A história desta localidade é que pertenceu ao Couto de Pousadela, propriedade dos Condes de Unhão, que aqui tinham o seu Paço. O Pelourinho é um indicativo de que a localidade teve um foral, mas não há conhecimento de tal prestígio. Este Pelourinho era designado de Pelourinho de S. João de Rei.
Do século XVI, este Pelourinho encontra-se desmembrado, com a coluna a sustentar uma varanda de uma casa particular enquanto a restante parte se encontra na Junta de Freguesia. Anteriormente a pedra de armas (correspondendo à parte superior do Pelourinho) serviu de base a um cruzeiro da Via Sacra.
Mesmo com o desmembramento, o Pelourinho está classificado como Imóvel de Interesse Público.
No centro da localidade de Monsul, este pelourinho está situado junto da rotunda central, no seu lado oeste.
Denominada com outros dois títulos como Igreja Matriz de Fontarcada, ou Igreja de São Salvador, está situada no lugar do mosteiro devido ao facto de neste lugar ter sido fundado um Mosteiro Beneditino de São Salvador (orago da freguesia), em 1067 por doação de D. Godinho Fafes (Godinho Fafilaz, ou Falifaz).
Este senhor, pai do rico homem e alfares-mor de Henrique de Borgonha, conde de Portucale, é o responsável pela edificação da coutada de Fontarcada, na qual o templo foi erguido num terreiro no princípio do século XII.
A comunidade beneditina esteve neste mosteiro até à sua extinção no século XIV ou XV. Com esta extinção o mosteiro caiu na ruína até que, na atualidade, já nada resta das instalações conventuais.
No final do século XII e início do XIV, do qual remonta a atual igreja, os frades beneditinos mantiveram acesa uma disputa com os fidalgos vizinhos e senhorios. Este templo foi restaurado no século XVI.
De origem românica, a fachada principal, austera, tem um portal de três arquivoltas apoiados em seis colunelos com capitéis lavrados e ábacos salientes.
A frontaria apresenta ainda uma rosácea com moldura de dois anéis de secção idêntica à dos arcos do portal, denotando-se uma provável autoria do mesmo mestre de obras. O portal é encimado por um friso enxaquetado. O tímpano ostenta um Agnus Dei.
Desde 1910, encontra-se classificado como Monumento Nacional.
O Castelo de Lanhoso é um dos quatro monumentos que estão situados no Monte do Pilar. Considerado um dos mais antigos castelos nacionais, está documentado desde os conturbados tempos da reconquista do norte do território que viria a configurar o Reino de Portugal.
Com as obras do castelo, este sofre uma reconstrução conforme atesta a inscrição junto à entrada principal, na qual o projeto respeitou a planta pré-românica da estrutura, devido ao povoamento da região fazendo com que este servisse para a defesa de Braga.
Também com esta reconstrução, o castelo foi palco de um dos episódios mais repetidos na história de afirmação de Portugal como nacionalidade. A mando de D. Afonso Henriques, sua mãe D. Teresa foi presa nesta fortaleza em 1128.
Contudo, o castelo já não era o mesmo da atualidade, pois no século XII, no amplo processo de estruturação das terras e das respectivas cabeças de território, o conjunto foi objecto de reforma. Construiu-se assim o castelo românico com a torre de menagem no centro do pátio central. Pouco tempo depois, o alcaide deste, D. Rui Gonçalves Pereira, com a denúncia de infidelidade da mulher, mandou incendiar o castelo.
Reerguendo-se novamente, as muralhas foram a primeira parte sob o signo da arte gótica. De seguida foi o deslocamento da torre da parte central para uma das extremidades, defendendo activamente os muros, e a porta principal foi flanqueada por duas torres, de feição harmónica, mais característica dos tempos de D. Dinis.
Este monarca concedeu especial atenção ao castelo e à sua povoação, com o foral passado em 1292. Podemos ver o brasão real situado na torre virada a sul, para a vila.
Também está classificado como Monumento Nacional desde o ano de 1910.
Este pequeno feito teve a finalidade para acolher a imagem de Nossa Senhora do Rosário, antes pertencente à Igreja de São Miguel de Taíde, de modo a evitar a sua destruição, uma vez que tinha sido rejeitada pelos responsáveis da igreja.
Ficando então a imagem aos cuidados deste senhor para veneração particular, depressa correu a notícia dos dons concedidos pela então conhecida como Senhora dos Milagres. Com a afluência de peregrinos cada vez maior, crentes no seu poder milagroso, houve a necessidade do oratório ficar capela de pedra, a qual terminou no ano de 1734, local atualmente ocupado pela capela da Natividade de Nossa Senhora.
Reza a história que a fama da Senhora aumentou quando Francisco Magalhães de Machado se preparava para a levar a um pintor e miraculosamente a Senhora se transformou num excelente aspecto.
Com isto e com o avolumar de crentes, o então Arcebispo de Braga, D. José de Bragança, permitiu a construção do santuário, provido de uma escadaria à semelhança dos outros da mesma época.
A frontaria está enquadrada por duas torres, divididas em três registos. O registo superior é rasgado nas quatro faces por olhais de volta perfeita. Sobre o portal, entre um frontão de volutas, encontra-se uma imagem de Nossa Senhora de Porto de Ave.
O transepto de planta octogonal é iluminado por um zimbório oitavado com cúpula. O cruzeiro é ornado por duas estruturas retabulares em talha dourada.
A capela-mor, com teto abobadado dividido em caixotões pintados, carateriza-se por um retábulo rococó de talha dourada a revestir a parede do fundo.
O interior apresenta um notável revestimento de azulejos joaninos do século XVIII, azuis e brancos, sendo os motivos descritivos sobre a vida da Virgem e do nascimento de Jesus.
Sobre a nave estende-se uma abóbada de berço com caixotões onde estão pintadas cenas alegóricas, apoiada num entablamento de pedra decorado com um denticulado. As capelas laterais apresentam retábulos de talha polícroma. O coro é ladeado por dois órgãos de tubos guarnecidos de talha, em estilo rococó.
Os vestígios mais antigos da ocupação humana nesta zona remontam ao calcolítico, correspondente ao III milénio a.C., e um outro período de ocupação correspondente ao bronze final, dos séculos VIII e VII a.C.
Desenvolveu-se nos séculos seguintes um povoado fortificado que parece ter atingido o seu máximo nos finais da Idade do Ferro e nos primeiros séculos da romanização.
Atualmente esta povoação castreja tem ruínas nas diversas partes no sopé do Monte do Pilar. São de construções circulares com e sem vestíbulo, e retangulares, por vezes associadas a pavimentos lajeados.
Como disse, esta povoação castreja está situada no sopé do Monte do Pilar, por isso só vemos algumas construções, e estas estão bem conservadas. Pode ver-se a preocupação das entidades na sua conservação.
Na vertente sul do monte podemos ver a reconstrução de três casas, e nas outras vertentes as ruínas de outras construções, mas que estão limpas.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público.