No caminho entre Canelas e Alvarenga encontramos um pequeno museu e neste caso particular de grande importância, na medida em que demonstra a vida na Terra anterior à Pré-História.
O dono deste espaço, igualmente dono de pedreiras daquela zona, foi observando o aparecimento de fósseis nestas mesmas pedreiras.
Na verdade, e traduzido para um termo mais científico, este Museu transforma-se num Centro de Interpretação Geológica de Canelas/Arouca dedicado à conservação de espécies que surgiram no mar há 500 milhões de anos, e que serviu para estudos aprofundados e detalhados que permitem inclusivamente dizer que este pequeno museu tem a maior trilobite, ou trilobita, do mundo.
Sabendo-se que esta era uma zona que abrange o concelho de Arouca e com base na Serra da Freita, bastante favorável, aliando-se assim por capricho da natureza a verdadeiros fenómenos naturais que aconteceram e marcaram o passado da Terra.
Tudo começou no passado do Planeta Terra, em que esta zona era abrangida pela plataforma do grande Continente situado nas proximidades do Polo Sul, sendo então banhado pelo mar. Com esta situação, nas profundezas do mar surgiram seres invertebrados do período Ordovícico Médio, onde se destacam seres como trilobites, bivalves, gastrópodes, cefalópodes, braquiópodes, crinóides, cristóides, hiolítidos, cornulárias, ostracodes, graptólitos e icnofósseis.
Atualmente transformados em fosséis, estas trilobites foram sem dúvida os mais bem sucedidos grupos de organismos desde o início da Terra. Esta evolução foi marcada essencialmente por avanços e recuos durante os cerca 300 milhões de anos, no registo da história do planeta.
Com uma temática de grupo, estes seres apareceram abruptamente na parte inferior do Período Câmbrico, tendo-se extinguido no final do Período Térmico, o último Período Paleozóico. As trilobites marcaram o início e fim desta importante e longa era.
Estes organismos são classificados como artrópodes em que o seu corpo se divide em três partes: um cefelão (cabeça), um tórax (tronco) e um pígidio (cauda), e cada uma destas partes era composta por três lobos, um central e dois laterais. Daí resulta no nome de trilobites.
O lobo central albergava na sua maioria os órgãos correspondentes ao digestivo e nervoso, enquanto que os laterais não só forneciam cobertura aos apêndices ventrais como albergavam outros órgãos ligados ao sistema circulatório.
Este ponto está situado na localidade Canelas, na freguesia Canelas e Espiunca.
(Distância: 1 km NE)
Uma freguesia que atualmente faz parte da União de Freguesias de Canelas e Espiunca, conta no seu território com vestígios arqueológicos, como as maiores trilobites do mundo datadas de há 490 milhões de anos, e com vestígios de ocupação romana.
(Distância: 2 km NE)
Uma igreja dedicada a São Miguel com referências nos séculos XV a XVIII, destaca-se a grande torre sineira terminada em pirâmide quadrangular e o portal em moldura retangular encimado por um óculo circular com as cruzes no vértice e extremos da empena triangular.
(Distância: 3 km N)
Mesmo ao lado da Junta de Freguesia, encontra-se este pequeno edifício recuperado classificado como moinho e que faz parte dos moinhos tradicionais, com o dia 7 de abril comemorativo para tal elemento.
(Distância: 3 km N)
A Igreja Matriz de Espiunca ou de São Martinho foi edificada em 1794, mas cedo sofreu obras de restauração no ano de 1809. Em 1945 o então padre da paróquia construiu uma nova. Destaca-se a entrada antecedida por uma escadaria e a torre sineira adossada a norte.
(Distância: 3 km N)
A origem do nome de Espiunca tem na derivação ou tradução de uma outra localidade de origem francesa de Espalungue. A via romana que faz parte do itinerário Braga/Mérida, atravessava o Paiva na zona de Espiunca. Esta freguesia pertenceu aos conselhos de Castelo de Paiva e Alvarenga, vindo a terminar no concelho de Arouca.
(Distância: 3 km N)
Estas casas estão recuperadas, tal como a rua que é a rua principal da aldeia com o seu final no pequeno Largo da Igreja. Esta recuperação deve-se à construção dos Passadiços do Paiva, que têm ali um dos seus extremos.
(Distância: 3 km N)
Este rio, que nasce na Serra da Nave, pertencente ao concelho da Moimenta da Beira, tem um comprimento de 111 Km e vai desaguar no Rio Douro, em Castelo de Paiva.
(Distância: 3 km N)
Situada a poucos metros da Junta de Freguesia e do início dos Passadiços do Paiva, a praia é banhada pelo rio Paiva, com um areal extenso que convida a banhos, ideal para todas as idades. Um espaço verdadeiramente relaxante e refrescante.
(Distância: 4 km E)
Na estrada entre Alvarenga e Canelas, a garganta do Paiva é algo em que a natureza se formou, neste segmento do rio Paiva onde o leito se torna mais estreito, não se limitando no entanto a esta garganta, mas num vasto perímetro entre Castelo de Paiva e Arouca.
(Distância: 4 km E)
Esta ponte é conhecida como a Ponte de Alvarenga ou Ponte de Canelas por unir estas duas freguesias de Arouca. Começou a ser edificada em 1770 e foi terminada em 1791.