IMPÉRIO ROMANO
É na sequência deste e de tantos outros vestígios que invandem Portugal de Norte a Sul,e de Este a Oeste,que marcam fortemente a presença Romana.É certo que já está gasto este tema,com os múltiplos artigos existentes,e que,sem qualquer pretensão,é importante para que exista algo,não tão extensivamente e pormonizadamente explicado,sendo possível um pequeno resumo da presença dos Romanos em Portugal,como também uma explicação que o site V.P. deva ter,para uma combinação perfeita desses vestígios,com os artigos escritos em outras regiões do país.
E assim esta história da passagem dos Romanos por Portugal escreve-se muito antes da formação territorial,a que atualmente designado como limites fronteiriços.Na verdade e um dos fatores importantes para a história mundial é o reaparecimento e expanção de um dos maiores e grandiosos Impérios do seu tempo.
Mapa Fisico antes da divisão territorial
Tudo aconteceu no período entre a Pré-história e a Idade Média,em que a ligação destes dois períodos é feito entre o séc V A.C.e o séc V D.C.com a vinculação do Império Romano,da qual não se revelou só no seu aspeto militar,como também viria a demonstrar no poder político,económico,social etc...durante os dez séculos num percurso de atribuição de grandeza e glória.
A grandeza do Império Romano nem sempre teve a importância que atingiu,contudo o seu expoente máximo para a ascenção decorreu no ano de 27 A.C.,em que foi estabelecido o verdadeiro Império,comandados pelos militares,dando origem a tomadas de extensas possessões territoriais em torno do Mar Mediterrâneo,abrangendo por isso a Europa,Ásia e África.Até então era governado por um Rei,como República de Roma e das suas Províncias.
Ocupação Mediterrânea
IMPÉRIO NA EUROPA
É precisamente pelo descrédito em que o Rei caiu com tempos bastantes tumultuosos,em que a posição territorial na Europa fazia-se timidamente,limitando esse poder ao resto da Península Itálica,um pouco do território Grego e um pouco da costa abrangente do Mediterrâneo.
Com a tomada do poder pelos militares,ressurgiu o Império dando início a uma forte e rápida expansão territorial,que para além do conquistado pela República de Roma,a ocupação alastrou-se à região da Germania(Alemanha),às terras frias da Bretanha(Grã-Betanha),e continuando a expansão pela costa Mediterrânea até à Hispânia(Península Ibérica).
Ocupação da Europa
IMPÉRIO NA HISPÂNIA
A Hispânia,nome proveniente do Latim introduzido pelos Romanos,acabaria por se tornar um pouco mais difícil para o domínio total do então Império Romano.É certo de que esta presença já se fazia sentir em toda a costa a partir do séc. III A.C.,região que anteriormente era ocupada pelos Fenícios Gregos e Cartagineses,conseguindo o então domínio total um pouco antes do séc. I D.C..
Tornado os senhores absolutos da Hispânia,o Império levou a cabo a continuação do domínio,vindo no entanto a sofrer grande resistência,em contraste com a ocupação fácil do litoral.Esta resistência deve-se em parte ao terreno acidentado constituídos por bastantes regiões montanhosas,o que possibilitava uma maior resistência na defesa destas mesmas regiões.
No entanto foram precisos duzentos anos para que o Império Romano atingisse o domínio completo da Península Ibérica,desde da sua entrada neste canto do mundo.Para que este domínio acontecesse foram precisos ultrapassar barreiras bastantes duras,com fortes oposições,tendo como base a região da costa Mediterrânea (que já dominavam),como o fim
Ocupção da Hispânia,Portugal e Espanha
da segunda guerra Púnica em que a armada Romana leva de vencida os Cartegineses (única formação que com Roma dividia o Mediterrâneo),seguindo-lhes talvez os piores inimigos;as tribos da montanha.
Tribos das montanhas constituídos pelos Lusitanos da tribo Celtiberos,que dominavam a região centro da Península,e que teve em Viriato,o seu mais celebre lider,e que mais tarde viria a pertencer ao território do Reino de Portugal.Na região norte encontrariam uma outra tribo Galaico,de origem Celta,constituíndo o último baluarte para o total domínio do Império Romano,devendo-se às bem estruturadas unidades militares.
PRESENÇA ROMANA EM PORTUGAL
A presença do Império em toda a Península decorreu durante quatro séculos,sendo que no ano V D.C.e por motivos de enfraquecimento deste mesmo Império,resultou na sequência do abandono deste território.É precisamente com o abandono da Península Ibérica que teve início um outro período histórico que viria a chamar-se de Idade Média,e que a Península assim se manteve durante sete séculos,da qual teve o início a Reconquista Cristã.
