Dos poucos historiais dos templos religiosos, a Igreja Matriz de Gandra, que tem como Orago o São Salvador, diferencia-se ligeiramente ao ser referida em 1125 quando D. Afonso Henriques doou não só a igreja como o couto de Grandra à Sé de Tui e ao seu Bispo D. Afonso. Era então conhecida como Sancti Salvatoris de Gandera.
Este pequeno historial remete-nos não só para uma época anterior à Nacionalidade como também para uma edificação que poderá compreender entre os séculos X e o XI. Contudo as Inquirições Paroquiais, uma vez mais, vêm dar o apoio referencial do próprio templo.
Como em todos os casos, a primeira referência documental dá-se em 1258 quando, na lista das igrejas compreendidas Entre o Lima e o Minho, é mencionada a Igreja de São Salvador da Gandra como uma das pertencentes ao Bispado de Tui. Era então denominada de Gandera.
Dá-se o ano de 1444, quando este território da Gandra é desmembrado do Bispado de Tui, passando então para o de Ceuta, seguindo-se o de Olivença e entrando em definitivo para a Comarca de Valença do Minho, com a aprovação de permuta do Papa Leão X.
No início do século XVI, mais concretamente em 1546, São Salvador de Grandra torna-se vigairaria perpétua e câmara arcebispal. No final deste mesmo século, na situação canónica de benefícios, Gandra já figura nas Terras de Valença. Entra para a Diocese de Viana do Castelo em 1977.
Numa superfície aberta em que o acesso para o adro é feito por uma escada de nove degraus, a Igreja apresenta uma planta retangular formada por nave retangular e capela-mor igualmente retangular, mais pequena e estreita.
Adossada a esta no lado direito está uma capela e um outro acesso.
No lado contrário, a sacristia. Neste mesmo lado e um pouco recuado à fachada principal, a torre sineira quadrada de três pisos separados por frisos. As quatro faces são abertas em arco de volta perfeita que albergam outros tantos sinos.
A fachada principal é rematada com um frontão contracurvo, em cujo centro possui a cruz latina, ladeado por pináculos com soco. Estes rematam as pilastras nos cunhais que delimitam a fachada.
O rasgo do portal é em arco abatido com moldura e encimado por uma cimalha que liga ao janelão retangular de arco abatido, para iluminação da nave.
Este ponto está situado na localidade Real, na freguesia Gandra e Taião.
(Distância: 75 m NE)
A ocupação humana de Gandra tem provavelmente origem na Idade do Bronze, havendo em Ouzão algumas gravuras rupestres. As guerras da Restauração dão-nos indicação de que no lugar do Tuído existiu um forte como ponto de defesa, edificado pelas tropas galegas em 1661.
(Distância: 1 km W)
(Distância: 2 km E)
A construção da igreja pode recuar ao tempo do início da Nacionalidade. Pelas Inquirições Paroquiais, em 1320, a Igreja estava referenciada como Santa Maria de Taião, pertencente ao bispado de Tui. Em 1977 passou para a Diocese de Viana do Castelo.
(Distância: 2 km S)
Situada na rota de Santiago de Compostela, é uma freguesia com ocupação muito antiga, desde o Paleolítico. A ponte romana serve de confirmação de que o Império Romano passou por estes lados, servindo esta estrutura para épocas posteriores até à atualidade e para os Caminhos de Santiago.
(Distância: 3 km W)
Em 1258, na lista das Igrejas Entre o Lima e o Minho, das Inquirições Paroquiais, a Igreja de São Salvador de Arão já era citada como uma das igrejas pertencentes ao Bispado de Tui. Segundo o catálogo de D. Dinis em 1320, esta já pertencia ao Arcediagado de Vila Nova de Cerveira.
(Distância: 3 km SE)
Situada junto da estrada entre as povoações de Taião de Cima e Taião de Baixo, a Capela da Senhora do Socorro destaca-se num pequeno largo de apoio à Freguesia de Taião como parque de merendas. A fachada resume-se simplesmente à abertura da porta em moldura reta ladeada por duas pequenas janelas.
(Distância: 3 km SE)
Junto da capela de Nossa Senhora do Socorro, a meio caminho entre as povoações de Taião de Cima e Taião de Baixo, situa-se este belo parque de merendas com mesas e respetivos bancos de pedra num espaço muito arborizado.
(Distância: 3 km S)
Na altura conhecida como Cerzal, a sua primeira referência documental surge nas Inquirições de 1258 em que constava na lista das igrejas Entre o Lima e o Minho, como pertencentes ao Bispado de Tui. Faz parte da Diocese de Viana do Castelo desde 1977.
(Distância: 3 km SW)
Ponte medieval de origem romana, atravessa a ribeira de Mira, formando um arco com tabuleiro em cavalete assente sobre um arco abatido.
(Distância: 3 km NW)
União de Freguesias de Valença, Cristelo Côvo e Arão, resultante da união em 2013 das três freguesias do concelho de Valença, é uma região em que a presença humana tem origem em eras pré-históricas, ajudado pela sua localização junto do rio Minho.