Situada no lugar do mesmo nome com seu logradouro, injustamente diminuído pela construção de uma casa a nascente, foi pertença dos herdeiros do seu fundador, o Vigário João Gomes, que a construiu em 1757, a nascente da sua casa, a que ficou anexa, sob a invocação de São João da Laje.
Registou o evento nas Memórias Paroquiais, 1758, P. 44, de que foi redactor, assim: "E tem mais outra nova (capela) no lugar de Medos, erepta por mim com a vocação de Sam Joam da Lagem que de presente admenistro, e por meu falescimento há de ter administrador della a pessoa chamada na sua Instituição e se festeja o dito Santo no seu dia onde já concorre bastante gente de romaria". Ao zelo deste dedicado sacerdote se deve também o Livro dos Legados e Capellas que, em 1752, copiou de documentos anteriores por se encontrarem em mau estado de conservação.
De referir ainda que aos 2 de Janeiro de 1746, o dito Vigário João Gomes instituiu um Legado Pio a favor da Confraria da Senhora das Neves onde se pode ler: "Aceitação do Legado que fizeram o Juiz e mais officiaes da Confraria de Nossa Senhora das Neves de Barcellinhos do Reverendo Vigário João Gomes ( ... ). Foi dito por elles em nome da dita Confraria estavam ajustados e contratados de comum aprazimento de aceitarem da mão delle Reverendo Vigário hum Legado para a dita Confraria de huma Missa semanaria dita em hum dia de cada semana enquanto o mundo durar ditas no altar da mesma Senhora das Neves rezadas pelo preço de sessenta mil reis em dinheiro de contado com declaração que começarão de se dizer as Missas deste Legado passado o dia de Nossa Senhora das Neves de cinco de Agosto deste presente anno e dahi em diante enquanto o mundo durar por razão de terem tempo de empregar o dinheiro ou polo a juros em parte segura e nesta forma estavam contratados ..."
No século XX, década de 40, com o alargamento da estrada, a capela foi deslocada para norte cerca de três metros, onde hoje se encontra. Os estragos da mudança, visíveis no granito, são sobretudo evidentes no retábulo do altar agora muito degradado.
Ultimamente, a capela passou para a Fábrica da Igreja Paroquial de Barcelinhos por Escritura Pública lavrada no 2º Cartório Notarial de Barcelos a 16 de Novembro de 1997. Agora, a mesma Entidade a recuperou e abriu de novo ao culto, pois a devoção a São João Baptista é muito querida aos Barcelinenses, a começar pelos moradores do dito lugar de Medros.
A Câmara Municipal ao realizar ali obras de recuperação da via pública, Outubro / Novembro de 2001, recuperou também o adro em lajes de granito e iluminação exterior, trabalho que muito valorizou aquele espaço sagrado.
É uma capela estruturada em granito da região, encimada de avantajadas cornijas e pirâmides nos quatro cantos, rematada de cruz na tardoz e na frontaria. Tem no frontispício, gravada na padieira da porta, a inscrição: HANC FECIT JOANI JOANIS GOMES VICARIUS. ANNO. 1757.
Entretanto, a moldura que avança sobre a porta principal e seus frisos permitem pensar numa data anterior a 1750. Diria mesmo séc. XVI, se lá não estivesse gravada a data.
Interiormente, o único altar existente, recuperado em 2003, separado da assembleia por três degraus de granito, está provido de um retábulo quinhentista, meados do século XVII, bastante danificado, cuja talha, em adiantado estado de decomposição, foi necessário substituir em grande parte.
Quando se preparava para receber uma pintura adequada, verificou-se que originariamente fora todo dourado, circunstância que agora respeitamos. Deve ter vindo de uma capela dedicada a Nossa Senhora, tendo em conta a pintura mariana ao centro, que lhe serve de remate.
Os acrescentos laterais, agora eliminados, e a dificuldade de implantação em altura parecem dizer-nos também que o altar veio de outro recinto e sofreu uma adaptação ao espaço desta capela. As imagens de São João, em peanha rocaille, 1757, de Nossa Senhora e São José, toscamente repintadas, deixavam adivinhar algum valor artístico que veio a confirmar-se.
Este ponto está situado na localidade Medros, na freguesia Barcelinhos.
(Distância: 2 km NE)
A Igreja Matriz da freguesia de Barcelinhos é dedicada a Santo André. No interior contém altares de talha do século XVII.
(Distância: 2 km NE)
Este pequeno edifício religioso teve a sua origem na época medieval, remontando ao ano de 1328. O alpendre a contornar a capela foi feito para permitir o descanso dos peregrinos dos Caminhos de Santiago.
(Distância: 2 km NE)
A ponte de Barcelos, que atravessa o rio Cávado e une as margens entre Barcelinhos e Barcelos, construída no século XIV, torna-se num dos monumentos mais influentes da cidade da altura e da baixa medieval.
(Distância: 2 km NE)
Este solar é uma edificação dos princípios do século XV a mando de Pedro Esteves, mas modificado entre os séculos XV e XVII.
(Distância: 2 km NE)
Barcelos recebeu o primeiro foral com D. Afonso Henriques. Foi renovado de D. Manuel I, simbolizado pela construção do Pelourinho em 1515, um dos mais emblemáticos do reinado.
(Distância: 2 km NE)
Também conhecido como Paço dos Duques de Bragança, esta edificação, que se tornou no ex-libris da cidade de Barcelos, está situado num ponto elevado da cidade, marcando presença sobre a ponte e o rio.
(Distância: 2 km NE)
Dedicada a Santa Maria, esta igreja está atribuída entre dois estilos, remontando ao tempo de transição entre o românico e o gótico, tendo em conta panos construtivos e decorativos.
(Distância: 2 km NE)
Situado na parte histórica da cidade, o edifício da Câmara Municipal enquadra-se com um conjunto de outros monumentos históricos da cidade, para a qual a sua fachada principal está orientada.
(Distância: 2 km E)
Uma capela anterior ao século XV dedicada a São Brás, é antecedida por grande escadaria em quatro lances aumentando progressivamente, ao subir, o número de degraus em cada lance.
(Distância: 2 km NE)
Esta rua, de seu nome Dr. António Barroso, é uma das muitas do centro histórico de Barcelos, conduzindo ao Largo da Porta Nova.