Um pouco por culpa da Reconquista Cristã,seguindo-se talvez por motivos políticos,que a Península no séc. XII,sofre uma separação com a formação de uma nova nação,com origem no então Condado Portucalense.Com a separação deste novo território,e apesar de dimensões mais reduzidas do restante território,acabaria assim,por herdar um vasto e diferênciado património Romano.
E na sequência desta separação,o Condado Portucalense,que acabaria por se transformar em Portugal,herda um espólio Romano nunca imaginado até aos tempos de hoje,esquecido pelo tempo,que se vai tendo conhecimento à medida que fica a descoberto.Paralelamente com a dimensão do território,esta presença Romana é pouca mas boa,podendo-se ver a diversificação existente nos quatro quadrantes dos pontos cardiais,sendo com maior ou menor quantidade e qualidade a frequência destes testemunhos Romanos,com utilidades adaptadas as regiões.
A verdade é que com o Império Romano foi demonstrado um emergente conceito de sociedade e da vivência desta na vida,com todas as implicações que pode resultar à volta da necessidade das pessoas.Por isso,o novo tipo de vida é encarado através das sociedades formadas,das cidades,da introdução do latim,do comércio,da industria,da arte,da arquitetura etc....
Portugal Romano
Por entre vestígios a descobertos e outros ainda por descobrir,destacam-se sem dúvida,as vias e os marcos miliares que marcam essas vias,as pontes que atravessam os rios de Portugal,com algumas delas ainda a serviam o tráfico rodoviário.Agumas importantes cidades das quais servem de museu ao ar livre,e outras a servirem de base na formação da continuidade dessas cidades,alguns monumentos que atualmente servem de decoração monumental de outras,etc...e conforme as região podemos também observar templos e basílicas,aquedutos,anfiteatros,piscinas,termas,salgadeiras de peixe etc....Também se nota a presença de elementos na solidificação das sociedades como linguagem,a moeda,os nomes das cidades que se foram transformando com o decorrer dos tempos etc....e igualmente o desconhecimento de um outro espólio ainda não descoberto.
PRESENÇA ROMANA EM PORTUGAL - PARTE I
Perante um quadro de um Portugal Romano em que não se limitava apenas numa presença visível,como também se identificava nos topónimos das localidades portuguesas.Contrariamente as atuais designações de cidades e vilas,que apontam para a densidade populacional,no período Romano a conotação diferênciava das então denominadas cidades e villas.
ABELTERIUM - Alter do Chão DUMIUM - Dume
AEMINIUM - Coimbra FRAXINUM - Alpalhão ou Gavião
ALAVARIUM - Aveiro EBORA - Évora
ALCOBRIA - Alcarva,Ranhados EBUROBRITTIUM - Amoreira
ALIOBRIGA - Castro de Cidadelhe EBUROBRIS - Fundão
AMMAIA - São Salvador Aramenha FORUM LIMICORUM - Ponte de Lima
ANOBRIGA - Nóbriga HELVAE - Elvas
ANNUBRIA - Anobra IPSES - Alvor
EQUABONA -Coina LULIA MODESTA - Bobadela
AQUAE FLAVIAE - Chaves LULIOBRIGA - Bragança
ARÁBRIGA - Alenquer LACOBRIGA - Lagos
ARCOBRIGA - Alcarva,Penedono,Arcos de Valdevez,São Pedro do Sul
ARITIUM PRAETORIUM - Abrantes LAMECUM - Lamego
ARITIUM VETUS - Alvega LANCIA OPPIDANA - Guarda
ARMONA - Armona LANCOBRIGA - Fiães
ARUCIA - Moura LONDOBRIS - Peniche
BAESURIS ESURI - Castro Marim LONGOBRIGA - Longroiva
BALSA - Luz de Tavira LORICA - Loriga
BALTUM - Albufeira MALATECA - Marateca,Palmela
BRACARA AUGUSTA - Braga MYRTILIS - Mértola
BUDENS - Budens MIROBRIGA CELTICORUM -Santiago do Cacém
CAECILIANA - Águas de Moura OLISIPPO - Lisboa
CALANTICA -Arraiolos OSSONOBA - Faro
CALEM - Vila Nova de Gaia PAX LULIA - Beja
