Esta igreja é o que resta de um conjunto conventual do mosteiro masculino ali edificado de seu nome São Cláudio, sendo esta a primeira construção de São Martinho de Dume. Atualmente o que resta é o templo religioso.
Esta construção realizou-se no século VI, havendo mais tarde, na primeira metade do século XII, uma campanha de obras de reconstrução do conjunto conventual. Em 1201 deu-se a sagração da igreja pelo bispo de Tui, a cuja diocese pertenciam as igrejas no território a norte do rio Lima.
No século XIII concretizaram-se melhorias na igreja, com a elevação da nave e a ampliação da capela-mor. Na primeira metade do século XVI, por falecimento sem sucessão do comendatário Gomes Velho, o Papa Clemente VII nomeou o seu amigo, o Cardeal Nicolau de Ruduphu, que nunca a visitou, o que originou muitos protestos.
Com o século XVI, a catástrofe aconteceu com a extinção do convento por determinação do Abade de Tibães, convertendo a igreja numa vigararia secular e passando os rendimentos para o Colégio de São Bento de Coimbra e a comendatários.
Estes desmembraram muitas das suas propriedades não concedendo mais que um valor fixado aos vigários que não tinham apoio da população. Com esta decisão, a paróquia de São Cláudio teve que ser anexada à da sua vizinha de São João de Nogueira, o que contribuiu para o seu abandono.
No século XVII deu-se a construção da sacristia na fachada sul, no século seguinte a construção do coro, vários retábulos e um pequeno campanário sobre a empena. No século XIX, deu-se a substituição da fresta por um óculo na fachada principal, e no século XX, em 1936, durante umas obras de restauro, riu parte da parede da fachada norte.
Durante o século XX a Igreja de São Cláudio esteve sempre em diversas campanhas de obras de recuperação, melhoramentos e conservação, talvez devido à classificação que obteve em 1910.
Com desenvolvimento longitudinal, com uma planta retangular, é composta por nave única e capela-mor quadrangular, esta mais baixa e com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas. As fachadas são em cantaria aparente e as cornijas sobre modilhões da capela-mor são historiados, sobretudo com cabeças de touro, lobo e algumas composições realísticas.
A fachada principal, orientada a poente, é em empena interrompida por uma sineira, tendo esta última uma empena sobre cornija besantada.
O portal é em arco de volta perfeita de quatro arquivoltas, sobre pés direitos, tendo o terceiro arco de aresta decorado com besantes, tímpano com cruz equilátera vazada e ladeada por dois zoomorfos gravados. O portal é encimado por uma estreita fresta.
A Igreja de São Cláudio está classificado como Monumento Nacional desde o ano de 1910.
Este ponto está situado na localidade São Cláudio, na freguesia Nogueira, Meixedo e Vilar de Murteda.
(Distância: 1 km SE)
Uma capela de enquadramento rural e isolada, desenvolve-se longitudinalmente com a fachada principal orientada a sul e com uma planta retangular, constituída por nave e capela-mor. Destaca-se na fachada principal o tímpano terminado com a cruz, ladeado por pináculos e a sineira à esquerda.
(Distância: 1 km NW)
A Freguesia de Nogueira em tempos remotos era uma lugar de passagem, com predominância de nogueiras, e daí o seu nome. A sua antiguidade provém da Pré-história, que os vestígios assim conferem, como gravuras rupestres, fortificações de épocas castrejas, da época romana e por fim da Idade Média, com um castelo que ali foi edificado.
(Distância: 1 km SE)
Não há muito para contar da história da Freguesia da Torre, uma localidade que permite recuar no tempo e que garante a partir do século IX a relevância necessária que um Mosteiro pode oferecer à sua população, ao ponto desta localidade consistir num padroado real.
(Distância: 1 km NW)
Esta igreja de São João é uma edificação dos finais do século XVIII, que entra para a Diocese de Viana do Castelo no ano de 1977. Num nível bastante abaixo no nível da estrada, com acesso por uma rampa, destaca-se a torre sineira num plano recuado e os dois nichos a ladear a porta principal.
(Distância: 1 km NW)
Um cruzeiro barroco do século XVIII, é constituído por um pedestal de três degraus paralelepipédicos, em que assenta um soco quadrado trabalhado nas quatro faces. Ali se eleva o fuste que termina com Cristo Crucificado. Na base três figuras observam o Crucifixo.
(Distância: 1 km SE)
A Igreja de São Salvador, tanto no edifício como no nome, provém do mosteiro beneditino que ali em tempos existiu, o Mosteiro de São Salvador da Torre, fundado pelo Conde D. Paio Bermudes, remontando aos finais do século IX. Entrou para a Diocese de Viana do Castelo em 1977.
(Distância: 1 km NW)
Esta capela provavelmente é uma construção do século XVIII. Situada à face da Estrada Nacional e a poucas dezenas de metros da Igreja Paroquial, destaca-se a fachada que contém, ao centro no piso superior, um nicho fechado por um vidro com a imagem da Senhora da Conceição, ladeado por aletas e encimado por um frontão triangular.
(Distância: 2 km SW)
(Distância: 2 km E)
Segundo o nome que lhe é atribuído, entende-se que é uma capela em que a sua edificação provavelmente decorre no início da segunda metade do século XX. Situado num pequeno morro, a capela demonstra uma simplicidade com o único rasgo do portal em arco de volta perfeita.
(Distância: 2 km SW)
A Capela de São Silvestre surgiu de uma tradição secular a este santo que definiu o seu local e igualmente presidiu à construção do templo. Atualmente é um santuário que atrai milhares de romeiros, com os seus animais pois é atribuída ao santo a sua proteção.