Âncora, uma freguesia do concelho de Caminha que se situa na margem esquerda ou a sul do rio com o mesmo nome, e com o Oceano Atlântico a oeste. Banhada pelo Atlântico e pelo rio, são as condições necessárias que lhe permite uma situação bastante favorável, juntamente com as outras localidades da faixa litoral. A presença de eixos quartzíticos e consequentemente uma indústria lítica desde tempos muito remotos provocaram no território uma ocupação que remonta ao período pré-histórico.
Esta ocupação acaba por se refletir com os vestígios deixados, caraterizados pelo peculiar habitat dos povoados fortificados em posições elevadas, vulgarmente conhecidas como castros, como por exemplo o único exemplar na atualidade da freguesia de Âncora, a "Cividade ou Monte da Suvidade". No entanto, a localização da cultura castreja acaba por se perder no espaço e no tempo.
Entretanto uma nova era surge, com a ocupação e reconversão deste mesmo território feita pelos romanos aquando da conquista Peninsular. Com eles, novas ideias surgiram denotando-se na parte habitacional que mais sofreu, precisamente com a reformulação das estruturas, ocorrendo já na era Cristã com o Imperador Augusto. Igualmente restaram vestígios da era romana, como ânforas, vidros, moedas, mós e uma base de coluna romana.
O século VI chega, é o início da Idade Média, a ocupação do território está feita, a questão de então resume-se a questões do foro diocesano entre Tui e mais tarde com a Independência de Portugal no século XII. Entretanto a verdadeira questão de Âncora é saber a sua antiguidade na certeza de que é anterior à Nacionalidade, sendo que esta questão veio a tornar-se muito polémica, entrando inclusivamente no Reino de Portugal aquando da sua Independência.
De uma maneira ou de outra, a povoação de Âncora mostra um passado histórico invejável, mostrando o seu orgulho e a capacidade de encarar o futuro mantendo na orla da novidade, e oferecer não só aos locatários como aos visitantes, o quanto Âncora está bem encaminhada. Isso se deve ao poder máximo, neste caso à Junta de Freguesia.
Este ponto está situado na localidade Âncora, na freguesia Âncora.
(Distância: 14 m N)
Os cruzeiros, na região minhota, são muitas vezes um pouco diferentes dos restantes. Neste caso é um crucifixo com uma cobertura, sendo desproporcional este crucifixo em relação à coluna que o suporta.
(Distância: 301 m N)
A Igreja de Santa Maria de Âncora foi uma construção da segunda metade do século XIV, mais concretamente 1360. Em 1886 viria a sofrer obras de restauro e da construção do cemitério, sendo os anexos provavelmente do século XX.
(Distância: 360 m NE)
(Distância: 515 m NE)
Isolada num meio totalmente rural, a Capela de São Brás é provavelmente original do século XVII. Situada num espaço rodeado por um pequeno muro, destaca-se a fachada aberta pela porta e duas janelas, encimada pela sineira.
(Distância: 753 m N)
Este monumento pré-histórico tem a sua data compreendida entre os anos 2000 a 1700 a.C., é o maior e o melhor preservado Monumento Megalítico de todos os quantos identificados até então, no Vale de Âncora.
(Distância: 986 m E)
A ponte foi construída no ano de 1608, no reinado dos Filipes, para substituir uma outra ali existente da era romana, de que restam apenas alguns vestígios. Uma construção em cantaria, formada por um só arco de volta perfeita.
(Distância: 1 km S)
Com origem possivelmente no ano de 1661, pouco mais se sabe da sua história. É constituída por nave e capela-mor retangulares, com a fachada aberta pela porta sobreposta da janela, ambas retangulares.
(Distância: 1 km NE)
De uma data entendida de três mil anos a.C., a mamoa, com quinze metros de diâmetro e dois metros e meio de altura, está parcialmente destruída principalmente pela oficina vizinha, mas também é ela que dá visibilidade à mamoa.
(Distância: 1 km E)
Uma edificação do século XVII, teve grandes modificações nos séculos seguintes. Sendo de arquitetura religiosa barroca, a fachada principal, orientada a poente, termina em empena triangular com a cruz no vértice.
(Distância: 1 km N)
Situado em frente à Capela de São Sebastião, comum em muitas localidades, o Coreto apresenta uma planta hexagonal, estando o gradeamento decorado com liras em cada uma dos lados do polígono.