No final do século XVIII, princípio do XIX, foi destruída e reerguida um pouco mais a sul, onde atualmente se situa. Em 1902 a capela passou a chamar-se Nossa Senhora de Saúde, tornando-se na Padroeira e mantendo-se assim até à atualidade.
De planta longitudinal, é formada por uma só nave e o altar-mor numa capela-mor mais estreita. Tem ainda uma pequena sacristia e a torre sineira.
Com uma fachada em frontão contracurvado em granito, num estilo entre o barroco e o neoclássico, apresenta o portal em arco abatido. Este é ladeado por duas janelas retangulares e encimado por uma janela com sacada de guarda de ferro.
No interior destacam-se os retábulos neoclássicos.
Na parede sul está um painel de azulejos com a imagem de Nossa Senhora da Saúde.
Sendo o maior espaço verde de Esposende, além da capela e da sua devoção, a afluência a este local é grande, tanto para a capela como para piqueniques e passeios.
Tem ainda um coreto que estava em mau estado, tal como uma fonte. Em 2016 a Câmara Municipal procedeu a obras de requalificação e melhoramento da capela e de todo o espaço envolvente. Foi melhorado todo o recinto, incluindo o coreto e a fonte, instaladas mesas para piqueniques e alterado o pavimento em volta da capela para um chão em cubos de granito. Foram também plantadas mais árvores.
Igualmente com o mesmo nome está o cruzeiro situado ao lado da capela.
De planta retangular, é formada por uma só nave, em alvenaria. Possui pilastras nos cunhais em cantaria, finalizando por pináculos piramidais com base prismática quadrada e uma esfera no topo.
A fachada em frontão de aletas é formada por um portão de verga reta com moldura. Por cima do lintel tem um frontão triangular. Neste está uma imagem de S. João Batista num painel de azulejos, criado pela fábrica Aleluia de Aveiro e ali posto após as obras em 1976.
Por cima do frontão acrescentou-se uma janela em óculo circular para iluminação do interior.
O portal está ladeado por duas pequenas janelas, também de verga reta, sobrepostas de ondulados.
A fachada termina em volutas, sobre a qual vemos uma cruz florenciada num pequeno plinto de 1699.
Sobre a fachada lateral sul, quase no ângulo com a fachada frontal, existe uma pequena sineira. O sino foi ali colocado em 1964.
O interior apresenta um altar em talha oitocentista, centralizada com a imagem de São João Batista. Possui um painel de azulejos à volta da capela e outros motivos da vida do mesmo santo.
Nas paredes laterais, sobre mísulas existem ainda as imagens de Santo Amaro, S. Vicente de Paula. Além destes há ainda um medalhão policromado em talha renascentista representando Nossa Senhora da Assunção.
A capela-mor está acoplada ao edifício da Câmara Municipal. A fachada principal está voltada a sul, ao contrário da maioria das igrejas antigas que habitualmente se encontram viradas a oeste.
A Misericordia de Esposende foi confirmada e recebeu privilégios no reinado de D. Filipe I (Filipe II de Espanha), no final do mesmo século. Talvez se deva este facto à elevação a vila e concelho em 1572 uma vez que, conforme se verifica atualmente pelos testemunhos históricos, a criação de novas misericórdias estava relacionada com a criação de concelho.
De acordo com o princípio básico da criação das Misericórdias, também esta se dedicava à assistência aos mais pobres e doentes. Esta não tinha um hospital próprio mas provavelmente dispunha de outro hospital a partir de 1600, embora se desconheça a sua localização.
A igreja e a respetiva Casa de Despacho, local onde se realizavam as reuniões dos irmãos, dirigidas pelo provedor, e se deliberava sobre os vários assuntos relativos à instituição, deve ter sido construída entre o final do século XVI e início do seguinte. A sua construção seguiu o estilo maneirista, embora haja sinais de campanhas no final do século XVII e no século XVIII.
A planta é longitudinal de nave única com capela-mor. No lado do Evangelho, a Capela dos Mareantes inscreve-se no interior da casa do Despacho.
