Designada também como Igreja de Nossa Senhora de Assunção, esta igreja, construída na segunda metade do século XIII, tem tanto de modestas dimensões como de importante.
Tal importância deve-se ao seu quadro do nascente Reino de Portugal, pelas doações feitas, primeiro por D. Afonso Henriques a D. Egas Moniz, e depois mais tarde pela nora deste, D. Sancha Vermudas, à Ordem dos Hospitalários.
A igreja situa-se num ponto alto com uma excelente paisagem sobre o vale do Douro.
A igreja é composta por nave única e capela-mor mais alta, devido à inclinação do terreno onde foi construída, havendo por isso dois degraus que ligam a nave à capela-mor, além dos degraus que conduzem à entrada do templo.
A fachada principal organiza-se em dois generosos registos, correspondendo o primeiro ao portal axial em arco apontado de três arquivoltas, com capitéis decorados com elementos vegetalistas. O segundo corresponde ao óculo circular inscrito em moldura pórtica reentrante, numa rosácea de dois círculos.
Entre os dois andares exibem-se três bustos humanos que originalmente serviam de mísulas a um desaparecido alpendre.
Os capitéis do portal, onde assentam as arquivoltas, têm decoração vegetalista e floral. O tímpano é decorado com uma cruz vazada bastante elaborada.
Os portais laterais são rasgados no muro, com tímpano liso sobre mísulas. O portal norte apresenta arquivoltas com um arco exterior enxaquetado, que não existem no portal sul. Além disto, no portal norte existiu um alpendre denunciado pelas mísulas que lá podemos ainda ver.
Além destas aberturas existem ainda as típicas frestas em ambos os lados.
De destacar ainda os cachorros que sustentam o telhado, lisos na fachada sul e trabalhados na fachada norte.
Na época moderna, a igreja foi objecto de enriquecimentos, como no século XVII em que se construiu a Torre Sineira quadrangular, anexa à face meridional da fachada principal, parcialmente intervencionada em 1980.
(Foto antiga e fotos de interior inseridas com autorização da Rota do Românico)
O arco triunfal, que separa a nave da capela-mor, apesar de ser em perfil apontado, revela igualmente a qualidade e relevância do projecto no quadro românico português. Os capitéis são decorados com motivos zoo e antropomórficos, em concreto cenas de caçada, plenas de movimento e dinamismo.
A capela-mor, com os seus três tramos, evidencia uma qualidade relativamente superior à generalidade das construções de então.
Salienta-se o Calvário com o Cristo Crucificado, Maria e São João.
No período áureo do barroco realizaram-se os retábulos de talha dourada, em particular o principal, de estrutura tripartida apoiada em colunas salomónicas. A igreja foi restaurada nas décadas de cinquenta e sessenta do século passado.
Está classificado como Monumento Nacional desde 1922.
Esta Igreja Matriz de Barrô faz parte da Rota do Românico, tendo o número 31 no Percurso do Vale do Douro.
Este ponto está situado na localidade Barrô, na freguesia Barrô.
(Distância: 112 m SE)
(Distância: 581 m NE)
Um convento do século XVII fundado por Mariana Madre Deus na casa e quinta que lhe pertencia e à sua família, foi em 1834 vendido e adaptado a colégio feminino.
(Distância: 983 m SW)
(Distância: 1 km NE)
(Distância: 1 km N)
Um apeadeiro na Linha do Douro que faz serviço para a localidade de Barqueiros de que dista cerca de 1700 metros. A Linha do Douro liga Ermesinde ao Pocinho, numa extensão de 160 km.
(Distância: 1 km E)
(Distância: 1 km NW)
Uma capela do século XVIII, salienta-se o tímpano, com um nicho da padroeira, encimado pela sineira e ladeado por grandes pináculos sobre pilastras.
(Distância: 2 km NW)
Igreja Matriz de Barqueiros, neoclássica, do século XIX, destaca-se a torre sineira à esquerda da igreja terminada num varandim tendo um coruchéu piramidal ao centro.
(Distância: 2 km S)
(Distância: 2 km S)