A história destes dois amantes é mais do que conhecida e falada, referindo-se este artigo unicamente ao que podemos apreciar nos seus túmulos.
Os Túmulos
Ambos foram construídos em estilo gótico em calcário extraído na região onde D. Inês de Castro morreu, Coimbra. D. Pedro fez construir estes túmulos para onde de imediato fez transladar o corpo de D. Inês. Não se sabe quem foi o construtor.
A sua primeira localização foi no transepto sul do Mosteiro de Alcobaça, lado a lado, conforme a vontade de D. Pedro I com D. Inês ao lado direito do rei. Daqui foram levados para a Sala dos Túmulos, para regressarem, no séc. XX, ao local original, onde se encontram atualmente, mas agora frente a frente e não lado a lado. D. Inês está no braço norte do transepto e D. Pedro no braço sul. Assim, segundo a lenda, quando ressuscitarem irão ver-se um ao outro.
Conta a tradição que D. Pedro coroou D. Inês como rainha, depois da sua morte, obrigando toda a corte a beijar-lhe a mão. Assim, as figuras nestes túmulos estão coroadas como sendo rei e rainha, e rodeados por seis anjos que lhes levantam a cabeça, assente sobre almofadas, para os elevar para o céu.
Ambos os túmulos estão decorados em alto relevo com motivos heráldicos, bíblicos, vegetalistas e geométricos.
D. Inês de Castro (n. 1320 ou 1325 em Galiza, m. 7 de janeiro de 1355 em Santa Clara, Coimbra)
Rodeada de anjos e coroada de rainha, D. Inês segura na mão esquerda enluvada a luva da mão direita que toca no colar que lhe cai do pescoço pelo peito. Os anjos, além de lhe segurarem a cabeça, ajeitam-lhe o vestido.
O túmulo é rodeado de figuras que representam cenas da vida de Jesus Cristo.
A escultura do lado esquerdo mostra a evolução da vida de Cristo desde a infância até à vida adulta.
No lado direito mostra-se a Paixão de Cristo desde a Última Ceia até ao Caminho para o Calvário.
O painel à cabeceira mostra o Calvário com Jesus ao centro e os dois ladrões, segundo o relato bíblico, à esquerda e à direita.
O painel aos pés mostra o Juízo Final.
Neste, D. Pedro pretendeu mostrar que ambos têm um lugar no Paraíso e aqueles que os fizeram sofrer têm o seu destino na boca do Levitão, representado no canto inferior direito.
Em baixo à esquerda representa-se os mortos que ressuscitam e saem das suas sepulturas para serem julgados. Jesus preside em cima ao centro ladeado pelos Apóstolos.
D. Pedro I (n. 8 de abril de 1320 em Coimbra, m. 18 de janeiro de 1367, em Estremoz)
Também rodeado de anjos, D. Pedro segura na mão direita a espada pelo punho enquanto com a esquerda segura a bainha.
O túmulo está rodeado por figuras que representam a infância e o martírio de S. Bartolomeu, seu santo protetor.
Aos pés do túmulo estão representadas a Roda da Vida e a Roda da Fortuna.
A Roda da Vida, a exterior, representa 12 cenas da vida amorosa e trágica de D. Pedro e D. Inês.
Enquanto numa cena D. Inês acaricia um dos filhos, noutra convive toda a família, os pais e os três filhos.
Numa cena jogam, noutra os amantes acariciam-se.
Numa cena os assassinos de D. Inês aparecem, na cena seguinte matam D. Inês e noutra são castigados. Finalmente D. Pedro é apresentado já amortalhado.
Na Roda da Fortuna, a interior, vê-se o casal antes e depois de casados e D. Afonso IV explusa D. Inês.
Este ponto está situado na localidade Alcobaça, na freguesia Alcobaça e Vestiaria.
(Distância: 38 m N)
A Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça nasceu em terras doadas por D. Afonso Henriques pelo cumprimento da promessa feita aquando da tomada de Santarém aos mouros.
(Distância: 90 m W)
Este memorial é uma homenagem da população a Manuel Vieira Natividade, que foi uma notável figura da ciência e da cultura em Alcobaça.
(Distância: 331 m NW)
O castelo de Alcobaça foi conquistado por D. Afonso Henriques que terá ordenado obras de reparação, mas foi conquistado e destruído pelos mouros entre 1191 e 1195.
(Distância: 347 m NE)
Este pequena igreja teve origem em 1152. Segundo a tradição terá sido aqui que viveram os primeiros monges de Cister enquanto durava a construção do mosteiro de Alcobaça, nos séculos XII e XIII.
(Distância: 545 m NE)
Câmara Municipal de Alcobaça - Praça João de Deus Ramos, 2461-501 Alcobaça
(Distância: 3 km E)
Fonte do Ouro é uma pequena localidade situada na estrada entre Chiqueda e Lameiras, freguesia de Aljubarota. O nome da localidade provém da fonte que está localizada à beira da estrada.
(Distância: 3 km N)
Sem grande resenha histórica, pensa-se que tenha sido edificada em 1542 a mando do Cardeal Infante D. Afonso, filho do rei D. Manuel I, tendo sofrido uma reconstrução em 1873.
(Distância: 3 km N)
O Pelourinho, situado no Largo do Pelourinho, foi erguido em consequência da obtenção do novo foral dado por D. Manuel I em 1514.
(Distância: 3 km N)
Edificada no início do século XVI, desta capela só resta o portal manuelino. De uma planta simples, é formada por uma só nave retangular.
(Distância: 3 km N)
O Largo principal da aldeia de Maiorga tem como seu nome o Largo do Pelourinho, sendo atravessado pela estrada nacional. Ali estão a Junta de Freguesia, a Igreja Matriz, a Capela do Espírito Santo e o Pelourinho.