Com outra denominação de Igreja de São Miguel de Entre-os-Rios, tem as portas abertas desde o século XIII, pertencendo assim ao românico tardio ou românico de resistência, já com elementos do gótico rural.
Considerado de uma modesta construção, é formado por uma nave e capela-mor quadrangular mais baixa que a nave, sendo estes despojados de elementos decorativos relevantes. A cabeceira foi alongada no século XVIII em relação ao que era originalmente.
A fachada principal é rasgada por um portal de arco quebrado assente em impostas, a que se sobrepõe uma pequena fresta. O portal não apresenta colunas ou tímpano, sendo a empena terminada por uma cruz e pináculos do século XVIII nos extremos.
A empena conteria um campanário, como mostra os sinais, sobre o portal principal, da corda de tocar o sino.
O portal norte em arco quebrado, ao contrário do principal mostra uma arquivolta decorada com diamantes e folhas geométricas, sinais do românico tardio.
Na igreja não existem capitéis mas apresenta outros elementos típicos do período gótico, como a decoração de folhagens feitas a bisel.
Entretanto este templo, na transição da Baixa Idade Média para a Modernidade, veio a sofrer algumas alterações como a renovação do altar, a colocação do retábulo em talha dourada, continuando com o coro-alto e retábulos laterais.
A cobertura da nave é em madeira, com um arco quebrado a separar da capela-mor assente em imposta e com decoração por elementos vegetalistas.
Na parede norte da capela-mor existe um arcossólio que teria um túmulo, mas que foi cortado para a abertura de uma porta durante as obras da Época Moderna.
Esta igreja teve outras obras nos séculos XVII, XVIII e XIX, sendo restaurada em 1936 com diversas obras de reparação, sendo também demolido o campanário e a escada que lhe dava acesso. Teve novas obras de reparação e conservação em 1981 e 1982, e de novo após o ano 2003.
Está classificado como Monumento Nacional, a partir de 1927.
A Igreja de São Miguel de Eja faz parte da Rota do Românico, sendo integrada no Percurso do Vale do Sousa em 1998, com o número 23. No entanto, foi alterada posteriormente para o Percurso do Vale do Douro.
Este ponto está situado na localidade Eja, na freguesia Eja.
(Distância: 728 m SE)
(Distância: 770 m SE)
Uma estátua construída como memorial das vítimas da queda de ponte de Entre-os-Rios / Castelo de Paiva em 2001. É uma estátua do escultor Laureano Ribatua. construída em bronze e banhada a ouro, tem 12 metros de altura e um peso de 12 toneladas.
(Distância: 2 km S)
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(Distância: 3 km S)
A Igreja Matriz de Sardoura, dedicada a Santa Maria, é uma edificação dos séculos XVII, XVIII e XIX, com o padroado a pertencer ao Infante D. Luís. A igreja remonta possivelmente ao século XII. No século XX dá-se a finalização dos retábulos colaterais.
(Distância: 3 km S)
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O topónimo de Santa Maria de Sardoura está relacionado com as inúmeras voltas que o rio descreve nos vales e colinas da freguesia. Sardoura em Árabe significa andar à roda. A sua história constrói-se a partir do século XII pelo comércio que o rio Douro proporcionou.
(Distância: 3 km SE)
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A pertencer a terras de Sardoura, a história da freguesia de São Martinho arrasta-se um pouco com a de Santa Maria, ao qual o território de São Martinho se manteve ligado até ao século XIX. Ambas, embora eclesiasticamente separadas, tiveram início no século XII.