"Com uma vida que ronda seguramente os mil anos, Proença-a-Velha é uma das mais antigas povoações de Portugal. Temos notícia da sua existência desde os alvores da nacionalidade, quando o rei D. Afonso Henriques desenvolvia a sua política de recuperação e povoamento indispensáveis à identidade geográfica do seu reino. (...)
Foi precisamente no reinado de um outro Afonso, o 2º de Portugal, que D. Pedro Alvites, mestre dos Templários deu foral a Proença, em abril de 1218.
Num crescimento inequívoco até ao séc. XVI, a vitalidade de Proença viria progressivamente a decair até que, em 1835, lhe foi retirado o estatuto de concelho. Mas a sua gente continuaria, no labor quotidiano, a escrever páginas da mesma história." (excerto da obra - "Proença-a-Velha - uma Povoação com História" da autoria da Profª Doutora Manuela Mendonça - Edições Colibri)
Este foral é considerado como um dos diplomas de maior importância para o estudo dos municípios portugueses nos primórdios do nosso país.
Em 1 de julho de 1510 D. Manuel I concedeu foral novo a Proença-a-Velha, naquela que terá sido a época do grande apogeu desta povoação.
Fonte da Goma, localizada junto à Via Romana
A história de Proença é contudo bem mais antiga, estando certamente associada à da vetusta Egitania, a atual Idanha-a-Velha, da qual dista poucos quilómetros e à qual estava ligada por via romana, de que ainda permanecem alguns troços.
Dessa época, no I ou II séculos da nossa era, é uma ara encontrada em terrenos da atual Proença, dedicada ao deus local Revelanganitaecus.
Do castelo, que no tombo de 1505 é descrito como estando "cercado por um fosso e com duas cercas(...), com portal de pedraria forte e sobre ele as armas d'El-Rei e a cruz da Ordem (Cristo) esculpidos em pedra e tem boas portas fechadas", resta hoje a sua lembrança na toponímia local.
Nas imediações da povoação (cerca de 3 Km) existe ainda hoje o templo de Nossa Senhora da Granja. Tudo o que resta de uma granja dos templários que aqui construíram um mosteiro em homenagem a Santa Maria.
Segundo a tradição popular, o castelo terá sido arrasado aquando das Invasões Francesas, mantendo-se atualmente apenas as referências ao lugar, no Chão do Castelo, na Quelha do Castelo, na Rua do Castelo e na Rua Detrás do Castelo.
A esta ermida, que se diz ter tido grande nomeada no séc. XIV, continuam a acorrer romeiros, principalmente nas segundas-feiras da Páscoa e da Pascoela, datas da romaria local.
Muito ainda haverá para contar sobre Proença, para além do muito que já foi escrito pela ilustre historiadora Profª Doutora Manuela Mendonça, no livro "Proença-a-Velha uma Povoação com História" das Edições Colibri, editado em Dezembro de 2000, com o patrocínio da Proençal.
Este ponto está situado na localidade Proença-a-Velha