Edificada em 1737, também conhecida por Santa Marinha e considerada como a mais antiga do concelho, esta igreja é de um grande valor interior como exterior.
Situado num plano elevado, está envolta por um adro definido por um muro e rodeada por estátuas, tanto na escadaria principal com na lateral. Desenvolvida na longitudinal com uma planta retangular, é constituída por nave e capela-mor mais pequena e estreita. Adossada a esta no lado esquerdo, a sacristia e a torre sineira.
A fachada principal em frontão triangular tem o centro composto por um óculo aberto no tímpano e apresenta elementos decorativos que envolvem o portal principal.
O portal é definido por pilastras que suportam um duplo entablamento, sobre o qual assentam dois desproporcionados pináculos e um nicho central que alberga a Santa Marinha numa concha flanqueado por aletas. Estas estão ladeadas por duas janela quadrangulares.
No lado esquerdo ergue-se a torre sineira quadrangular, apresentando os arcos de volta perfeita que albergam os sinos e com a cúpula bolbosa.
O interior apresenta uma nave com cobertura em abóbada de berço, com um elemento em evidência das pinturas concheadas que enquadram representações de cariz popular, um coro alto assente em mísulas, capelas laterais e colaterais, com um arco triunfal de volta perfeita.
Na capela-mor apresenta um retábulo-mor com tribuna e trono que é rematado por ático de aconcheados assimetricos, e entre as colunas compósitas encontram-se as imagens de Santa Marinha e Santo Ovídio.
Para terminar, um dos elementos ex-libris da Igreja é o muro à volta, apresentando-se com imagens de granito representando os Santos Apóstolos.
A Igreja de Real foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 2023.
Este ponto está situado na localidade Crasto, na freguesia Real.
(Distância: 195 m NW)
Por altura da Nacionalidade esta zona começou a designar-se de Terras do Paiva, e surgiram as referências desta localidade com uma denominação de Villa Rial. A história de Real confluiu com as Terras do Paiva, na abundância de vestígios pré-históricos, havendo um castro no Monte Santo Adrião.
