Com as diferentes dimensões que os santuários podem adquirir, acabam por ser edificados em sítios remotos como os montes e serras espalhados por todo o Portugal, havendo uma verdadeira ligação com a devoção das pessoas, em que esta surge basicamente de lendas ou histórias contadas por pastores.
Neste caso do Santuário da Nossa Senhora das Preces, surgiu através de uma história contada e que teve a sua origem num lugar chamado Senhora do Cabeço.
Aqui foi descoberta a imagem das Nossa Senhora das Preces por um pastor que tinha levado o seu rebanho a pastar. Era o ano de 1371, e depressa a história correu pela zona, provocando uma verdadeira correria para o local que acabou por se tornar num verdadeiro centro de peregrinações. Tal facto obrigou a que ali se edificasse uma pequena capela para receber a imagem da Senhora das Preces.
Contudo, o dito local da Senhora do Cabeço que se situava numa zona um tanto complicada de difícil acesso, com caminhos íngremes, ásperos e terrenos acidentados, acabou por provocar uma transferência da capela, justamente para o local que hoje se ergue o Santuário.
Tornou-se num verdadeiro centro religioso da região, arrastando devotos nas suas peregrinações, e no século XVIII acabou por ser fundado o atual Santuário da Nossa Senhora das Preces.
Um Santuário concebido à margem de todos os outros, apresenta, para além da igreja dedicada à Senhora em questão, uma Via Sacra com as onze capelas dedicadas à Paixão de Cristo, uma Capela da Última Ceia e outra do Presépio, todas com figuras em tamanho natural.
É igualmente enriquecido por fontes, lagos e por uma escadaria monumental de estilo barroco. Este santuário terá sido construído, segundo os registos existentes, no século XVIII.
É ladeado por vegetação abundante, com grande valor botânico. Foi criado um percurso botânico elaborado por Clubes da Floresta do distrito de Coimbra, com 38 espécies de árvores.
De planta retangular formada por nave e capela-mor, a frontaria é realçada por três panos formando um nártex para acesso ao templo. Adossada à direita do templo e num plano mais recuado, a torre sineira quadrangular.
No lado oposto o templo possui três rasgos em verga reta, relativos às portas, sendo que uma delas dá acesso à sacristia e as outras ao templo. Estas duas estão encimadas por três janelas de moldura curva a iluminar a nave.
A porta frontal também é em moldura reta e antecedida pelo nártex que dá acesso por dois arcos abatidos. O arco frontal, a situar-se no pano central, é encimado por uma janela em moldura curva e com guarda em pedra. Em cima desta, o brasão da Irmandade rematando num frontão triangular com uma cruz, sendo esta ladeada por dois pináculos.
No interior, a nave é formada por um coro-alto albergando quatro confessionários e ao centro a porta de acesso, uma capela lateral direita, seguido do púlpito branco e dourado. No lado oposto é formada por duas portas com acesso à saída.
O arco triunfal é ladeado por dois altares colaterais, usando também o branco e dourado. A nave e capela-mor são forradas a madeira e com pinturas em toda a superfície, e forradas até meia altura por azulejos azuis e brancos. O retábulo da capela-mor é todo em dourado.
Finalmente a sacristia está forrada em toda a superfície por azulejos e o teto é em madeira pintada. Num dos lados existe um balcão em madeira com gavetas, encimado por um oratório de Cristo em dourado e pintado em tons de azul e branco. No lado oposto e ao centro das portas que dão acesso ao templo, um pequeno altar em dourado, azul e castanho.
As sanefas das portas e janelas também são em dourado e branco.
Este ponto está situado na localidade Aldeia das Dez, na freguesia Aldeia das Dez.
(Distância: 368 m E)
Situado próximo do Santuário da Nossa Senhora das Preces, esta ermida ou capela isolada não tem quaisquer informações cronológicas ou históricas, sabendo-se apenas que é dedicado à mártir Santa Eufémia.
(Distância: 2 km NW)
A Igreja Matriz, dedicada a São Bartolomeu, veio substituir, no século XVIII, um templo antigo que já era pequeno. Destaca-se a torre sineira rematada por uma cobertura bolbosa e atrás desta uma capela lateral e a sacristia.
(Distância: 2 km NW)
Este templo religioso do século XVIII, dedicado a Santa Maria Madalena, é agora a capela mortuária. Mostra sobre o frontão, que é ladeado por pináculos, um nicho também ladeado por pináculos.
(Distância: 2 km NW)
Numa aldeia pequena como a Aldeia das Dez e, à semelhança das outras aldeias, o largo principal é espaço mais importante desta aldeia.
(Distância: 2 km NW)
Três interessantes e reestruturadas ruas da pequena parte histórica da Aldeia das Dez. Ruas com um cariz histórico bastante profundo, remontando à época anterior aos romanos.
(Distância: 2 km NW)
Este edifício é composto por dois corpos edificados em épocas diferentes, o primeiro do século XVIII com o brasão dos Pereiras, o segundo iniciado no século XIX por Francisco Xavier Borges Pereira Ferraz e nunca terminado.
(Distância: 2 km S)
Vista geral da aldeia de Vale do Torno
(Distância: 3 km NW)
A estrada municipal 508 vai levar o visitante a uma situação interessante, em que o cruzamento se encontra precisamente no centro da ponte com três entradas.
(Distância: 3 km NW)
Este Parque de Campismo, na localidade de Ponte das Três Entradas, está situado ao longo do Rio Alva, em plena Serra da Estrela. É um excelente local para descanso em plena natureza com espaço para tendas e equipado com bungalows.
(Distância: 4 km W)
Ponte de 3 arcos, de origem romana na Ribeira de Pomares. Separa o Povo dos Bairros do Tinte e Portelinha.