CALAMBRIGA - Vale de Cambra PORTUS HANNIBALIS - Portimão
CALLIPOLIS - Vila Viçosa PORTUS CALE - Porto
CATTALEUCOS - Castelo Branco ROBORETUM VELLADIS - Castro de Avelãs
CENTUM CELLAS - Colmeal da Torre SALACIA - Alcácer do Sal
CETOBRIGA - Setúbal SAURIUM - Soure
CLIPES - Silves SCALLABIS - Santarém
CIVITAS ARAVORUM - Marialva SEGOVIA - Segóvia,Campo Maior
CIVITAS IGAEDITANORUM - Idanha -a-Velha SENA - Seia
COLIPPO - Leiria SELLIUM - Tomar
CONINBRIGA - Condeixa-a-Nova SERPA - Serpa
CYNETICUM LUGUM - Cabo de Sines TALABRICA - Cabeço do Vouga,Águeda
TALABRIGA - Estoraõs
TONGOBRIGA - Marco de Canaveses
TUBUCCI - Abrantes
VENIATIA - Vinhais
VICUS ATUCAUSENSES - Gatão
VICUS CAMALOCUS - Crato
VICUS VANIENSES - Meimoa
VILLA CARDILLIO - Torres Novas
VISPASCA - Aljustrel
VISSAIUM - Viseu
A conotação Romana permite a divisão de cidades e villas,sendo que a primeira baseava-se na disposição de algumas infrastruturas mínimas necessárias para o governo local,sendo que as villas eram designadas residências rurais de famílias abastadas,relacionadas básicamente com explorações agrícolas.No panorama Romano na geográfia de Portugal as cidades estão em desvantagem das villas,sendo que algumas estão a descoberto e a ser recuperadas,e destas estão consideradas como as mais importantes.
VILLA ROMANA DE MILREU EM ESTOI
VILA ROMANA DO CERRO EM ALBUFEIRA
VILLA ROMANA DO RABAÇAL EM PENELA
VILLA ROMANA DO MONTINHO DAS LARANJEIRAS EM ALCOUTIM
VILLA CARDÍLIO EM TORRES NOVAS
VILLA RÚSTICA DA LUZ NA LUZ (LAGOS)
No espaço das VILLAS,a parte mais reservada ao proprietário e família,as paredes eram por vezes pintadas com motivos decorativos de grande beleza e complexidade,como também detinham zonas de mosaicos parietais e de solo.Em algumas villas são possuídoras de sistema de aquecimento e termas.Seguem-se por isso algumas demostrações destes mesmos fatos.
RABAÇAL EM PENELA
MILREU EM ESTÓI
CARDÍLIO EM TORRES NOVAS
TERMAS NA VILLA DE CARDÍLIO
REDE VIÁRIA ROMANA
Estas villas surgiram na consequência de uma rede viária,considerada como a maior obra de engenharia da antiguidade em Portugal.Na consolidação da importância que esta infraestrutura permitia na expansão do Império,com a movimentação dos seus exércitos,funcionários do governo,de civis,para além do intercâmbio de bens e comércio,era essencialmente para ligação das grandes cidades de então.Destas principais ligações existem onze itenerários denominadas de "Itinerário de António",a partir das principais cidades como Bracara Augusta (Braga)e Olisipo (Lisboa).De Bracara saíam cinco itenerários,uma para Olisipo e quatro Asturica (Astorga-Espanha),das quais passavam por Aquae Flaviae(Chaves),Salaniana(Serra do Gêres),Limia(Ponte de Lima) e Aquis Celenis(Santa Tecla).De Olisipo partiam tês itenerários para Emerita,passando por Ebora(Évora),Abelterio(Alter do Chão) e Fraxinum(Monte de Pedra).Mais a Sul,saíam mais três itenerários,sendo um de Ossonoba(Faro) para Salacia(Álcacer do Sal),e duas de Baesuris(Foz de Guadiana) para Pax Iulia(Beja),a passar por Salacia e Myrtilis(Mértola).Segue-se outros itenerários de não menos importante e da suas variantes.
OSSONOBA-PAX IULIA
SÃO BRÁS DE ALPORTEL
SCALABIS-COLLIPO
ALQUEIDÃO DA SERRA
MARCOS MILIARES
BRAGA - ASTORGA
Na imensa rede viária romana que cruzava a Hispânia,com a interessante técnica utilizada pelo Império,foi a mesma que permitiu que a rede viária fosse utilizada numa marcação que lhes permitisse uma melhor avaliação da distância percorrida.Foi por esta razão que os miliários(mil passos),assim defenida para a medição,que os marcos apareceram.
