Este nome do São Julião é usado para a denominação da localidade e para o Orago da Igreja. A igreja tem como única referência este santo que, segundo a Igreja Católica, é um verdadeiro mártir por simplesmente seguir as leis cristãs. Do século IV, foi martirizado e perseguido durante as perseguições de Diocleciano, que acabou por o levar à morte.
São Julião, o orago e protetor do templo religioso que tem nas Inquirições Paroquiais as suas referências documentais em 1258, mas a sua edificação pode corresponder a um tempo mais antigo. Contudo, nesta sua primeira prova documental, no território Entre Lima e Minho, a igreja estava citada como uma das subordinadas ao Bispado de Tui. Era então conhecida como São Julião da Silva, e o rei detinha metade deste padroado.
Esta igreja incluía-se na lista para pagamento de uma taxa, já o templo pertencia ao Arcediago de Cerveira. No século XV realizou-se o desmembramento do território do Bispado de Tui e consequentemente as constantes trocas de Comarcas, acabando por vir a pertencer à Comarca de Valença do Minho com a aprovação do Papa Leão X.
Em 1580, a igreja ainda chamada de São Julião da Silva, sobre a situação Canónica de benefícios, aparece dividida, sendo metade com cura na apresentação do Arcebispo e alguns padroeiros e a outra sem cura, na apresentação ao Arcebispo. No início do século XIX o templo tomou a denominação por que atualmente é conhecida. Entrou para a Diocese de Viana do Castelo em 1977.
A Igreja de São Julião, que se desenvolve na longitudinal, apresenta uma planta retangular formada por nave e capela-mor mais estreita. Adossada a esta, na fachada norte e no correr dos dois corpos, a sacristia e anexos.
Neste mesmo lado e num plano mais recuado que a fachada, a torre sineira quadrada de três pisos separados por frisos, em que o primeiro possui uma janela, o segundo o relógio e o terceiro com as quatro faces abertas em arcos de volta perfeita, sendo só duas aberturas que albergam os sinos. A cobertura é piramidal.
No lado oposto e encostada à fachada principal, uma simples sineira retangular, cuja abertura é em arco de volta perfeita e sem sino.
A fachada principal é em empena triangular, que se delimita por pilastras em cunhais, com remate de pináculos com socos, e ao centro a cruz latina.
Os rasgos limitam-se ao do portal principal em moldura reta encimado por um janelão retangular em arco abatido.
Este ponto está situado na localidade Roçado, na freguesia São Julião e Silva.
(Distância: 188 m W)
Casa da Torre da Silva ou Casa Solar dos Silvas, foi fundada por D. Guterre Aldrete da Silva, de Galiza, que deu início à Família Silva. No século XVII foi construída a torre anexada à casa. Torre de arquitetura militar, com uma planta quadrangular de dois pisos, teve aproveitamento residencial.
(Distância: 291 m SW)
As Inquirições Paroquiais confirmam a existência de São Julião já no século XII, sendo a história da freguesia feita por duas famílias nobres, a Sola, natural da freguesia, e a Silva, galega mas unida à primeira por casamento.
(Distância: 1 km NW)
Igreja Paroquial de Silva, dedicada a Santa Maria, é uma construção do século XIII mas recebendo a denominação atual apenas no final do século XIX. Foi restaurada no século XVIII. Mostra uma torre sineira bem maior que o habitual e maior que a fachada da igreja.
(Distância: 2 km NE)
Uma freguesia basicamente rural que tem o seu topónimo com origem em lendas. Alguns nomes de lugares da freguesia de Fontoura remontam para uma antiguidade anterior à Nacionalidade, colocando-a num período de ocupação nos séculos IX e X
(Distância: 2 km NE)
A Igreja Matriz dedicada ao Arcanjo São Miguel é referida em 1258, com as Inquirições Paroquiais, em que esta entra na lista das Igrejas Entre o Lima e o Minho. Desde 1977 a Igreja de São Miguel de Fontoura faz parte de Diocese de Viana do Castelo.
(Distância: 2 km NE)
A existência desta capela deve-se ao facto da Freguesia de Fontoura se encontrar no caminho de Santiago de Compostela. O cruzeiro, com o mesmo nome de Senhor dos Aflitos, que se encontra nas traseiras desta, apresenta o cajado e a vieira, símbolos do peregrino de Santiago.
(Distância: 2 km W)
Sem informações sobre a história da freguesia de Cornes, dada a sua posição geográfica, em que se rodeia de seis freguesias, pode mesmo ser chamada de passagem e pode ter sofrido influências da presença castreja ou até mesmo da civilização romana.
(Distância: 2 km W)
Um coreto situado no largo anexo da Igreja Paroquial na localidade rural de Cornes, de planta octogonal, tem como base a pedra granítica que sustenta o palco, guardas de ferro e oito colunas igualmente de ferro. A cobertura é piramidal.
(Distância: 2 km W)
A Igreja de São Pantaleão surge nas Inquirições de 1258 referente às igrejas pertencentes ao Bispado de Tui, situadas no território Entre o Lima e o Minho. É referida também na cópia de 1580 do Censual de D. Frei Baltasar Limpo. Destaca-se na igreja a grande torre sineira.
(Distância: 3 km S)
Igreja dedicada a São Miguel Arcanjo, destaca-se a situação fora do normal da torre sineira que se anexa à capela-mor, tendo um nicho com a imagem de São Miguel Arcanjo. Referida em 1258 nas Inquirições Paroquiais, entra em definitivo para a Diocese de Viana do Castelo em 1977.