Remontando a fundação do Mosteiro de Sanfins, ou de São Fins, ao século VII, a verdade é que este mesmo Mosteiro se documenta somente no século XII quando o então primeiro rei português D. Afonso Henriques concede a Carta de Couto. Assim o vincula a um território que abrangia as atuais freguesias de Sanfins, Friestas, Gondomil, Taião e Verdoejo.
Mosteiro masculino beneditino, a sua fundação e consequentemente a administração estiveram a seu cargo, assim se mantendo até aos séculos XIV e XV, em que o Couto e o Mosteiro passaram para o poder de comendatários, pela razão de continuar a receber doações e privilégios. Entretanto, as extorsões praticadas pelos comendatários provocaram uma diminuição da comunidade religiosa.
Perante tal expetativa o rei D. João III conseguiu que o seu filho, o Infante D. Duarte, fosse nomeado comendatário do Mosteiro. Foi de pouca dura, pois entrou em decadência acabando por se incorporar na Companhia de Jesus, ficando a sustentar um cura no Mosteiro e procedendo a algumas obras. Estava-se no início da segunda metade do século XVI.
Com a extinção desta em 1759 pelo Marquês de Pombal, os bens foram integrados na Universidade de Coimbra. A igreja e o conjunto conventual tiveram sortes diferentes, enquanto a igreja se manteve assim como Paroquial da Freguesia, o convento foi abandonado. Entretanto, nos finais deste mesmo século, a Igreja Matriz foi transferida para a Capela de Nossa Senhora dos Remédios, ficando este templo também ao abandono.
A Igreja do Mosteiro remonta a uma construção entre os séculos XII e XIII, com campanhas de obras posteriores no século XVIII.
Transformou-se num dos exemplares mais notáveis e importantes do estilo românico em Portugal, distinguindo-se pela exuberância e qualidade da sua decoração arquitetónica que carateriza um movimento artístico de inspiração Tudense, como se pode ver nos cachorros com motivos vegetalistas e representação de animais, como também na decoração mais geométrica que ostenta o tímpano do portal principal.
De planta longitudinal, é formada por nave única e cabeceira de dois tramos, o primeiro retangular e da mesma largura e o segundo semicircular.
A fachada principal orientada a poente termina em empena com cornija enxaquetada e em laçaria. O portal é em arco de volta perfeita formado por três arquivoltas. É encimado por duas frestas sobrepostas.
As fachadas laterais em contrafortes são percorridas por cornijas enxaquetadas sobre cachorros zoomórficos, geométricos e vegetalistas. A cabeceira é percorrida por cornija enxaquetada sobre cachorros esculpidos.
O Mosteiro de Sanfins está classificado com Monumento Nacional desde 1910.
Este ponto está situado na localidade Gondomil e Sanfins (Freguesia), na freguesia Gondomil e Sanfins.
(Distância: 19 m NE)
(Distância: 1 km N)
A primeira localização da igreja era no lugar do Adro Velho, talvez se devesse à circunstância da existência de um Cemitério Medieval. Em 1691 foi transferida para a atual localização. Entrou em definitivo para a Diocese de Viana do Castelo em 1977.
(Distância: 2 km N)
Situado próximo da Igreja Matriz, o cruzeiro está fechado dentro de uma capela, apresentando imagens nas duas faces respetivamente do Cristo Crucificado e da Nossa Senhora do Rosário sobreposta por símbolos da Paixão.
(Distância: 2 km NW)
Verdoejo é uma freguesia cuja antiguidade remonta à Pré-história, segundo vestígios encontrados. O povoamento deste território tem uma origem anterior ao século XII. Segundo as Inquirições, as primeiras referências de Verdoejo remontam ao ano de 950.
(Distância: 2 km N)
Situado junto da Estrada Nacional 101, apesar de ter a vulgar denominação de Pelourinho é um marco de Jurisdição de Couto, que no caso correspondia ao de Sanfins. Tendo sido construído no século XVIII, mais concretamente em 1729, é uma coluna lisa assente num bloco quadrado.
(Distância: 2 km N)
Situada face à Estrada Nacional 101, numa posição mais elevada, encontra-se a Capela do Senhor dos Passos, capela de planta retangular de só única nave, tendo adossada uma pequena sacristia, na fachada leste.
(Distância: 2 km SE)
A Capela de Nossa Senhora dos Remédios situada em Soutelo e que é atualmente a Igreja Matriz de Sanfins, substituiu nesta função a Igreja do Mosteiro Beneditino de Sanfins em 1839, embora remontando a sua construção ao século XIV.
(Distância: 2 km NE)
As primeiras referências sobre a igreja aparecem em 1320 no catálogo de igrejas a norte do rio Lima feito a pedido do rei D. Dinis. Esta igreja entra em 1513 em definitivo na Comarca de Valença do Minho com a aprovação da permuta pelo Papa Leão X.
(Distância: 2 km NE)
Não havendo informações sobre esta freguesia, conhecida pelo nome antigo de "Sancti Mametis de Fenestris", esta provém do período anterior da Nacionalidade. As suas primeiras referências devem-se às Inquirições Paroquiais.
(Distância: 2 km N)
O Adro Velho é um lugar onde se situa um Cemitério Medieval. É uma Necrópole Medieval com duas sepulturas medievais / monolíticas antropomórficas. Existe ainda um cruzeiro do século XVI com uma figura de Cristo, anatomicamente desproporcionado.