Estas senhoras seriam acompanhadas pelas suas mordomas. Este desejo foi realizado por D. Fernando, Abade do Mosteiro de Alcobaça, em 1279, sendo as monjas a assegurar o funcionamento da poderosa Abadia de Alcobaça.
Este mosteiro, com a sua importância na região, manteve-se sempre numa posição modesta em número de monjas, revertendo o processo a partir de 1530 quando o mosteiro foi reconhecido pela Ordem de Cister e elevado a Abadia regular.
É neste século e no seguinte que o mosteiro sofre remodelações bastantes grandes, em que no século XVI o elemento mais notável é o portal manuelino existente no extremo nascente da igreja, e já no século XVII as obras realizadas resultaram na imponente igreja atual e na modernização do claustros e dormitórios.
No início do século XVIII deu-se os acabamentos dos altares em talha dourada, os azulejos e as pinturas, que dotaram a igreja numa decoração barroca.
Contudo, o grande período áureo do mosteiro vai entrar em declínio a partir da catástrofe natural do terramoto de 1755, quando as monjas foram desalojadas e, mais tarde, com a extinção das Ordens Religiosas, com os saques e a ocupação desordenada dos espaços conventuais.
Atualmente, deste conjunto conventual, as estruturas de apoio ao mosteiro estão distribuídas ao seu redor nos mais diversos espaços como logradouros, eixos viários e, finalmente, como imóveis particulares. Quanto às dependências conventuais, apenas resiste o primeiro troço do corpo arruinado de um dormitório, cujas celas estão distribuídas ao longo de um corredor abobadado em berço, correspondendo à ala perpendicular ao templo virada a sul.
O templo, único elemento deste conjunto que se mantém preservado, apresenta-se sob forma longitudinal, extensivo ao coro das monjas. O portal principal, virado a sul, apresenta-se numa moldura de lintel reto sobrepujado por arquitrave sobre pilastras, encimado por um frontão triangular interrompido por brasão real emoldurado por cartelas de voluta.
O interior da Igreja apresenta-nos com uma decoração do barroco formado por uma só nave, capela-mor mais elevada, e o coro. O teto da nave, em falsa abóbada de berço com caixotões de madeira pintados, está separado do coro por um grande arco preenchido por grade.
A capela-mor é constituída por um único tramo, mais estreita que a nave, inteiramente revestido por lambril e painéis de talha dourada e molduras com telas, revestimento que culmina no retábulo-mor, e cuja tribuna nos apresenta uma escultura representando a Sagrada Família.
O coro apresenta-se revestido por azulejos de padrão azuis e brancos, onde existe um maravilhoso cadeiral, encontrando-se ao centro um portal manuelino em cantaria, em arco polilobado, ornamentado com grotescos motivos vegetalistas e heráldica.
A sacristia também se apresenta revestida de painéis de azulejos, figurando episódios da vida de São Bernardo, e com o teto forrado a madeira pintada.
A igreja pode ser visitada, bastando para isso pedir ao dono da loja de recordações que se situa mesmo junto da entrada do recinto, e que fará uma visita guiada com explicações de tudo o que podemos observar.
A igreja está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1946.
Este ponto está situado na localidade Coz, na freguesia Coz, Alpedriz e Montes.
(Distância: 388 m SW)
Uma pequena fonte situada nas proximidades da Igreja de Coz. Segundo indicação na mesma foi construída em 1674 e reconstruída em 1934, 260 anos depois. É composta por uma bica com água da rede própria para consumo.
(Distância: 417 m N)
A Ermida do Bom Jesus do Calvário de Cós, vulgarmente chamada de Capela de Santa Rita, situa-se num monte a 600m da localidade, com uma bela vista sobre toda a área em redor. O nome original, de Bom Jesus do Calvário, foi-lhe atribuído no séc. XVII por um monge de Alcobaça.
(Distância: 3 km N)
Com um foral dado pelo nosso primeiro rei, em 1150, obteve o segundo em 1515, com D. Manuel I. De data incerta, devido a falta de elementos, resta apenas o fuste, este mesmo bastante intervencionado. E com tantos maus-tratos sofridos, o Pelourinho acabou por ser situado no atual lugar.
(Distância: 3 km N)
Com Nossa Senhora da Esperança a titular também a igreja, veio substituir a denominação mais antiga de Santa Maria Madalena, nos meados do séc. XVII. Com a mudança da Padroeira, mudou também arquitetonicamente a igreja, fazendo quase desaparecer os vestígios quinhentistas.
(Distância: 3 km SW)
Edificada no início do século XVI, desta capela só resta o portal manuelino. De uma planta simples, é formada por uma só nave retangular.
(Distância: 3 km SW)
O Largo principal da aldeia de Maiorga tem como seu nome o Largo do Pelourinho, sendo atravessado pela estrada nacional. Ali estão a Junta de Freguesia, a Igreja Matriz, a Capela do Espírito Santo e o Pelourinho.
(Distância: 3 km SW)
O Pelourinho, situado no Largo do Pelourinho, foi erguido em consequência da obtenção do novo foral dado por D. Manuel I em 1514.
(Distância: 3 km SW)
Representa uma população com pouco mais de dois mil e cem pessoas e teve a sua máxima importância política entre os séculos XV e XIX com o seu estatuto de Vila e por consequência Concelho, vindo a perder o estatuto para Alcobaça.
(Distância: 3 km SW)
Sem grande resenha histórica, pensa-se que tenha sido edificada em 1542 a mando do Cardeal Infante D. Afonso, filho do rei D. Manuel I, tendo sofrido uma reconstrução em 1873.
(Distância: 4 km NE)