Antes de 1514 Couto de Baixo pertencia ao Mosteiro de Lorvão, sendo a sede administrativa de um conjunto de terras daquele mosteiro.
A partir desse ano, Couto de Baixo torna-se sede de concelho após a outorga do foral manuelino, com a denominação de Rio de Asnos. Manteve-se nesta condição até ao século XIX em que foi extinto como concelho e passou a pertencer ao concelho de Viseu formando a sua própria freguesia com o nome de Couto de Baixo.
É atualmente uma freguesia que se juntou em 2013 com a vizinha Couto de Cima formando a freguesia Coutos de Viseu, denominação essa atribuída em 2015.
Situado no Largo do Pelourinho, juntamente com a Igreja Matriz e o Lavadouro, este pelourinho diferencia-se de todos os outros com a sua simplicidade e pela diferença do soco em que se ergue.
Ao contrário de ter os habituais degraus na base, estes foram substituídos por um soco super-dimensionado, formado por um tronco cónico e liso com 70 cm de altura.
Estando anteriormente num local um pouco afastado, mas ainda no mesmo largo, o pelourinho foi mudado para este local pelas obras de reorganização do largo e alargamento da rua, ainda no século XIX.
Os anteriores degraus que formavam a base do pelourinho eram possivelmente quatro, em que o de cima era também a base da coluna. As pedras destes degraus foram aproveitadas para o calcetamento deste espaço.
Na mudança do pelourinho para este local os degraus foram substituídos pelo soco em granito, aproveitado de um peso do lagar.
A coluna tem um fuste cilíndrico e também liso, com o topo ligeiramente maior, no qual assenta diretamente o remate sem capitel intermédio.
O remate é formado por um bloco prismático com cilindros, encimado por uma esfera achatada nos polos.
Os quatro cilindros ou colunelos abaixo da esfera, dispostos nos cantos e diametralmente opostos, são chanfrados na base.
Este singelo pelourinho está classificado como Imóvel de Interesse Público, desde o ano de 1933.
A caminho de Couto de Baixo passei pelo de Cima e pude reparar neste solar.
Os solares existentes em muitas aldeias, e principalmente estando afastadas dos grandes centros, acabam por se tornar numa mais valia.
Por vezes esta mais valia acaba por favorecer de uma maneira ou de outra a própria aldeia, catapultando-a para a ribalta. E favorecendo com algum património da sua congénere de Baixo, pode por isso ser uma mais valia.
Não tenho informações sobre este solar. Edifício simples todo em pedra, apresenta uma planta retangular, com a capela particular unindo duas partes da casa iguais uma à outra.
Seis janelas em arco abatido e dois portões em verga reta. A capela está delimitada por cunhais de pedra, encimados por pináculos.
O portal principal, em arco abatido, é encimado por uma janela. É arrematada por um frontão semicircular com o brasão da família. O portal e a janela apresentam relevos decorativos.
Em frente do solar existe ainda um cruzeiro simples com a coluna sem decoração assente sobre uma base de três degraus e que termina com a cruz.
Este pelourinho, de que se lamenta Ranhados não poder possuir o original, é apenas uma réplica. Sobre um soco de quarto degraus retangulares assenta a coluna do fuste cilíndrica e lisa.
Pode dizer-se que Ranhados não se envergonha do seu passado histórico e ali não querem esquecer o seu passado, mostrando esse interesse através do seu pelourinho.
Este, de que se lamenta Ranhados não poder possuir o original, é apenas uma réplica.
(Estas duas fotos de Agádê, Viseu)
Sobre um soco de quarto degraus retangulares assenta a coluna do fuste cilíndrica e lisa.
O capitel tem tronco piramidal liso com pendentes cantonais até ao topo e um tabuleiro quadrado que sustenta o remate. Novo tronco piramidal com uma posição oposta ao cesto do capitel com faces convexas, encimadas por calote esférica e uma esfera achatada nos polos.
Com um povoado medieval e um desconhecimento cronológico da Igreja Matriz, esta foi construída em cantaria de granito.
O portal é encimado por uma janela para o coro-alto e ladeado por duas pequenas janelas. À direita da fachada está adossada a torre sineira dividida em três tramos que encerra com uma cúpula piramidal.
No interior, a nave apresenta um coro-alto e dois retábulos dourados a ladearem o arco triunfal de volta perfeita que separa da capela-mor.
O arco triunfal é ladeado por dois altares pequenos em talha dourada, tal como o altar mor.
O pano central construído em cantaria de granito, apresenta em empena triangular, sendo o primeiro piso rasgado pelo portal principal em arco de volta perfeita e ladeado por duas janelas também em arco de volta perfeita.
No piso superior, encontram-se três janelas de molduras graníticas e outras tantas varandas com guarda de granito, encimado por frontão, possuindo um relógio e as armas da cidade. Nos panos laterais apresentam-se seis janelas com molduras, outras tantas no piso superior, também com molduras.