uma respetivamente à nave e à capela-mor.
A norte, um pequeno escadório em granito dá acesso a uma porta em verga reta que possivelmente dá acesso ao coro alto. Neste lado, num plano mais recuado, a marcar a separação entre a nave e a capela-mor, encontramos a sineira
Esta capela situa-se na zona norte de Terras de Bouro, mesmo ao lado do edifício da Câmara Municipal.
É entretanto deveras interessante porque podemos ver que as principais construções do largo ainda remontam a uma antiguidade em que as construções eram feitas em granito. Atualmente misturam-se com novas construções em cimento, não descurando totalmente da paisagem.
Para complementar, existe alguma restauração para que o visitante possa desfrutar algumas horas de uma localidade, tendo esta como ponto de partida para a verdadeira exploração ao Parque Nacional Peneda-Gerês, sob os olhares intrigados dos locais.