Edifício construído no início do século XII, foi referenciado em 1130 pela Dª Chamoa e seus filhos que doaram à Sé de Braga a duodécima parte que detinham na igreja.
Um dos poucos sinais que subsistem do verdadeiro românico é evidenciado através do sistema de modilhões existentes nas duas partes laterais.
Nota-se igualmente uma tendência para o tardo-românico em que o gótico já se faz sentir, no apontar dos arcos dos portais laterais de dupla arquivolta. Na fachada principal e sobre o portal atual, pode-se ainda observar algumas aduelas do portal primitivo.
No entanto, no final do século XIII e princípio do XIV o templo religioso sofreu a mais profunda reforma. No século XV viria a ser enriquecido com duas esculturas do São Martinho e de Cristo Crucificado.
Na primeira metade do século XIX o templo sofreu novamente uma campanha de obras, com a transformação do frontespício, com a troca do portal principal, o rasgo de janela retangular que o encima, adossação da torre sineira, entre outros. O interior sofreu também desta mesma transformação.
A Igreja de São Martinho de Friastelas apresenta-se longitudinalmente, de planta retangular formada por nave igualmente retangular e uma capela-mor quadrada de dimensões mais pequenas que o corpo central.
A fachada principal é rematada em empena com cruz e ladeada por pináculos piramidais. Os rasgos pertencem ao portal principal em verga reta e encimada por uma janela retangular e esta por um nicho com a imagem do São Martinho.
À esquerda desta está adossada a torre sineira quadrada com dois sinos, tendo a rematar quatro pináculos piramidais. Num plano mais recuado e a nível da capela-mor estão ladeadas duas capelas.
A igreja está classificada como Imóvel de Interesse Público.
Este ponto está situado na localidade Friastelas, na freguesia Friastelas.
A igreja está situada junto da estrada N306, entre as povoações de Vila Franca e Real.
