Apresentam um conjunto de janelas característico do final do gótico que, estruturalmente e decorativamente, apresentam características do manuelino. Testemunham que as habitações desta zona da cidade de Viseu, na primeira metade do século XVI, terão sido objecto de reformas significativas.
Estas janelas maineladas são flanqueadas por dois pares de colunelos, os exteriores lisos e os interiores enlaçados por uma fita disposta em espiral e intercaladas por pequenas esferas. Nos arcos de remate repete-se o mesmo esquema decorativo dos colunelos.
Atualmente o palacete serve a Santa Casa da Misericórdia.
A sua planta é retangular de dois pisos, com as abertura de molduras desornamentadas, dispondo-se de forma simétrica com dois registos.
O corpo central é formado por frontão curvo, no centro do qual se encontra a pedra de armas. Também se apresenta uma sacada de três janelas, com guarda de ferro.
Separei esta foto das restantes com a intenção de mostrar não só mais uma rua mas também com a finalidade histórica.
Esta rua é atravessada por um pano da muralha do século XIII, que se situa no nível abaixo da rua, sendo esta vista de cima.
Esta é a Rua Formosa que vai dar ao Largo de Santa Cristina. A superfície visível da Muralha está situada no segundo letreiro.
A Porta do Soar corresponde a uma das sete portas das Muralhas de Viseu, provocando várias opiniões acerca da sua antiguidade, com a certeza de que pertencia à Baixa Idade Média, no século XV.
A Porta de Soar, também conhecida como Porta de São Francisco, é o principal elemento remanescente. Esta parte do pano, com o arco em ogiva, foi o eixo importante para a circulação na cidade. Ali existe uma epígrafe do ano de construção do reinado de D. Afonso V e um brasão com as armas nacionais.
No lado interior existe um nicho com o Santo tutelar da Porta, uma característica comum às principais entradas das fortalezas tardo-medievais.
Todos os panos e portas referentes à antiga muralha, estão classificados como Monumento Nacional desde 1915.