A fachada em frontão contracurvado, que mostra um gosto pelo ecletismo, é definida por pilastras nos cunhais rematadas por pináculos sobre esferas. Este ecletismo está patente nos diversos elementos que decoram o frontão, nas molduras, a janela oval, os denteados e outras decorações das janelas e portas, motivos vegetalistas, aletas, pináculos e coruchéus.
Uma abertura ao centro define o portal em arco abatido com colunelos laterais e cornija saliente. Este é prolongada por uma cartela, enquadrada por volutas, e que termina na rosácea, janela oval que ilumina o interior, que por sua vez é sobrepujada pelas armas reais. Estas fazem parte do tímpano do frontão contracurvado terminado com uma cruz.
O estilo de construção do tímpano aponta para uma data posterior, possivelmente no século XVIII.
Na fachada lateral, a nascente e virada para o largo da Câmara Municipal, o portal é idêntico ao principal, finalizando com um nicho de volta perfeita rematado por frontão triangular.
O frontão do portal e o nicho são ladeados por duas janelas em moldura retangular encimadas por frontão contracurvado.
O interior é sóbrio, formado pela nave, um coro-alto, a capela-mor, dois altares laterais e a Capela dos Mareantes, todos de arco de volta perfeita.
A nave é revestida por azulejos de padrão seiscentista até pouco mais de um metro de altura. Destaca-se a Capela dos Mareantes e ao lado o púlpito.
Nos lados do arco triunfal estão os dois altares em arco de volta perfeita com impostas salientes, de Nossa Senhora das Dores e do Senhor dos Passos.
Nas paredes da igreja vemos imagens de S. Cristóvão, S. Tiago Peregrino e ainda da Senhora da Piedade.
A capela-mor separa-se da nave também por um arco de volta perfeita.
Apresenta um retábulo de talha em estilo nacional com alterações neoclássicas e uma tela central representando Nossa Senhora da Misericórdia, do início do século XVII. Uma pequena Pietà no nicho da capela-mor pode ser da mesma data. O teto também está forrado de caixotões.
Embora esbatidos, há restos na capela-mor de pintura com motivos vegetalistas, possivelmente do século XVIII, com outros motivos semelhantes na cornija.
A Capela do Senhor dos Mareantes, tem abertura para o lado esquerdo da nave. A sua origem está ligada à doação de uma imagem de Cristo, nos finais do século XVI, é a de maior evidência e destaque na igreja, pelos seus elementos de talha branca e dourada. Todo o revestimento da capela é feito em talha dourada em estilo maneirista. O arco em talha branca e dourada mostra motivos do grotesco e termina com uma sanefa de talha polícroma.
Os azulejos seiscentistas em losangos forram a parte inferior das paredes da capela, sendo sobreposto no segundo registo por molduras com pinturas relativas à Paixão de Cristo, separadas e enquadradas por elementos também em talha branca e dourada.
O terceiro registo, que corresponde ao teto, é formado por imagens em relevo em talha policromada representando o doze Profetas Messiânicos do Antigo Testamento, em caixotões. Assim, da arco para o fundo da capela, temos Oseias, Joel, Amós e Micheas ou Miqueias, Isaías, Nahum, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Ageu, Zacarias e Malaquias.
Na parede testeira, também em talha dourada como toda a capela, um arco de volta perfeita enquadra Jesus Crucificado, a Virgem "Mater Dolorosa" e São João Evangelista, respetivamente à sua direita e esquerda, sobre o altar em forma de sepulcro. A imagem de Jesus, sobre um painel de madeira, é rodeada por uma mandorla de raios esculpidos e cercada por cabeças de anjos. Na parte inferior, por cima do altar, vemos uma paisagem que representa Jerusalém.
Nos nichos que ladeiam este conjunto estão representados os quatro grandes sacerdotes da antiga lei, o rei David, Aarão (irmão de Moisés), Moisés e Melquisedeque.
A ladear o altar existem dois nichos, um de cada lado, sobrepostos com uma pintura a óleo em cada, representando passos da vida de Cristo.
No lado da Epístola, o lado norte, vemos o encontro de Jesus com a pecadora Samaritana junto do poço de Jacob no retábulo de madeira policromado no nicho. Por cima deste uma pintura a óleo representa a Agonia no Horto e ao lado a Flagelação e a Prisão.
