Uma inscrição na capela-mor de 1188 mostra o reaproveitamento do silhar de uma construção anterior.
É constituída por nave única retangular e capela-mor também retangular, mais baixa e mais estreita.
A fachada oeste, a principal, é composta pelo portal rasgado na parede e encimada por um campanário com duas sineiras, a que se acede por uma escada metálica exterior. Esta estrutura confirma a origem da igreja no românico tardio, nos finais do século XIII.
O portal é formado por duas arquivoltas ligeiramente quebradas, sendo a exterior lisa de arestas chanfradas e a interior ornada com pérolas no chanfro. Estas pérolas decoram também as impostas.
No arranque da empena nota-se a escultura de um coelho ou lebre no lado esquerdo e outro animal não identificado no lado direito. A lebre ou coelho simbolizam talvez um desejo de fertilidade.
Os cachorros na fachada norte e na capela-mor, numa decoração simples, de figuras geométricas, são caraterísticas da época de construção, o românico tardio. As mísulas na fachada norte mostram ter existido aqui um alpendre.
O portal sul, mais simples que o ocidental, mostra apenas uma arquivolta simples na espessura da parede. Esta fachada, simples e sem decoração, inclui ainda duas janelas para iluminação do interior.
O interior contém pinturas que mostram cenas de santos e santas, entre eles o patrono desta igreja, São Tiago, bem como da vida de Cristo. Na parede norte da igreja vemos figuras de animais fantásticos.
No arco cruzeiro e no teto da nave estão imagens de São Tiago, e no retábulo-mor esculturas do barroco nacional do mesmo santo. Ainda no arco cruzeiro vemos, a ladear São Tiago, São Gonçalo de Amarante e São Vicente Ferrer, guia das almas.
Esta igreja faz parte da Rota do Românico, sendo o número 32 do Percurso do Vale do Douro.
A Igreja de Valadares está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 2012.
Este ponto está situado na localidade Valadares, na freguesia Valadares.
