As villas romanas tiveram a consequência de uma rede viária, considerada como a maior obra de engenharia da antiguidade em Portugal.
Na consolidação da importância que esta infraestrutura permitia na expansão do Império, com a movimentação dos seus exércitos, funcionários do governo, e civis, para além do intercâmbio de bens e comércio, era essencialmente para ligação das grandes cidades de então.
Destas principais ligações existem onze itinerários, denominadas de "Itinerário de António", a partir das principais cidades como Bracara Augusta (Braga) e Olisipo (Lisboa). De Bracara saíam cinco itinerários, um para Olisipo e quatro para Asturica (Astorga - Espanha), as quais passavam por Aquae Flaviae (Chaves), Salaniana (Serra do Gêres), Limia (Ponte de Lima) e Aquis Celenis (Santa Tecla).
De Olisipo partiam três itinerários para Augusta Emerita (Mérida - Espanha), passando por Ebora Liberalitas Julia (Évora), Abelterio (Alter do Chão) e Fraxinum (Monte de Pedra). Mais a sul, saíam mais três itinerários, sendo um de Ossonoba (Faro) para Salacia (Álcacer do Sal) e duas de Baesuris (Foz de Guadiana) para Pax Iulia (Beja), a passar por Salacia e Myrtilis (Mértola). Segue-se outros itinerários de não menos importância e da suas variantes.
Via Romana Ossonoba (Faro) - Pax Iulia (Beja)
Via Romana Scalabis (Santarém) - Collipo (Zona da Batalha)