Esta casa deve o seu nome à torre que a compõe e que é o primeiro sinal que se vê de longe. Uma construção medieval, do século XVI, foi reconstruída no século XVIII.
O aspeto mais visível é a torre terminada em merlões retangulares com gárgulas nos quatro cantos.
O Cruzeiro da Torre, situado num largo à beira da estrada, é composto por um fuste cilíndrico liso sobre um bloco de secção quadrada. Este assenta em três degraus quadrados.
O cruzeiro é terminado com uma esfera assente sobre uma base quadrada e uma cruz.
Também é conhecido como Mosteiro de São João de Arnoia, este é um Mosteiro Masculino pertencente à Ordem de São Bento. Não se sabendo ao certo o ano da sua construção, crê-se que tenha sido edificado no final do século X sobre um primitivo e mais modesto cenóbio, de que restam os claustros.
Quanto ao seu fundador, também não se sabe ao certo, havendo duas versões para tal, a primeira é atribuído ao descendente de D. Afonso Henriques, Múnio Moniz, alcaide do Castelo de Arnoia, da qual o seu túmulo vazio se encontra nos claustros. A segunda versão é atribuído ao D. Arnaldo Baião, que então foi denominado Mosteiro de São João do Ermo de Arnoia. Tudo isto se passou nos finais do século IX.
De qualquer maneira, seja de uma versão ou de outra, os monges da Ordem de São Bento ocuparam este edifício desde o seu início até 1834, quando as ordens Religiosas foram extintas no País, passando assim o domínio da paróquia de Arnoia. Atualmente está ali alojada a Santa Casa da Misericórdia e um lar da terceira idade.
Deste mosteiro destaca-se também a igreja compondo assim uma planta longitudinal de nave única e capela-mor quadrangular.
O Pelourinho de Abadim existe devido ao facto de Abadim ter sido couto municipal e chegou a ser vila, com a carta de foral dada por D. Manuel em 1514.
O primeiro donatário da terra foi D. Rodrigo Viegas Badim a quem D. Afonso III coutou termo entre os anos de 1248 a 1258.
Na base circular de bordos arredondados, parcialmente enterrada, assenta a coluna de secção circular.
O fuste, com um diâmetro ligeiramente inferior, é sobreposto pelo capitel paralelipipédico de quatro faces, três lisas e uma com pedra de armas. Remate em cone com adelgaçamentos.
É monumento de Interesse Público desde 1933.
Pertencente à Rota do Românico do concelho, a Igreja do Salvador, da época medieval tardia (século XIII), sempre foi alvo de muitos conflitos. Começou por um conflito patrimonial entre um certo clérigo e Gil Vasques, homem forte e rico de Fervença, em que o primeiro requeria a posse do templo. Tudo isto se deve ao património que a igreja possuía.
Estes e outros conflitos só acabaram com a intervenção régia mas fraca do Rei. No século seguinte, e para auxiliar as obras do Mosteiro de Santa Clara em Vila de Conde, D. Dinis doa o padroado da Igreja de Fervença ao seu filho bastardo Afonso Sanches em 1318, tornando a igreja anexada ao mosteiro e permanecendo neste contexto até aos finais do século XVIII.
Claro que, mesmo com as transformações sofridas ao ponto de mudar completamente a sua figura inicial, a Igreja de Salvador não deixa de ter a sua importância na história cultural do país e religiosa para a povoação.
Faz parte da Rota do Românico no Percurso do Vale do Tâmega, com o número 58.