Não há muita história, tão pouco uma data fixa quanto à sua edificação, contudo os primeiros registos de uma igreja neste local de Corvite remontam ao século XIII, no tempo da Idade Média e dedicada a Santa Maria.
Com uma planta longitudinal, é composta por uma nave única e capela-mor retangular.
A fachada simples é apresentada por um portal em arco quebrado encimado por uma pequena janela com gradeamento de ferro. Na esquerda foi adossada a esta uma sineira, à qual o acesso é feito por uma escadaria exterior.
Segundo indicações obtidas no local, no interior destacam-se frescos ainda existentes, contrariando um pouco o valor exterior.
Este templo está classificada como Imóvel de Interesse Público.
Mais um exemplar românico que atravessa o rio Selho e que ligava estas duas cidades.
A ponte terá sido construída na época medieval.
De dimensões reduzidas face ao tamanho do rio, é formada por dois arcos de volta perfeita e de dimensões diferentes. O maior situa-se no lado direito da margem com o menor no lado esquerdo. Esta diferença de dimensões possibilita o declive feito pelo tabuleiro.
Este é formado por um piso de blocos de pedra em toda a largura da ponte, alternando por um e dois consecutivamente, sendo de três no início das margens.
A localização desta capela de São Miguel do Castelo tem um conjunto de fatores que levam a crer que a sua posição na história se relaciona com o batismo de D. Afonso Henriques, talvez querendo perpetuar na história de Portugal.
Forma-se assim uma visão não correta da sua edificação, de um primitivo templo do tempo de D. Mumadona Dias, no virar do século IX para o X, tendo permanecido até ao tempo de D. Henrique e D. Teresa.
Contudo, a existência da Pia Batismal no interior do templo é a certeza de que serviu para o batismo do D. Afonso Henriques, segundo referências documentais.
Capela de São Miguel do Castelo de construção arquitetónica simples e de pequenas dimensões, do século XIII, com indicações de pertencer ao românico. Esta construção ficou a cargo da Colegiada de Guimarães, o que resultou na altura numa querela com o então poderoso Arcebispo de Braga, ao ponto de um confronto armado entre as duas partes.
No entanto a construção do templo justifica-se pela necessidade da Colegiada dispor de um templo, cuja decisão escapou à autoridade de Braga, que mesmo assim viria a consagrar o templo em 1239, numa altura em que o gótico começava a despoletar em todo o País.
Na década de setenta do século XIX o pequeno templo religioso chegou ao ponto de quase total ruína, devendo-se o seu restauro a uma comissão de habitantes notáveis de Guimarães. Manteve as caraterísticas essenciais que a igreja adquiriu ao longo da época moderna.
Já no século XX, realizou-se uma verdadeira campanha de restauro que, de acordo com as teorias de estilo de então, todos os elementos não medievais foram suprimidos, especialmente os altares Barrocos da nave.
Desenvolvida longitudinalmente, apresenta uma planta retangular formada por nave única e capela-mor mais estreita.
A fachada principal orientada para poente é rasgada por um portal em lintel interrompido, com duas arquivoltas de arco quebrado. A primeira é decorada em tímpano liso e encimada por uma fresta. No vértice o remate é feito por uma cruz florenciada.
Na atualidade está incorporado num dos mais importantes conjuntos monumentais do país, constituído pelo Castelo de Guimarães e o Paço dos Duques de Bragança.
Está classificado como Monumento Nacional desde o ano de 1910
Este edifício é singular, seguindo uma arquitetura dos finais da Idade Média à semelhança dos edifícios de Barcelos e Viana do Castelo.
Edifício de dois pisos, é constituído por arcos quebrados ligando a Praça de Santiago, nas traseiras, com o Largo da Oliveira, no qual se apresenta a fachada principal. O segundo piso é rasgado por cinco janelas de moldura reta.
É coroado por ameias, onde ao centro se destaca a escultura do século XIX.
Este edifício foi dos primeiros a fazerem parte da lista de 1910, como Monumento Nacional.
O Castelo de Guimarães foi a base da nacionalidade, no entanto uma estrutura defensiva teve a sua edificação nos meados do século X, por iniciativa da D. Mumadona Dias, com o objetivo de defesa do Mosteiro de Santa Maria de Guimarães, dos ataques dos muçulmanos e dos normandos.
Esta pequena estrutura militar viria a sofrer uma ampliação quando o Conde D. Henrique (Cavaleiro das Cruzadas) obteve por doação o Condado Portucalense. Guimarães foi escolhido para base e para estabelecer a sua corte, uma vez que esta localidade indicava a priori uma segurança que o Castelo de S. Mamede, assim chamado pela sua fundadora, oferecia.
Decorria o século XI e, uma vez que a estrutura mandada edificar por D. Mumadona necessitaria reformas urgentes, o Conde optou por demolir parcialmente, ampliando uma área mais abrangente pela fortaleza inicial, com novos e mais resistentes muros de proteção, uma técnica usada muito próxima do românico. Foi só no século XII que as reformas arquitetónicas mais importantes do castelo se realizaram, totalmente românico, em todo o perímetro amuralhado, ignorando os torreões e a torre de menagem.
No início da segunda Dinastia, parte do espaço do castelo foi privatizada, sendo então construído nesse espaço o Paço Senhorial destinado ao Alcaide da fortaleza, determinando a derradeira renovação do velho castelo medieval. As mudanças das táticas militares, motivadas pela introdução da pirobalística, marcaram o início da decadência desta fortaleza.
No século XVI foi instalada a prisão da cidade e no século seguinte o recinto serviu de palheiro real e de pedreira.
Sem dúvida que o estado de decadência continuava e no seu auge, no século XIX, um membro da Sociedade Patriótica de Guimarães propôs a demolição do castelo e a utilização das suas pedras para ladrilhar as ruas de Guimarães, sobretudo depois da fortaleza ter servido de prisão política no tempo de D. Miguel.
Claro que tal proposta não teve andamento e só em 1881 o governo classificava o castelo de Guimarães como o único monumento histórico de primeira classe em todo o Minho.
Finalmente a destruição ou a ruína da fortaleza acabaram quando em 1937 se dá o início do restauro da estrutura, com a campanha a ser conduzida pela Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. A inauguração realizou-se em 1940, por ocasião das Comemorações do VIII Centenário da Fundação da Nacionalidade.
A área do Castelo, do Paço dos Duques de Bragança e da Igreja de São Miguel estão classificados como Monumento Nacional.