A dificuldade de encontrar referências sobre o que quer que seja da Idade Média é enorme, e nos templos religiosos só muito tarde é que começaram a aparecer. A Igreja Paroquial de Remoães, como todas as outras, são testemunho disso, em que só nas Inquirições Paroquiais os registos se realizavam, não só pelo registo em si mas também pela taxa que o templo deveria pagar.
Como tal, só nas terceiras Inquirições durante o reinado D. Dinis, em 1307, o reconhecimento de Remoães do Inquiridor Régio teve privilégio de Honra. No entanto em 1622 começam a surgir os primeiros registos documentados de batizados e óbitos, e no ano seguinte o registo começou a ser feito para os casamentos.
Em termos administrativos a Igreja de São João, assim conhecida, como outros templos religiosos, pertenceu primeiro a Monção, seguindo-se para Melgaço. Só em 1977 a Igreja começa a pertencer à Diocese de Viana do Castelo.
Desenvolve-se longitudinalmente, numa planta retangular, composta por nave única e capela-mor mais baixa e estreita.
Adossada a esta, no lado esquerdo e num plano mais recuado, está a torre sineira com o campanário retangular de um só sino e no mesmo lado a sacristia retangular.
A fachada principal é em empena rematada por cruz latina de braços quadrangulares rematados em ponta, sobre acrotério. O rasgo é feito pelo portal principal em arco abatido, de moldura levemente recortada e terminada em cornija. É encimada por cartela oval lisa e por janela de verga abatida, com moldura formando brincos retos e terminada em cornija.
Este ponto está situado na localidade Portela, Gondomar e Corga, na freguesia Prado e Remoães.
(Distância: 271 m S)
Uma ponte romana, possivelmente com origem entre os séculos II e V d.C., atravessa a Ribeira da Folia na antiga estrada que ligava Monção a Melgaço. Um só arco suporta um tabuleiro em cavalete com guardas.
(Distância: 1 km E)
Na lista das igrejas situadas a norte do rio Lima, a mando de D. Dinis em 1320, a Igreja de São Lourenço do Prado já pertencia à Terra de Valadares. Salienta-se a escadaria que antecede a entrada e a torre sineira.
(Distância: 1 km E)
A Capela de São Tiago é uma capela privada pertencente ao solar junto. O acesso da família a quem pertence o solar faz-se pelo interior do pátio. Salienta-se a decoração do tímpano que é separado por um friso, tendo ao centro um nicho que alberga uma imagem do padroeiro São Tiago.
(Distância: 2 km E)
A freguesia de Prado tem no seu topónimo a origem da sua existência. Tal se deve aos fartos, grandes e numerosos prados de pastagem para o gado vacum, caprino e lanígero. Remoães é referenciado nas terceiras Inquirições de D. Dinis em 1307.
(Distância: 2 km S)
Em 1551 esta capela designava-se de Nossa Senhora d'Água do Lupo, assim batizada pelos mandatários da sua construção, João Alves e sua mulher Isabel Leuvente. Surge mais tarde discriminada em 1758, nas Memórias Paroquiais do Prior de Paderne.
(Distância: 2 km NE)
A edificação desta capela deveu-se a uma promessa feita pelo capitão Domingos Gomes de Abreu, sendo deferida em 1713. A bênção da nova capela ocorreu 10 anos depois, em 1723. A entrada da capela é antecedida por uma grande escadaria.
(Distância: 2 km NE)
No decorrer do século XVIII é edificado o Convento de Nossa Senhora da Conceição, não sendo concluído na totalidade, mas já com as condições suficientes para a utilização das instalações por parte dos frades, inclusivamente a igreja.
(Distância: 2 km S)
Conhecida como Ponte de Lajes, é mais um vestígio deixado pelo Império Romano num período que deverá corresponder entre os séculos II a V d.C. O piso do tabuleiro sobre um arco único é formado por grandes lajes e daí o seu nome.
(Distância: 2 km E)
Nos finais do século XIV Portugal e Castela entraram em confronto devido ao problema sucessório ao trono português, confronto que acabou por ser resolvido, segundo a lenda, por uma luta pessoal entre Inês Negra de um lado e a Arrenegada do outro.
(Distância: 2 km E)