Uma freguesia simples piscatória e agrária como a de Canidelo, tem na sua Igreja o seu valor máximo patrimonial. É uma igreja em linhas simples e harmoniosas, tendo como expoente máximo a imagem de madeira do século XVII, do seu padroeiro Santo André.
A igreja teve origem numa pequena ermida que tinha ligação à quinta e que mais tarde se identificou por Paço. Esta edificação deu-se pelos meados do século XII, identificada em 1124, sendo por isso anterior à Nacionalização.
Entretanto, este templo religioso foi sofrendo obras de ampliação à medida do aumento populacional. A época mais alta da realização de obras aconteceu no ano de 1739, a qual se pode ler por cima da porta. Nesta teve a maior ampliação do templo, tornando-o mais volumoso, de modo a poder receber uma maior quantidade de habitantes.
Esta campanha de obras realizadas no século XVIII transformou o templo religioso na atual edificação.
De planta retangular, formada por uma única nave e capela-mor, apresenta-se com a fachada principal orientada a oeste. A sul e anexada a esta apresenta-se a torre sineira, seguida da sacristia.
O frontispício tem como abertura o portal principal encimado por uma pequena cimalha a que sobrepõe um frontão triangular interrompido por um janelão que ilumina o coro-alto. O remate é feito por um frontão triangular com uma cruz no vértice ao centro e um pináculo na lateral norte.
O interior é formado por nave única e capela-mor. A nave apresenta o coro-alto singelo, três altares à direita, dos quais dois são laterais, e entre estes uma porta lateral para acesso ao exterior. O terceiro altar é colateral. À esquerda apresenta o mesmo número de altares, dois laterais, sendo que um deles está todo em madeira, e um colateral.
O arco triunfal de volta perfeita que separa a nave da capela-mor, está coberto com talha branca e dourada, apresentando ao centro uma tela com um Cristo Crucificado no Calvário e sua Mãe, e outra tela com Maria de olhares doridos em contemplação. A ladear ao cimo estão dois anjos.
No altar do lado direito, constituído por boa talha do século XVIII, com várias imagens de madeira, provavelmente do último restauro da Igreja, um Santo António sentado num trono com o Menino ao colo e na base almas em súplica e anjos. Ainda São João Batista, S. Gonçalo, Santo Amaro e finalmente, São Judas Tadeu.
No mesmo lado, os altares seguintes têm imagens dedicados à Senhora de Fátima, imagem deste século e em madeira, e ao Sagrado Coração de Jesus, imagem de madeira do final do século XIX.
O altar do lado esquerdo é idêntico ao da direita, nichos com imagens de valor como são a Santa Ana, Nossa Senhora e o Menino, a Nossa Senhora do Rosário e da Conceição, São José com a flor Jessé, o Menino de Jesus com uma túnica e finalmente Nossa Senhora das Graças.
Os restantes altares são dedicados ao Senhor da Boa Morte num expressivo Crucifixo, acompanhado da Senhora das Dores e São Vicente de Ferrer, imagem pequena mas antiga. No seguinte estão as imagens valiosas de São Vicente de Paula, São Brás e Santa Eufémia.
Neste mesmo lado, a Pia Batismal é singela, mas significativa e destacada pela forma como está colocada.
Este ponto está situado na localidade Canidelo, na freguesia Canidelo.
(Distância: 119 m W)
Esta capela de Santo António, situada no final da rua da Igreja, é um pequeno templo em cantaria, com a fachada orientada a nascente. Sem qualquer resenha histórica, é um templo do século XVIII.
(Distância: 119 m W)
Situada precisamente em frente à Capela de Santo António, este oratório está incorporado num edifício de habitação, sendo estas Alminhas propriedade particular dos donos do resto do edifício.
(Distância: 582 m NW)
Esta freguesia é constituída basicamente por praias, em que a sua economia se baseava precisamente no mar com as pescas, com um historial invejável que remonta à Idade Média.
(Distância: 1 km NW)
Também conhecida pelas gentes do meio como Capela do Brandão ou Lavadores, Senhora do Amparo é o nome ou devoção dos proprietários, uma vez que está anexada ao edifício principal, a residência da Família Brandão.
(Distância: 2 km N)
No extremo do Canidelo com São Pedro da Afurada, a capela de São Paio, pertencente à Irmandade Oblata desde 1936, assim como o Palacete de São Paio, terão pertencido a uma família abastada que, como tantas outras, se fixou em Santa Marinha.
(Distância: 2 km N)
Em homenagem ao Padre Joaquim Araújo, este largo situa-se no seu extremo oeste. Tem no espaço que o rodeia o Centro Interpretativo do Património da Afurada, a Junta de Freguesia, a Escola Básica e o Mercado da Afurada.
(Distância: 2 km N)
De planta quadrada e coberta, o lavadouro tem nas suas quatro esquinas outras tantas montras com oito fotografias cada sobre a vida local, relativos à pesca e seus afazeres, às lavadeiras, à religiosidade, e outros temas.
(Distância: 2 km N)
Esta é uma das três mais antigas freguesias urbanas de Vila Nova de Gaia com o nome primitivo de Furada, assim consta nos forais de D. Dinis e de D. Manuel em 1288 e 1518 respetivamente.
(Distância: 2 km N)
No contraste de uma localidade pequena e piscatória como São Pedro da Afurada, a marina como elemento essencial na vida destes habitantes acabou também por se tornar muito propícia.
(Distância: 3 km NE)
Era nesta colina de Vila Nova de Gaia que se situava o Castelo, onde agora há um parque habitacional, de que se pensa que a sua primitiva ocupação reporte à idade do Bronze ou a um castro dos Celtas.