Candal associa-se à arte de trabalhar a pedra através de "Cantar a Pedra" que originou o atual nome.
Situada sensivelmente a dez quilómetros da Lousã, está situada na vertente ocidental da Serra da Lousã, face à estrada que liga Lousã a Castanheira de Pêra. Está disposta numa colina voltada a sul, numa escalada pelo monte acima em que podemos visitá-la através das ruas estreitas e inclinadas até ao topo. De lá podemos ver a aldeia e a vista sobre o vale refrescado pela ribeira do Candal.
A história desta aldeia é comum a todas do concelho, que tiveram o seu início nos finais dos sécs. XVII e príncípios do XVIII, em que inicialmente era uma ocupação sazonal, mais concretamente nas estações da primavera e verão, com as atividades pastoris. Os documentos referenciais mais antigos desta aldeia remontam a 1679, através de uma multa passada pelos Paços do Concelho e mais tarde num registo de propriedade foreira ordenado por D. Pedro, em 1687. Contudo crê-se que a aldeia seja mais antiga que estas datas.
No tempo das Invasões Napoleónicas, Candal e outra aldeia vizinha, Cerdeira, escaparam ao saque das tropas francesas. Após as Invasões Francesas esta, como as restantes aldeias, começou a ter uma população digna de uma aldeia, confirmando assim que em 1940 a aldeia atingiu os 200 habitantes com dois rebanhos de ovelhas, sofrendo um início de emigração para E.U.A. na década de vinte.
Pastorício, fabrico de carvão e agricultura de subsistência eram as atividades da população e os motivos que conduziram ao auge populacional, antecedido pelo seu decréscimo entre as décadas de cinquenta e sessenta do século passado, com a partida para o Brasil. A eletricidade, acompanhada dos telefones, só viriam nos anos setenta.
Estando em quase declínio populacional e ruínosas, estas casas começaram a ser recuperadas para segunda habitação, simbolizando em conjunto com outras as Aldeias de Xisto tradicionais de uma região, com a sua orientação geográfica no centro do País.
Este ponto está situado na localidade Candal