Situado no extremo Norte de Portugal e com um olhar para a vizinha Espanha e, servindo de intermédio na configuração dos territórios destes dois países, está o rio Minho.
É precisamente este rio que permite condições bastantes favoráveis a Vila Nova de Cerveira, na certeza de uma ocupação humana com início na Pré-História, traduzido em vestígios que percorrem todo o concelho.
Com estas condições favoráveis, tornou-se mais que evidente a intensificação da presença humana nos períodos da Idade do Ferro e da Romanização, provocando um aumento demográfico. São notórios os vestígios dos castros que surgem nas colinas e cumes com apetência defensiva e, num segundo período, com a Romanização, em que a concentração humana acontece nos vales e próximos dos rios, neste caso o Minho e o Coura.
As condições favoráveis que sempre beneficiaram Vila Nova de Cerveira acentuam-se à medida que a Idade Média avança, mais especificamente durante a reconquista e após as invasões árabes, em que territorialmente Vila Nova de Cerveira ganha relevo não só nas Terras de Cerveira como as fortificações que surgem para salvaguardar o rio Minho, em que este assume o papel de fronteira, contra as investidas árabes como as Normandas.
Entretanto em 1297, aquando do tratado de Alcanices que coloca fim aos confrontos tornando possível a estabilidade geográfica e política, assiste-se novamente a um repovoamento da região. Com esta nova situação surgiu a Carta de Foral atribuída pelo rei D. Dinis em 1321, com a "Vila Nova" de Cerveira e com o foral, surgiu a necessidade de um novo castelo para defesa da vila em desenvolvimento.
Por muita proteção na linha de fronteira, as guerras continuaram, atingindo o seu auge no século XVII,com a conhecida Dinastia Filipina que reinou em Portugal durante sessenta anos e que terminou com a Restauração. A vila entretanto foi reforçada com o forte de Lovelhe e a Atalaia do Alto do Lourido, e ainda com o reforço e ampliação do Castelo da Vila.
Entra-se no século XIX e, finalmente entra-se no período de estabilização fronteiriça, e consequentemente calmia para a região. Quando é bom por um lado, é mau por outro. Aconteceu com as fortalezas existentes que, com paz, deixaram de ter funcionalidades, restando-lhes apenas na atualidade o património histórico que restou, assumindo como ex-libris da vila para lembrar as gerações vindouras a importância não só destes monumentos como da Vila Nova de Cerveira.
(Foto cedida pela Junta de Freguesia de Vila Nova de Cerveira)
A proximidade com a sede do Concelho, Vila Nova de Cerveira, faz com que a freguesia de Lovelhe seja uma das mais concorridas em todos os campos da vida quotidiana da população.
Parte da faixa do seu território encontra-se com o rio Minho, que separa os dois Países Ibéricos, constituindo belezas ribeirinhas e lindíssimas paisagens, com a sua natureza envolvente.
O território de Lovelhe tem a primeira referência na sua Igreja Paroquial no ano de 1156, sendo que as Inquirições Paroquiais ditam o futuro da localidade.
Lovelhe tem nos seus domínios uma estação arqueológica, restando saber a que época correspondem os artefactos da estação. É igualmente um território bastante apetecido e, dada à sua geografia, é possuidora de uma atalaia e um forte.
Em 2013, com a reorganização administrativa, Vila Nova de Cerveira e Lovelhe são agregadas, formando a União das Freguesias de Vila Nova de Cerveira e Lovelhe, com sede na primeira e representação na segunda.
Este ponto está situado na localidade Cerveira, na freguesia Vila Nova de Cerveira e Lovelhe.
(Distância: 127 m W)
Nesta praça está situada na considerada zona histórica da vila, aqui se situam a Igreja Matriz de Vila Nova de Cerveira e o Solar dos Castros.
(Distância: 151 m W)
Também de nome São Cipriano, está situada no centro da vila. Esta Igreja está datada do século XVI, sob planta longitudinal formada por três naves retangulares e capela-mor. A esta estão adossadas à parte central duas torres sineiras, ligeiramente recuadas.
(Distância: 157 m W)
A informação mais antiga aponta a origem do castelo para o reinado de D. Sancho II, que confirmou o foral de Elvas na qualidade de alcaide do Castelo de Cerveira.
(Distância: 157 m W)
Este pequeno templo religioso é datado do século XVII com arquitetura da época como o altar barroco em talha dourada, o teto forrado com caixotões com pinturas alusivas à Padroeira.
(Distância: 165 m W)
Situado na Praça da Liberdade, no centro histórico da Vila, é um dos edifícios mais imponentes da localidade, remontando ao século XVIII depois de uma reedificação pois o original, do século XVI, sofreu um violento incêndio.
(Distância: 193 m SW)
O Edifício dos Paços do Concelho, que alberga o órgão máximo da vila, é também o edifício que recebe e dá as boas vindas aos visitantes vindos de Viana do Castelo pela estrada nacional. Está situado no Largo do Município, à entrada da vila.
(Distância: 195 m W)
A Igreja da Misericórdia de Vila Nova de Cerveira está situada intra muros das muralhas da vila, usualmente situadas o mais próximo possível do centro de poder, sendo esta uma das políticas das Misericórdias.
(Distância: 221 m W)
Vila Nova de Cerveira é das poucas populações que lhes foram atribuídas dois forais, o primeiro em 1321 por D. Dinis e o segundo em 1621 com D. Manuel.
(Distância: 293 m W)
Situada na parte histórica da vila, esta capela barroca apresenta uma planta longitudinal de uma só nave.
(Distância: 1 km NE)
Do monte da Senhora da Encarnação como o ponto mais alto de Lovelhe, chega-nos uma verdadeira paisagem verdejante sobre o rio Minho. Duas ilhas que contemplam Vila Nova de Cerveira e Lovelhe, sendo a de Boega maior que a dos Amores.