Também denominado como Castelo dos Mouros ou Castelo de Moreira, pertencente à época medieval, mais concretamente, a sua construção remonta ao final do século X e início do século XI. Por isso este castelo está na Rota do Românico das terras do Basto e Vale de Sousa.
Acredita-se que uma das razões da existência deste Castelo está ligada à defesa do vizinho Mosteiro de São Bento de Arnoia. Foi também fundado neste período, com base na data de 1034 assinalada na lápide de sepultura do alcaide do Castelo.
Entre os anos 1210 e 1279 o alcaide deste Castelo, Martim Vasques da Cunha, teve dificuldades com o novo soberano D. Dinis (D. Afonso III tinha falecido e havia desentendimentos com a sua viúva, D Beatriz, tendo esta retirado para o Reino de Castela) que se recusou a desobrigá-lo do seu compromisso de honra.
Contudo, reza a lenda que, e após ter consultado várias cortes Europeias, para poder sair honrosamente deste impasse mandou sair toda a guarnição e gentes do Castelo, fechando-se no seu interior. De seguida lançou fogo a uma das suas habitações, tendo-se salvado através de um cesto que estava suspenso e preso por uma corda amarrada a uma das ameias. Só assim é que conseguiu a sua exoneração com honra.
Verdade ou não, D. Dinis arrendou os domínios de Celorico de Basto a Martim Joanes.
No século XV D. João I (1385-1433), doou o senhorio de Celorico de Basto e seu Castelo a Gil Vasques da Cunha.
D.Manuel (1495-1521) concedeu o foral de Celorico de Basto, estabelecendo sede de Concelho em Arnoia.
No século XVII, durante a Dinistia Filipina, a alcaidaria era exercida pela família dos Castros.
O Castelo de Arnoia está classificado como Monumento Nacional desde 1946.
Não podia deixar de referenciar este largo da Vila, ponto de encontro dos cidadãos desta pequena e bonita Vila de Celorico. Situada junto ao rio Tâmega, entre as serras do Barroso e Marão e o planalto do Montalongo.
Mais uma igreja pertencente à Rota do Românico nas terras do Basto. A Igreja de Santa Maria de Veade corresponde ao final do século XII e início do século XIII. Também como outras igrejas pertencentes a esta época, com maiores ou menores vestígios, vai perdendo ao longo dos tempos a sua traça original.
Pode dizer-se que esta conserva significativos trechos de arquitetura românica que nos remetem para um edifício de grande aparato durante essa época. Apesar do seu caráter rural, estes elementos não deixam, contudo, de constituir um dos melhores trabalhos dos nossos artífices do românico.
A origem está num pequeno eremitério fundado em propriedade particular que, no século XIII, se vinculou à estirpe dos Guedeões. Pode-se ver numa inscrição gravada num silhar de granito, posicionada no lado esquerdo do portal principal.
De planta longitudinal, é composta por nave única e capela-mor retangulares e dois corpos retangulares adossados lateralmente, correspondendo ao salão paroquial e à sacristia. A fachada principal é truncada pela torre sineira, rasgada por portal ladeado superiormente por janelas jazentes.
Os portais laterais com arquivoltas plenas, simples ou decoradas, estruturadas por dois pares de colunelos com bases decoradas, fustes de secção circular e facetados e capitéis com decoração fitomórfica, correspondem às da nave românica.
Faz parte da Rota do Românico, no percurso do Vale do Tâmega, com o número 56.
Este, como na maior parte das terras portuguesas que se honram a ter pelourinhos, indica que esta terra se tornou concelhia.
Foi este o caso, e devido ao isolamento da povoação de Arnoia, até então sede concelhia, D. João V determina a transferência para Britelo no lugar de Freixieiro, ficando a ser conhecida como Vila Nova de Freixieiro. Atualmente está com o nome de Celorico de Basto.
Sendo do século XVIII, mais concretamente do ano de 1734, tem a sua plataforma quadrada de três degraus onde assenta a base quadrada, com placa com inscrição na face. Coluna circular, com fuste estriado e com demarcação no centro por anel.
Capitel retangular, integrado no bloco de remate, possuindo este em três faces a pedra de arma real e com outra inscrição epigrafada. É coroado com uma bola.
A partir do ano de 1933 está declarado como Imóvel de Interesse Público.
Por este motivo e por este monumento megalítico representar um elemento funerário pré-histórico, compreende-se a sua posição junto à Igreja Matriz. É possível que esta anta, que corresponde a uma época entre o V e III milénio a.C., tenha sido transportada para este lugar.
Esta anta está situada num pequeno jardim junto da parede norte do cemitério e próximo do seu extremo oeste e junto da estrada municipal M546.