Este campo situa-se a dois quilómetros do Núcleo nº 1 do Campo Militar de S. Jorge, mas o suficiente para que nos tempos atuais esta divisão em duas partes as fazer corresponder a outras tantas freguesias e concelhos, Batalha e Calvaria de Cima (Porto de Mós).
A divisão dos núcleos corresponde ao desenrolar da Batalha de Aljubarrota, sendo que no primeiro se desenrolou o início da batalha e no segundo o final. Foi para esta segunda posição que se deslocou a batalha, sob o comando de D. Nuno Álvares Pereira, conhecido como Condestável do Reino.
O golpe final deu-se 14 de Agosto de 1385 no cimo de um planalto onde a posição era defendida pelas caraterísticas naturais do terreno, com a ajuda da abertura de fossos e da construção de barreiras de proteção camuflada. Aqui está a razão para que neste segundo núcleo se situe o Centro Interpretativo da Batalha de Aljubarrota, e também aqui se situa a Capela que toma o nome de São Jorge.
O plano "Vanguarda Apeada" foi a tática adotada pelos Portugueses na batalha. Esta consistiu em sucessivas fileiras de lanceiros destinados a enfrentar a cavalaria inimiga, conhecida como a técnica do quadrado, uma das novas técnicas de defesa da Infantaria introduzida na Europa durante a Guerra dos Cem Anos.
Transferida a tática para a Batalha de Aljubarrota, os Espanhóis que pretendiam avançar com a cavalaria depressa foram impedidos através das obras de fortificação levantadas pelos Portugueses, que impediram o ataque obrigando inclusivamente o inimigo a desmontar. As montadas restantes não conseguiram rodear e cercar a formação Portuguesa, devido ao estreitamento do planalto, conseguindo que oito mil homens do D. Nuno Álvares Pereira e do recém aclamado D. João I levassem de vencida os quarenta mil castelhanos de D. João de Castela. Os Espanhóis não conseguiram reorganizar uma nova campanha militar, e assim se fez sentir a vitória nacional e consequentemente a restauração da Independência, e com ela o início de uma nova Dinastia.
A Batalha de Aljubarrota foi considerada como o cenário de batalhas mais relevantes da Europa Medieval, como também é das poucas onde foi possível reconstruir o posicionamemto das tropas, baseado em diversas escavações arqueológicas de diversas épocas.
A primeira campanha deu-se entre 1958 e 1960, retomada mais tarde nos anos oitenta e noventa e, finalmente, entre 2003 e 2004. Estas escavações permitiram encontrar 830 covas de lobo ou armadilhas escavadas, dispostas em quarenta filas, uma fossa com 182 metros de extensão e outras mais pequenas. Aljubarrota é um dos exemplares mais significativos dos sistemas e táticas utilizados na Europa dos finais da Idade Média.
O Campo Militar de São Jorge, que se situa no perímetro do Mosteiro, da Ponte de Boutaca até a Capela de São Jorge, está classificado como Monumento Nacional desde 2010.
Este ponto está situado na localidade Calvaria de Cima, na freguesia Calvaria de Cima.
(Distância: 392 m E)
(Distância: 393 m E)
(Distância: 436 m SE)
Classificada como Monumento Nacional desde 1910
(Distância: 1 km W)
(Distância: 1 km W)
(Distância: 1 km NW)
(Distância: 2 km W)
(Distância: 2 km SE)
(Distância: 2 km SE)
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