Dos muitos Santuários existentes em Portugal, este tem um caráter especial e diferente de todos os outros, mantendo-se a religiosidade e diferenciando-se somente à sua posição geográfica.
Mixões da Serra, uma aldeia dos extremos, pois situa-se na fronteira dos concelhos de Vila Verde, ao qual pertence, e de Ponte da Barca, e situa-se na fronteira das Serras da Peneda e do Gerês.
É neste contexto que Mixões da Serra arrasta multidões pela sua fé como também por uma velha tradição que se arrasta por séculos. Quis a situação geográfica fazer com que esta localidade se situasse nas serras e montes, transformando a natureza em rude e agreste. E toda esta agressividade serrana permitiu que viesse ao de cima a tradição secular da Bênção dos Animais.
A presença humana nesta região é anterior à Nacionalidade, todavia a tradição da bênção dos animais remonta só ao século XVII, mais concretamente a 1680, quando os animais, que eram um meio de sobrevivência dos agricultores, foram atingidos por uma peste.
Nesta necessidade de ajuda por parte dos animais, os locais prometerem ao Santo António um templo dedicado se este os livrasse não só da peste como dos lobos. Promessa esta que foi feita, as preces foram ouvidas e o agradecimento ocorreu com a construção de uma pequena capela em honra de Santo António.
Desde então, no Domingo anterior ao dia 13 de Junho, dia daquele Santo, os animais são levados pelos agricultores a este local para a sua bênção.
Esta manifestação religiosa perdura até à atualidade, com esta configuração de gentes e animais que recorrem ao Santuário de ano para ano. A atual Igreja de Santo António de Mixões da Serra foi inaugurada em 1952, sendo esta construção possível com os esforços das gentes locais.
Sem uma arquitetura que se relacione com qualquer outra que se conheça, a fachada central é composta por três panos de três pisos, com o pano central ladeado por dois circulares em forma de torre.
O primeiro piso é referente ao térreo em que se abre o portal principal em arco de volta perfeita. O segundo piso é percorrido por um varandim, dando acesso a um grande nicho com a imagem do Padroeiro. Este é encimado por um terceiro piso, formado por uma varanda com uma sineira de três sinos.
Deste portal entra-se para a capela retangular, simples mas com o altar-mor profusamente decorado com motivos a ver com o Santo padroeiro.
Este ponto está situado na localidade Mixões da Serra, na freguesia Valdreu.
(Distância: 36 m N)
Uma vista deslumbrante do miradouro situado próximo do Santuário de Santo António de Mixões da Serra.
(Distância: 3 km S)
Estas duas sepulturas, que se apresentam parcialmente quebradas na parte inferior, confirmam a ocupação humana no território no período medieval.
(Distância: 3 km S)
Sem qualquer informação cronológica ou histórica, poderá ser original do século XII, uma vez que esta zona foi conhecida com vestígios humanos dessa época.
(Distância: 4 km SW)
A Junta de Freguesia situa-se no núcleo de um conjunto de casas rústicas rurais, nesta aldeia situada nas encostas da Serra da Peneda e a ombrear com a encosta da Serra de Mixões.
(Distância: 4 km SW)
Este templo religioso com o orago de Nossa Senhora da Assunção é uma construção em pedra granítica formada por nave e capela-mor com a torre sineira adossada.
(Distância: 5 km S)
A Capela de São Brás situa-se no largo do Município mesmo ao lado dos Paços do Concelho, havendo a possibilidade de ter sido em tempos a Igreja Matriz.
(Distância: 5 km S)
A Câmara Municipal da pequena Vila de Terras do Bouro é a representação máxima de um concelho situado no coração do único Parque Nacional, o da Peneda-Gerês.
(Distância: 5 km S)
Tal como nas maiorias das localidades pequenas, podemos ver o poder político religioso e social incluídos no perímetro deste largo central.
(Distância: 5 km S)
Representação de alguns marcos miliários das vias romanas, que foram encontrados na região de Terras de Bouro.
(Distância: 5 km S)
Estádio de Terras de Bouro, requalificado em setembro de 2003.