Foi referida nas inquirições de 1258 como "Igreja do Salvador da Gândara", designação esta que se manteve até ao século XVII, época em que começou a ser também designada por "Cabeça Santa" devido a um crânio exposto num altar na nave da igreja e que estava guardado num relicário de prata.
As caraterísticas da igreja e as suas semelhanças com outros monumentos indicam que a construção desta deve ter ocorrido no início do século XIII.
Sendo o portal principal, no lado oeste, destinado aos momentos mais solenes, como saída e entrada de procissões ou momentos de maior solenidade, a Porta do Céu ou Pórtico da Glória, ali se concentravam as esculturas com temas sagrados e para proteger de todos os males a entrada, com animais assustadores ou poderosos ou ainda sinais mágicos.
A fachada sul mostra mísulas e um lacrimal, evidenciando a anterior presença de um alpendre, sendo destinado à população para ritos funerários ou para reuniões ou abrigo.
A remodelação previa que a torre sineira adossada à igreja fosse demolida, mas a população fez com que tal não acontecesse, sendo a torre desmontada e reconstruída um pouco afastada da igreja, mas ainda dentro do adro.
No adro da igreja encontramos sepulturas escavadas na rocha num afloramento granítico e três arcas tumulares medievais.
O interior da igreja é simples, quase sem decoração nem altares laterais. No entanto importa salientar que esta ausência resulta do restauro no século XX. Existe uma capela lateral dedicada a Nossa Senhora do Rosário, no lado esquerdo da igreja junto da capela-mor, com uma decoração em talha dourada, azulejos e pau-preto, em estilo próprio da época barroca.
A Igreja do Salvador de Cabeça Santa faz parte da Rota do Românico, pertencendo originalmente ao Percurso do Vale do Sousa. Atualmente é o número 22 do Percurso do Vale do Tâmega.
Esta igreja foi classificada como Monumento Nacional em 1927.
Este ponto está situado na localidade Cabeça Santa, na freguesia Cabeça Santa.
(Distância: 34 m E)
Segundo a descrição das sepulturas Antropomórficas, estas são formadas por contornos na parte da cabeceira e em todo o corpo, correspondendo ao século IX.
(Distância: 2 km NE)
Dificilmente nos vemos confrontados com sepulturas escavadas na rocha, e estas são as que restam neste local.
(Distância: 3 km E)
Parque Urbano Padre Serra, a sala de visitas de Boelhe e do concelho de Penafiel.
(Distância: 3 km E)
Igreja de uma só nave e cabeceira retangulares vemos nas paredes diversos símbolos alfabéticos e geométricos, bem como as diversas siglas dos canteiros, pelo menos seis diferentes que ali trabalharam.
(Distância: 3 km NW)
Acrópole do século I e II, era um espaço público multifuncional, tipo pavilhões multiusos, sem construções, sendo por isso um local de reuniões comerciais, desportivas e políticas. Está considerado como o maior Castro da Península Ibérica.
(Distância: 4 km NE)
(Distância: 4 km NE)
Estes símbolos podem representar pedamorfos, agrupados e alinhados em diversas posições, fossetes, halteriformes e paracirculares.
(Distância: 4 km NW)
Este é, como não podia deixar de ser, o largo político, religioso e social de Galegos.
(Distância: 4 km NW)
Templo religioso com uma planta longitudinal, composta por uma nave e capela-mor rectangulares, separadas por um arco de volta perfeita e com a sacristia adossada.
(Distância: 5 km E)
Com uma origem à partida muito polémica, a história do Mosteiro de Vila Boa do Bispo é baseada nos sarcófagos ali existentes.