A Igreja de Santa Ana, assim igualmente conhecida, é uma construção seiscentista, em que teve os seus primeiros registos documentados de óbitos e casamentos em 1626 e 1627 respetivamente.
Alguns anos mais tarde o templo juntamente com outros, casas e searas, teve uma verdadeira devastação incendiária por parte do Governador da Galiza, em forma de retaliação ao ataque português de D. João de Sousa.
Refeita da catástrofe dos incêndios no século XVII, a catástrofe passou ao lado em 1755, ano do grande terramoto de Lisboa que, felizmente, não teve quaisquer consequências na Igreja de Santa Ana.
Com as Inquirições Paroquiais em 1758, a freguesia já pertencia ao Arcebispado de Braga, à Comarca de Valença e ao termo de Melgaço.
Desenvolvida longitudinalmente e com uma planta retangular, é constituída por nave única e capela-mor mais pequena e estreita. Está adossada a esta, na esquerda, uma capela exterior e sacristia, e à direita a torre sineira quadrada num plano um pouco recuado e anexos retangulares.
A fachada principal orientada a poente está delimitada por cunhais apilastrados, com remate em empena com friso e cornija. É coroada por uma cruz latina de cantaria de braços trilobados sobre um plinto paralelepípédico, e nos cunhais por pináculos piramidais com bola.
É rasgada por um portal em verga reta de moldura recortada nos ângulos superiores e encimada por duas janelas retangulares de moldura simples que ladeiam um nicho albergando uma imagem pétrea de São José com o Menino sobre mísula e moldura retangular e decorada por elementos fitomórficos.
A torre sineira formada por dois registos separadas por friso e cornija, tem no primeiro registo o relógio e no segundo, em cada uma das faces, um arco de volta perfeita sobre pilastras albergando frontal e lateralmente um sino em cada face, rematado por pináculos piramidais e cobertura em coruchéu piramidal.
Este ponto está situado na localidade Igreja e Outeiro, na freguesia Chaviães e Paços.
(Distância: 887 m E)
Situada quase na ponta mais a norte de Portugal, a freguesia de Cristoval, teve os seus momentos de glória no início da Baixa Idade Média, sendo o seu topónimo de São Martinho de Cristoval de origem Galega.
(Distância: 998 m SE)
Não há informações históricas sobre a igreja. Pouco habitual nos templos religiosos, a torre sineira encontra-se adossada às traseiras da igreja. A fachada é aberta pela porta em arco encimada de uma janela retangular e terminada na cruz.
(Distância: 1 km E)
No ponto mais alto da freguesia, no monte do Facho, encontra-se a Capela de Nossa Senhora de Fátima, que teve origem num nicho erigido pela devoção e para proteção de todos aqueles que contrabandeavam.
(Distância: 1 km SW)
Situada face à Estrada Nacional 301, perto da fronteira entre as antigas freguesias de Paços e Chaviães, não há informações sobre a capela. Destaca-se a fachada frontal limitada por pilastras em cunhais rematada por empena truncada por uma sineira.
(Distância: 1 km NE)
A Capela de São Gregório, uma construção do século XVII ou XVIII, passou a ser mais conhecida por Santa Bárbara, mantendo no entanto os dois nomes comuns. Salienta-se na fachada a sineira a truncar a empena.
(Distância: 1 km NE)
Estas são antigas casas de fronteira, a última localidade antes de se passar para Espanha. Tendo as fronteiras deixado de ter sentido, estas casas estão ao abandono. A Câmara Municipal de Melgaço tem já um projeto para a sua recuperação.
(Distância: 2 km NE)
Cevide, sendo o ponto mais próximo de Espanha nesta região, os problemas com o contrabando eram bem grandes. A figura do contrabandista é a homenagem a um passado em que os homens arriscavam a sua vida para transportar mercadoria e vendê-la em outro país.
(Distância: 2 km NE)
O ponto mais a norte de Portugal, uma terra que sempre foi alvo dos olhos das autoridades, por causa da facilidade de se atravessar desde ou para Espanha e do contrabando, é o local do Marco nº 1 de Portugal Continental.
(Distância: 2 km NE)
Um pequeno rio nascido em Castro Laboreiro, na povoação Portelinha, faz de fronteira com Espanha pouco depois e durante cerca de 14 quilómetros. Finalmente vai desaguar no rio Minho, junto de Cevide.
(Distância: 2 km N)
Neste local encontram-se os dois rios, o rio Minho que nasce em Espanha e que vai desaguar ao Atlântico junto de Caminha, separando estes dois países, e o rio Troncoso que nasce em Portugal, mas igualmente tem a função de o separar de Espanha.