Situada quase na ponta mais a norte de Portugal, a freguesia de Cristoval, e contrariando um pouco a atual situação de quase esquecimento, teve os seus momentos de glória no início da Baixa Idade Média.
Um território que se ligava a terras espanholas, sendo o seu topónimo de São Martinho de Cristoval de origem Galega. A situação mudou quando se deu a Independência de Portugal e, devido à presença do pequeno rio de Troncoso que serve de fronteira, Cristoval desde então passou a ser português.
A partir deste momento, a sua história começou a ter como base as Inquirições Paroquiais. Assim, a paróquia passou a pertencer ao termo de Melgaço, mas no entanto à Comarca de Valência. Esta situação mudou com o foral dado a Melgaço por D. Manuel.
É referenciada nas Inquirições de 1258, não obstante uma outra referência de um documento mais antigo em que a freguesia apontava já para o ano de 1142, tratando-se de uma doação.
Após a era Filipina a localidade entra outra vez nos momentos importantes pela negativa, dado que os espanhóis, em 1641, invadiram o território e devastaram a localidade, incendiando tudo incluindo a Igreja Paroquial. Mesmo assim a freguesia sobreviveu a momentos difíceis, um pouco por causa da sua localização.
Na primeira metade do século XIX ainda aparece inscrita na comarca de Monção, sendo nos finais do mesmo século transferida para a de Melgaço, ficando assim até agora.
Este ponto está situado na localidade Esquipa, na freguesia Cristoval.
(Distância: 282 m NE)
No ponto mais alto da freguesia, no monte do Facho, encontra-se a Capela de Nossa Senhora de Fátima, que teve origem num nicho erigido pela devoção e para proteção de todos aqueles que contrabandeavam.
(Distância: 578 m S)
Não há informações históricas sobre a igreja. Pouco habitual nos templos religiosos, a torre sineira encontra-se adossada às traseiras da igreja. A fachada é aberta pela porta em arco encimada de uma janela retangular e terminada na cruz.
(Distância: 754 m NE)
A Capela de São Gregório, uma construção do século XVII ou XVIII, passou a ser mais conhecida por Santa Bárbara, mantendo no entanto os dois nomes comuns. Salienta-se na fachada a sineira a truncar a empena.
(Distância: 887 m W)
Igreja Matriz de Paços, dedicada a Santa Ana, é uma construção do século XVII. Foi devastada por um incêndio poucos anos depois da construção. Com as Inquirições Paroquiais em 1758, a freguesia já pertencia ao Arcebispado de Braga.
(Distância: 888 m NE)
Estas são antigas casas de fronteira, a última localidade antes de se passar para Espanha. Tendo as fronteiras deixado de ter sentido, estas casas estão ao abandono. A Câmara Municipal de Melgaço tem já um projeto para a sua recuperação.
(Distância: 2 km N)
Cevide, sendo o ponto mais próximo de Espanha nesta região, os problemas com o contrabando eram bem grandes. A figura do contrabandista é a homenagem a um passado em que os homens arriscavam a sua vida para transportar mercadoria e vendê-la em outro país.
(Distância: 2 km W)
Situada face à Estrada Nacional 301, perto da fronteira entre as antigas freguesias de Paços e Chaviães, não há informações sobre a capela. Destaca-se a fachada frontal limitada por pilastras em cunhais rematada por empena truncada por uma sineira.
(Distância: 2 km N)
O ponto mais a norte de Portugal, uma terra que sempre foi alvo dos olhos das autoridades, por causa da facilidade de se atravessar desde ou para Espanha e do contrabando, é o local do Marco nº 1 de Portugal Continental.
(Distância: 2 km N)
Um pequeno rio nascido em Castro Laboreiro, na povoação Portelinha, faz de fronteira com Espanha pouco depois e durante cerca de 14 quilómetros. Finalmente vai desaguar no rio Minho, junto de Cevide.
(Distância: 2 km N)
A ligação entre os dois países, Portugal e Espanha, é feita pela ponte mais pequena ou das mais pequenas do território, feita em madeira. Atravessa o pequeno rio Troncoso de leito estreito, mostrando os nomes dos países na vertical.