Não se ficando sómente para marcar a distância,todo este elemento é possuídor de inscrições que permite para um melhor entendimento,como o número da milha relativo à estrada em questão,como a distância ao Fórum Romano,o número da via etc...bem como outras informações como os responsáveis pela construção e manutenção da estrada.
VIA XVII VIA XVIII
LISBOA - BRAGA
Estas mesmas vias eram regidas por uma nomenclatura de três partes como;as vias principais eram apeleadas pelo nomes do cônsules responsáveis pela sua implamentação.A segunda,as estradas locais eram regidas pelos nomes das localidades a que se dirigiam,e o terceiro ponto referiam-se às estradas particulares,em que se denominavam mediante a sua utilização.
VIA XII
PONTES
E um dos elementos que complementam estas vias romanas e que,ainda nos tempos de hoje podemos observar a sua utilização em algumas destas estruturas,são sem dúvida outras grandes obras da engenharia civil de então como as pontes,o elo de ligação entre duas margens dos rios.Zona de muitos rios,uns maiores que outros,e que provocam variadíssimos tamanhos de pontes,de variadíssimos arcos,e com uma única caraterísitica,em cavalete.
UM ARCO TRÊS ARCOS QUATRO ARCOS
VREIA DE JALES REDINHA TORRE DONA CHAMA
SETE ARCOS ONZE ARCOS
CHAVES TAVIRA
E na demonstração da arte romana a descoberto em Portugal traduzidos pela arquitetura residencial através das villas e Domus,a arquitetura civil não se resume sómente a vias,pontes,marcos,como nos apresenta um variadíssimo lote de obras públicas como aquedutos,anfiteatros,templos e basílicas,termas e banhos públicos etc... em que fizeram parte da vida romana dos seus quatro séculos de presença da Hispânia.Assim do pouco que nos é possível ver temos;
Os TEMPLOS são as únicas estrututras que espelham os mais importantes edifícios da cultura romana,estando na condição de poucos terem sobrevivido intatos,ou até mesmo parcialmente.Símbolo também,de uma religião levada a cabo pelo Império,formada pelo culto da divindade à qual o templo era dedicado,consagrando mesmo ao culto Imperial.O declínio da religião Romana e a ascenção do Cristianismo deu-se durante a existência do Império,acabando por este,através do Imperador Teodósio I,autorizar o Cristianismo como única religião do Império,e espalhar-se pelas regiões da qual dominavam.A partir de então os templos entraram numa fase de declínio,terminando alguns em ruínas,dando origem aos templos Paleocristaõs ou Basílicas.
BASÍLICA TEMPLO
MILREU - ESTOI ALMOFALA-FIGUEIRA
DE CASTELO RODRIGO
Os BALNEÁRIOS eram muito frequentes e de muito uso pelos romanos da qual foram transportadas para as regiões ocupadas,e que no caso da Província da Lusitânia,com condições favoraveis em águas sulfurosas,e que talvez com a possibilidade de um terreno acidentado como o nosso,foram inclusivamente muito bem aproveitadas pelos romanos,permitindo não só o relaxamento como o bem estar de saúde.
SÃO PEDRO DE SUL LONGROIVA
As FONTES entram no bom aproveitamento de um subsolo rico em água e da inteligência que permitem a busca deste líquido para fornecer as populações.
RUA DO RAIO-BRAGA ATENOR-MIRANDA MÓS-TORRE DO VILA FLÔR
DO DOURO MONCORVO
O subsolo serve de igualmente de aproveitamento de uma zona rica em recursos metálicos como ouro,estanho,ferro,chumbo e prata,formando assim as MINAS,das quais se destacam entre das primeiras as de Trêminas.Esta indústria de exploração de minas são constituídas básicamente no Norte da Lusitânia.
Por motivos de marcação prévia,foi impossível de apresentar fotos relativos às minas.
TRÊSMINAS-VILA POUCA
DE AGUIAR
MONUMENTO DEDICATÓRIO
ARA DE TRAJANO-CALDAS DAS TAIPAS
O conhecimento e sabedoria dos romanos no setor das pescas,na mestria da salga do peixe,que os TANQUES ROMANOS na praia de Angeiras,está considerado como um magnífico exemplar da arquitetura indústrial da época romana e único a Norte de Portugal.Formado num afloramento rochoso,constituído por seis conjuntos de tanques,destinados à salga do peixe ou à produção de outros tipos de conserva do peixe.
LAVRA-MATOSINHOS
Este ponto está situado na localidade Alqueidão da Serra