O farol, considerado o primeiro nos Açores, iniciou o seu funcionamento em 26 de novembro de 1876, sendo melhorado ao longo dos tempos. Originalmente com uma lâmpada de azeite, em 1937 passou para incandescência pelo vapor de petróleo e finalmente eletrificado em 1955, tendo a lâmpada de acetileno como reserva. Em 190, pelo abandono do gás acetileno, foi montada um sistema híbrido constituído por painéis com anéis dióptricos sobre um pedestal rotativo automático.
O farol mostra relâmpagos brancos com 5 segundos de intervalo e tem um alcance de 25 milhas marítimas (cerca de 46 km).
A torre, com 15 metros de altura e situada a 66 metros de altitude, tem uma forma octogonal e é ladeada pela residência dos faroleiros.
Pouco antes de chagar ao farol, ainda na estrada principal, existe o Miradouro da Ponta do Arnel de onde tem uma bela paisagem sobre o farol, o oceano e toda a área em redor.
A fachada é dividida em três panos idênticos compostos pela porta sobreposta de uma janela, sendo a porta central maior que as laterais. Os panos são separados por pilastras. A porta central é sobreposta de uma janela em óculo e as portas e janelas são encimadas por motivos vegetalistas.
A torre sineira é composta por dois registos com ventanas das sineiras, no segundo, em arco de volta perfeita.
É uma igreja de três naves de cinco tramos e capela-mor.
No interior destaca-se as imagens que estavam no Convento Franciscano e uma imagem quinhentista de São Jorge.
Completa o interior o coro-alto de madeira a toda a largura das três naves com órgão de tubos, duas capelas laterais de cada lado da nave, uma superficial e uma mais profunda, e dois púlpitos na nave central.
A igreja foi muito modificada, como por exemplo a torre sineira que estava no extremo nordeste da igreja e foi demolida em 1723 por estar em ruínas, enquanto agora está no canto sudoeste. Inicialmente a torre tinha dois registos, e foi acrescentado um terceiro em 1909.
A frontaria e o interior foram reformados no século XVIII. Datam da época da construção as portadas em estilo manuelino, enquanto as portas laterais são em estilo barroco efetuadas em basalto, rocha típica da ilha.
A fachada frontal é dividida em três panos separados por pilastras terminadas em pináculos. No pano central conserva o portal manuelino original com arquivoltas entrelaçadas. É envolvido por arco trilobado sobre colunelos, com decoração vegetalista, nichos, anjos e brasões. Os portais laterais são do século XVIII, pela reforma da igreja, com arco entre colunas torsas e pilastras e, tal como o central, muito decorado com elementos vegetalistas.
No interior é composta por três naves, tendo em cada uma sete tramos separados por arcos de volta perfeita. Tem coro-alto sobre as três naves com órgão do século XIX.
Na nave central possui dois púlpitos um em cada lado da nave, confrontantes. As naves laterais terminam em capelas, do século XVIII, com retábulos de talha em branco, e capelas laterais com abóbada do século XVI.
Está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1953.
Esta nova igreja foi também construída às custas do povo.
Esta ermida foi construída por Mateus Dias, um dos descendentes da família de Jorge Velho que foi um dos primeiros povoadores da Ilha de São Miguel, no século XV. Foi reconstruída em 1864 e 1981.
Apesar da sua importância histórica, principalmente por ser o templo mais antigo desta ilha, este monumento está ao abandono e serve atualmente de arrecadação.
A paisagem do local é espetacular sobre a Povoação, a costa e o mar.
(Fotos inseridas com autorização dos Cátia. João)