As Inquirições Paroquiais acabam sempre por ser o verdadeiro e, em muitos casos, o único testemunho da antiguidade da localidade, como do respetivo templo religioso.
Estas confirmam a existência de São Julião já no século XII, sendo provável esta existência remontar para um período mais antigo. Ao que tudo indica, a história da freguesia é feita por duas famílias nobres, uma delas natural da freguesia, a Sola, e que por casamento viria a juntar-se a uma outra família, de origem Galega, residente na mesma freguesia, a Silva.
Sendo estas famílias de referência, não deixam de merecer outras tantas casas senhoriais situadas na freguesia, o que permitiu o desenrolar de uma história que a freguesia foi ganhando com o tempo.
É com as Inquirições que se dá conta que São Julião era da Silva, precisamente uma das famílias que se revelaram importantes para a localidade. Assim se manteve com esta denominação até ao início do século XIX, limitando-se simplesmente a São Julião, até agora.
Um espaço a cerca de dez quilómetros da sede de concelho, em que a dimensão contrasta com um historial muito pouco significativo mas de certa maneira relevante ao facto da sua existência corresponder ao período anterior à Nacionalidade.
O século XII é o marco em que a freguesia de Silva já mostrava a sua tendência habitacional, devendo-se por isso, e seguindo o exemplo de outras freguesias vizinhas, à família abastada e bem relacionada com a Corte. Família essa, de seu nome Silva, em que o seu topónimo se afirma com grande influência na região, derivando da Casa Real de Leão.
O alinhamento da história paroquial com a territorial segue caminhos de que só as Inquirições Paroquiais dão conta, tanto no desenvolvimento da localidade como no paroquial.
Em 2013, com a reorgaização administrativa, as freguesias de São Julião e de Silva foram unidas, formando a União das Freguesias de São Julião e Silva, com sede em São Julião.
Este ponto está situado na localidade Roçado, na freguesia São Julião e Silva.
(Distância: 291 m NE)
Esta igreja tem nas Inquirições Paroquiais as suas referências documentais em 1258. Esta igreja incluía-se na lista para pagamento de uma taxa, já o templo pertencia ao Arcediago de Cerveira. Entrou para a Diocese de Viana do Castelo em 1977.
(Distância: 331 m N)
Casa da Torre da Silva ou Casa Solar dos Silvas, foi fundada por D. Guterre Aldrete da Silva, de Galiza, que deu início à Família Silva. No século XVII foi construída a torre anexada à casa. Torre de arquitetura militar, com uma planta quadrangular de dois pisos, teve aproveitamento residencial.
(Distância: 1 km NW)
Igreja Paroquial de Silva, dedicada a Santa Maria, é uma construção do século XIII mas recebendo a denominação atual apenas no final do século XIX. Foi restaurada no século XVIII. Mostra uma torre sineira bem maior que o habitual e maior que a fachada da igreja.
(Distância: 2 km NE)
Uma freguesia basicamente rural que tem o seu topónimo com origem em lendas. Alguns nomes de lugares da freguesia de Fontoura remontam para uma antiguidade anterior à Nacionalidade, colocando-a num período de ocupação nos séculos IX e X
(Distância: 2 km NW)
Sem informações sobre a história da freguesia de Cornes, dada a sua posição geográfica, em que se rodeia de seis freguesias, pode mesmo ser chamada de passagem e pode ter sofrido influências da presença castreja ou até mesmo da civilização romana.
(Distância: 2 km NE)
A Igreja Matriz dedicada ao Arcanjo São Miguel é referida em 1258, com as Inquirições Paroquiais, em que esta entra na lista das Igrejas Entre o Lima e o Minho. Desde 1977 a Igreja de São Miguel de Fontoura faz parte de Diocese de Viana do Castelo.
(Distância: 2 km NW)
Um coreto situado no largo anexo da Igreja Paroquial na localidade rural de Cornes, de planta octogonal, tem como base a pedra granítica que sustenta o palco, guardas de ferro e oito colunas igualmente de ferro. A cobertura é piramidal.
(Distância: 2 km NE)
A existência desta capela deve-se ao facto da Freguesia de Fontoura se encontrar no caminho de Santiago de Compostela. O cruzeiro, com o mesmo nome de Senhor dos Aflitos, que se encontra nas traseiras desta, apresenta o cajado e a vieira, símbolos do peregrino de Santiago.
(Distância: 2 km NW)
A Igreja de São Pantaleão surge nas Inquirições de 1258 referente às igrejas pertencentes ao Bispado de Tui, situadas no território Entre o Lima e o Minho. É referida também na cópia de 1580 do Censual de D. Frei Baltasar Limpo. Destaca-se na igreja a grande torre sineira.
(Distância: 2 km S)
Igreja dedicada a São Miguel Arcanjo, destaca-se a situação fora do normal da torre sineira que se anexa à capela-mor, tendo um nicho com a imagem de São Miguel Arcanjo. Referida em 1258 nas Inquirições Paroquiais, entra em definitivo para a Diocese de Viana do Castelo em 1977.