As duas únicas coisas dadas como certas para a Torre de Refóios são a sua situação de poucos metros do Mosteiro e de tratar-se de um dos exemplares melhor conservados de uma tipologia específica para habitação senhorial, conhecida como Domus Fortis.
É caraterizada por uma torre isolada, de aspeto parecido com as torres de menagem dos castelos, sendo utilizada sobretudo por pessoas de pequenas linhagens de ascensão social. Datam os primeiros exemplares do século XII.
Esta torre é no entanto motivo das mais variadas discussões quanto à sua história e cronologia. Uma das teorias é que podia ter sido edificada na altura em que D. Afonso Henriques doou as terras de Refóios a Mem Afonso, e que este ato pode ter acontecido em 1124, segundo o Fr. António Brandão, ou em 1157, segundo José Mattoso.
Um outro dado relativo a uma lenda, e que não passa disto mesmo, em que remonta o monumento à época da Baixa Idade Média. Ligava-o à figura de D. Afonso de Ancemondes, companheiro de armas de D. Henrique e patrocinador do Mosteiro.
Uma outra opinião defendida por Carlos Azevedo era de que a torre podia datar do século XIV, uma vez que foram identificadas semelhanças com a Torre de Giela. Entretanto, a mais recente investigação feita por José Custódio Vieira da Silva remonta a torre para a primeira metade do século XIII, muito antes das inquirições de 1258.
A Torre apresenta caraterísticas consideradas arcaicas, de planta quadrangular, de baixa altura.
É formada por dois pisos, com acesso por uma única porta em arco apontado, composto por largas aduelas e orientada a sul. O acesso é feito através de uma escadaria encostada ao alçado.
A classificação, de 1996, é de Imóvel de Interesse Público.
Este ponto está situado na localidade Refoios do Lima, na freguesia Refóios do Lima.
(Distância: 323 m E)
Mais conhecido como Mosteiro de Refóios do Lima, acredita-se que seja uma edificação anterior ao século XII, mas reconstruída no século XVI.
(Distância: 2 km S)
Uma Igreja do século XIII, correspondente ao período românico, é formada por nave única, capela-mor e capelas laterais. Destaca-se o arco triunfal e o retábulo da capela-mor.
