Sendo a Igreja do Mosteiro também a Matriz de Paço de Sousa, é conhecida como Igreja do Salvador. A história deste mosteiro românico começa ainda antes da Nacionalidade, precisamente no século X, sendo fundado por Trutesendo Galindes e sua esposa Anímia, seguindo a Regra de São Bento. Serviu de refúgio ao abade Radulfo, aquando das invasões de Almançor pelo ano de 994.
Passado anos, o mosteiro foi desocupado na consequência de cair em degradação sendo por isso, no século XI, alvo de obras de manutenção. No século XIII as obras fizeram uma recuperação total, e nesta recuperação foi feita a ampliação da igreja anexa. As campanhas de conservação e de restauro foram empreendidas nos séculos XVIII e XX, depois de neste século a igreja ter sofrido um incêndio que devorou os tetos de madeira. Foi também nesta época remodelada a capela-mor e a fachada principal, bem como os claustros e os aposentos.
Dada as sucessivas obras que ocorreram, a igreja mostra elementos de diversas épocas. O portal do lado sul é mais recente do que o ocidental, enquanto os absidíolos da cabeceira românicos, semicirculares, são mais recentes, comunicando com a capela-mor retangular, de estilo moderno. Uma quarta fase de construção é evidente na cobertura do transepto e na torre sobre o cruzeiro.
Sob a influência da construção visigótica e moçárabe, apresenta tanto no exterior como no interior longos frisos com motivos geométricos.
Este conjunto integra o mosteiro e a igreja românica de três naves de dimensões apreciáveis, com destaque para a rosácea existente na fachada. Apresenta também uma planta beneditina cruciforme de três naves, com cobertura de madeira e arcos-diafragma.
O portal ocidental mostra cinco arquivoltas apoiadas em colunas alternadamente prismáticas e cilíndricas com capitéis de motivos vegetalistas e bases com desenhos geométricos.
No seu interior está um verdadeiro ex-libris, com a presença de um dos mais notáveis túmulos românicos que existem em Portugal, o túmulo de Egas Moniz, tutor de D. Afonso Henriques. Este situou-se no lado do Evangelho e os seus filhos no lado da Epístola. Em 1929 estes túmulos foram reconstruídos, sendo então modificados para um acaixa tumular dupla e posicionados junto da entrada principal.
Em 1998 o mosteiro foi integrado na Rota do Românico do Vale do Sousa, sendo aberto em 2010 o Centro de Informação, que se situa na torre anexa. Em 2017 decorreram obras de restauro e conservação.
Este mosteiro integra a Rota do Românico, sendo o número 18 do Percurso do Vale de Sousa.
Está classificado como Monumento Nacional desde 1910.
Este ponto está situado na localidade Paço de Sousa, na freguesia Paço de Sousa.
(Distância: 60 m W)
Uma pequena ponte romana de um só arco de volta perfeita, atravessa o que em tempos era um rio e que agora não passa de um riacho.
(Distância: 97 m NW)
Este cruzeiro está situado num pequeno largo, não muito longe do Mosteiro. Eleva-se sobre um pedestal quadrangular de cinco degraus.
(Distância: 1 km N)
Esta capela foi erguida num local ermo no XV ou XVI, no românico de resistência, vendo-se no exterior os contrafortes dos ângulos da cabeceira, típico dessa época.
(Distância: 1 km E)
O Memorial da Ermida estava situado junto da estrada medieval que ligava Porto a Paço de Sousa, e devido às novas vias teve que ser transladado para o atual lugar.
(Distância: 2 km NW)
Com outras designações como Igreja de São Pedro de Cete, Igreja Paroquial do Mosteiro de Cete e Mosteiro de Cete, é mais um belo e magnífico exemplar românico, sendo considerado um dos mais antigos de Portugal.
(Distância: 2 km NW)
Estas seis arcas tumulares, fora do Mosteiro de Cete, estão compreendidas entre os séculos XII e XV, marcando por isso o final do românico.
(Distância: 3 km NE)
Esta torre foi residência senhorial, fundada no século XIII. É atribuída ao século XV, mas possivelmente devido a obras de remodelação.
(Distância: 3 km E)
Templo religioso com uma planta longitudinal, composta por uma nave e capela-mor rectangulares, separadas por um arco de volta perfeita e com a sacristia adossada.
(Distância: 3 km E)
Este é, como não podia deixar de ser, o largo político, religioso e social de Galegos.
(Distância: 3 km SE)
Acrópole do século I e II, era um espaço público multifuncional, tipo pavilhões multiusos, sem construções, sendo por isso um local de reuniões comerciais, desportivas e políticas. Está considerado como o maior Castro da Península Ibérica.