A ponte Dona Maria Pia forma, com a do Infante, a do Freixo e a de São João, o conjunto das quatro pontes pertencentes à freguesia de Oliveira do Douro, sendo que as duas últimas são rodoviárias e as primeiras ferroviárias.
Diferenciada das outras três pontes, na estrutura e no tempo, a ponte Dona Maria Pia é um verdadeiro exemplar da época, com quase duzentos e cinquenta anos.
A estrutura e o tempo orientam-nos para a possibilidade de uma denominação francesa de "Torre Eiffel Portuguesa", que nos permite concluir uma época num vasto conjunto de pontes. Estas são absolutamente essenciais à expansão das linhas férreas, criadas em plena era industrial e resultantes da criatividade dos seus projetistas, aliando-se às novas caraterísticas dos novos materiais utilizados e derrubando as dificuldades impostas pela própria estrutura do terreno.
Tudo se conjugava na perfeição para o conceito generalizado da Arquitetura de Ferro, apoiada pela então nova burguesia, bem como a própria sociabilidade de raízes liberais com base nas múltiplas possibilidades financeiras. Estas caraterísticas proporcionaram este tipo de construções que na época começaram a surgir, basicamente nas construções de pontes, em que a primeira construção se deu em Bordéus e que serviu de modelo para umas quantas na Europa.
Esta onda do ferro fundido teve, como seria de esperar, repercussões em Portugal, dando origem a uma primeira ponte metálica no Porto para a travessia do Douro, e da qual hoje só restam os pilares, a conhecida Ponte Pênsil. Contudo, a grande atividade comercial que se fazia sentir, em parte a dever-se à grande comunidade britânica residente no Porto, traduziu-se num avanço notório comercial que acabaria por prejudicar pela acumulação desta atividade na estação das Devezas, ao mesmo tempo que impedia a ligação com as linhas férreas do Minho e do Douro.
O atrofiamento comercial foi suficiente para o assunto ser levado a sério, equacionando-se a possibilidade de uma estação de caminhos-de-ferro no lado do Porto, com ligação à estação das Devezas e com a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro.
É neste contexto que surgiu a ponte Dona Maria Pia, tendo a sua construção início em janeiro de 1876 e a finalização em outubro do ano seguinte, sendo a inauguração em novembro desse mesmo ano. A construção esteve a cargo do famoso arquiteto Gustave Eiffel. A inauguração teve a presença do casal Real, sendo a ponte batizada com o nome da esposa do Rei D. Luís I, a Rainha D. Maria Pia de Saboia.
A estrutura metálica têm um peso total de 4100 toneladas, das quais 512 toneladas vão para o arco. O comprimento total do tabuleiro da secção metálica é de 352,87 metros, dos quais 192,87 metros pertencem aos viadutos laterais e 160 metros ao arco. Este apresenta uma forma parabólica, com uma flecha intradorso de 37,50 metros e uma altura central de 10 metros que vai decrescendo, atingindo os 7 metros nos rins, ou seja, nos pontos em que iniciam os dois pilares que suportam o tabuleiro. O arco apoia-se em quatro articulações, duas de cada lado a 15 metros de distância uma da outra, fornecendo arcos de grande base para melhor resistir ao vento. O tabuleiro situa-se a 60 metros de altura do nível das águas do rio Douro.
Atualmente a ponte Dona Maria Pia, por questões de segurança por não aguentar os transportes de mercadorias e passageiros, ou até mesmo para uma linha mais larga, está desativada desde 1991, sendo que em 1982 foi classificada como Monumento Nacional.
Este ponto está situado na localidade Oliveira do Douro, na freguesia Oliveira do Douro.
(Distância: 673 m W)
Tendo sido achada uma imagem do Senhor Crucificado em 1140, o Bispo do Porto de então, D. Pedro Rabaldio, mandou edificar uma ermida no lugar onde atualmente é a Capela do Senhor de Além, para albergar essa imagem.
(Distância: 909 m W)
A construção deste mosteiro apresenta uma planta composta pela igreja de planta circular, a capela-mor de planta retangular e o claustro também de planta circular, dispostos sequencialmente.
(Distância: 935 m NW)
Esta capela do século XVI inicialmente situava-se em frente à Sé mas, com o alargamento do terreiro, a capela foi deslocada com o desmantelamento em 1936 e reconstrução em 1953.
(Distância: 966 m W)
A Ponte D. Luís I surgiu para substituir a Ponte Pênsil, que também tinha sido construída em substituição da Ponte das Barcas, sendo que o projeto final tinha a obrigatoriedade de ter dois tabuleiros que servissem os dois lados.
(Distância: 1 km W)
A construção das Muralhas deveu-se ao facto de, no séc. XIV, o Porto ter uma grande expansão urbana.
(Distância: 1 km NW)
O Real Teatro de São João, assim denominado, foi erguido em 1794, sendo o seu interior semelhante ao Teatro de São Carlos em Lisboa.
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Este templo religioso, edificado em 1457, faz parte da zona histórica, e está priviligiado por estar ao lado do maior e mais visível pano das Muralhas Fernandinas.
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A Ponte D. Luís é uma das 7 pontes que ligam as duas margens do Rio Douro, tendo sido feita entre 1881-87, com dois tabuleiros e em estrutura metálica.
(Distância: 1 km W)
Os dois Pilares da Ponte Pênsil, ou D. Maria II, são o que resta de uma ponte que ligava as duas margens do rio Douro entre o Porto e Vila Nova de Gaia.
(Distância: 1 km W)
A construção da Sé teve o seu início na primeira metade do século XII e terminou no início do século XIII, de estilo romântico, e sofreu várias alterações ao longo dos séculos.