No lado do Evangelho vemos o encontro de Cristo com Zaqueu no retábulo policromado no nicho. Ao lado e por cima os painéis mostram a Coroação de Espinhos, o “Ecce Homo” apresentado por Pilatos e uma das quedas a caminho do Calvário.
A Igreja com todo o recheio está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 21 de dezembro de 1974.
O projeto deste forte é de autoria do engenheiro Manuel Pinto Vila Lobos, tendo sido a construção dirigida pelo mestre Pedro da Rocha Vale, natural de Vila Nova de Cerveira.
De planta original em forma estrelada, era abaluartada com as respetivas guaritas em cada um dos ângulos.
De todo o forte, hoje apenas resta um dos panos da muralha, o do lado sul, com duas guaritas uma em cada canto, em formato hexagonal.
O farol é uma das poucas torres metálicas que existem em Portugal. Uma torre cilíndrica em ferro, do século XIX, com lanterna e varandim, pintada de vermelho sobre uma base circular de cimento.
Dos anexos constam quatro edifícios de planta retangular de um piso, rasgados por vãos de verga reta. Adossado ao farol está outro edifício também de planta retangular, de dois pisos, para os faroleiros.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1982.
No final do século XIX estava caída em ruínas e teve por isso novos trabalhos de reconstrução.
Foi acrescentada a sacristia e a capela mortuária no fim do século XX e início do XXI.
Situada no Largo Rodrigues Sampaio, também denominado Praça da Igreja Matriz, este templo religioso é constituído por uma planta retangular de três naves e capela-mor.
A inspiração neoclássica evidencia-se através dos frontões triangulares existentes sobre o portal e a fachada.
Ao centro, o portal rasga em verga reta por uma moldura encimada por frontão triangular. Separada por um friso, apresenta-se uma janela com vitral, semelhante ao portal, de verga reta com moldura, encimada por frontão triangular. Esta é ladeada por volutas laterais e duas gárgulas.
A terminar a fachada frontal está uma cruz de braços trilobados.
A fachada principal, virada para oeste, está ladeada por duas torres sineiras idênticas, tendo a da direita quatro sinos e um relógio com o mostrador circular em mármore orientado para sul. Estas torres possuem gárgulas e pináculos sobre os ângulos.
Na fachada lateral sul existe uma porta com moldura retangular e igualmente com um frontão triangular. É ladeada por quatro janelas com vitrais, duas de cada lado, com moldura retangular.
As várias janelas em toda a igreja são decoradas com vitrais com símbolos religiosos.
A fachada posterior inclui duas gárgulas e dois pináculos nos ângulos. Tal como na frontal, também esta termina com uma cruz de braços trilobados, vendo-se uma terceira cruz idêntica a terminar o corpo principal da igreja.
Interiormente, a igreja é composta por três naves longitudinais. As duas laterais estão separadas da principal por quatro arcos de volta perfeita cada uma.
A cada nave corresponde uma capela, sendo a central a capela-mor. Esta última pertence à parte mais antiga do conjunto, visível na abóbada artesoada.
O retábulo-mor apresenta uma talha dourada de grande qualidade de inspiração barroca, possuindo uma excelente imagem de Nossa Senhora dos Anjos, a padroeira da freguesia.
As naves laterais são também decoradas em talha dourada e a do lado norte, à esquerda quando olhamos para a capela-mor, é a capela batismal. É por isso decorada com um painel de azulejos representando o batismo de Jesus Cristo por S. João Batista. Este foi fabricado na casa Viúva Lamego e é de autoria do artista M. Sousa.
Fazem parte deste templo um total de cinco altares, o altar-mor, os dois das naves laterais e os outros a meio da igreja, nas paredes laterais.
Fazem ainda parte da igreja dois púlpitos, um de cada lado e nas colunas que separam os primeiros arcos dos segundos.
Ao fundo da igreja estão dois coros-altos, um sobre a entrada outro junto deste na parede lateral norte. Neste último existe o órgão de vinte e sete tubos.