A Igreja de São Miguel é considerada como pertencente à época do barroco, que possivelmente a coloca no século XVII, sendo este o único facto conhecido deste templo.
Este templo entra nas estatísticas das Inquirições Paroquiais, cuja relação dita a sua importância. Neste caso da Igreja de São Miguel, começa por nos indicar que a sua denominação se deve à localização em que, no ano de 1199, D. Sancho I doou ao Mosteiro de Fiães a então Vila de Figueiredo que atualmente se lê como lugar de São Miguel.
Basicamente é em 1258 que a lista das igrejas entre o Lima e o Minho surgem com a primeira referência e, como tal, Messegães é citada como sendo uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui. Em 1444 o território foi desmembrado do Bispado de Tui entrando numa fase de trocas com outras comarcas eclesiásticas e acabando por ficar a pertencer a Valença do Minho, devendo-se à aprovação da troca por parte do Papa Leão X.
Nos princípios do século XVI as igrejas de Entre o Lima e o Minho integradas na Diocese de Braga constavam na relação das igrejas do julgado de Valadares e, nos finais deste mesmo século, o censual do D. Frei Baltasar Limpo refere que a Igreja de São Miguel de Messegães era a apresentação de leigos. Entretanto o templo foi vigairaria colada com título de reitoria, sendo a apresentação da Casa dos Marqueses de Vila Real.
No século XVII passou por confisco à Coroa, em consequência da traição à pátria precisamente do último Marquês de Vila Real, D. Luís de Meneses, e no século XIX, nas estatísticas paroquiais, aparece como reitoria da Casa do Infantado, criada por D. João IV. Entra para a Diocese de Viana do Castelo em 1977.
Ao nível da estrada, é separada apenas por um mureto que dá acesso ao adro da igreja. Esta posiciona-se na longitudinal, de planta retangular constituída por nave e capela-mor mais pequena e estreita.
Adossa-se no lado direito a sacristia.
Na fachada principal à direita e num plano mais recuado, adossa-se a torre sineira quadrada com quatro arcos de volta perfeita nas quatro faces que albergam quatro sinos. O acesso a esta é feito por uma escadaria exterior.
A fachada é delimitada por cunhais apilastrados, com remate em frontão triangular com a cruz latina no vértice e ladeado por dois pináculos.
Os rasgos são feitos pelo portal de moldura reta, encimado por uma cimalha a que se sobrepõe um frontão semicircular interrompido por uma janela lobulada. A ladear a portal estão duas janelas também de moldura reta.
No frontão, ao centro, encontra-se um nicho que alberga o orago, o Arcanjo São Miguel.
Este ponto está situado na localidade Senra, Messegães, na freguesia Messegães, Valadares e Sá.
(Distância: 43 m NW)
Um coreto como habitual situado perto da igreja e por isso no local das festas dos habitantes, na atualidade ainda tem o seu uso em pequenos espetáculos musicais, teatrais ou outros. De planta octogonal, tem base em cimento e cobertura em folha de zinco verde.
(Distância: 171 m N)
Considerada como a mais pequena freguesia do concelho, Messegães é privilegiada devido à sua posição geográfica junto do rio Minho. A agricultura é um dos seus pontos mais fortes, apoiada essencialmente pelo vinho verde.
(Distância: 690 m S)
Antiga cadeia de Valadares, que demonstra a importância e autoridade que esta localidade teve na região. Esta casa distingue-se das casas vizinhas pelas janelas nos dois pisos, sendo as do piso inferior protegidas por barras de ferro.
(Distância: 708 m S)
Esta igreja, datada do século XVII ou XVIII, tem utilização atual como Igreja Paroquial, sendo inicialmente Igreja de Irmandade, ou seja, Igreja da Misericórdia. Um templo maneirista, com influências românticas, está classificado como Imóvel de Interesse Público.
(Distância: 1 km SE)
A Igreja de Santa Eulália é uma edificação da primeira metade do século XVI, mais concretamente de 1534. Sofreu a primeira remodelação entre os séculos XVII e XVIII. Está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1961.
(Distância: 1 km SE)
A cronologia indica a época românica do século XII, mas tem as suas primeiras referências em 1258, na primeira listagem das igrejas situadas no território de Entre o Lima e o Minho, pertencentes ao Bispado de Tui.
(Distância: 2 km SW)
O território de Ceivães fez parte do extinto e conhecido Concelho Medieval de Valadares, tendo o nome de Moujuzão, no significado de corrupção de Mouro-Juzão, dada a sua localização do Vale.
(Distância: 2 km S)
A primeira referência a Badim data de 1320 como São Julião de Badim de Susã, na lista de igrejas a norte do rio Lima apresentada ao rei D. Dinis. Forma desde 2013 a União das Freguesias de Badim e Ceivães, com sede em Ceivães.
(Distância: 2 km SW)
Um pequeno templo religioso à beira da estrada nacional entre Barbeita e Ceivães pode corresponder a um templo particular. A capela desenvolve-se na longitudinal e com a fachada principal orientada para poente, rematando com um frontão triangular.
(Distância: 2 km S)
A igreja de São Julião é uma edificação do início do século XVIII. Na lista das igrejas situadas a norte do Lima, de 1320, Badim pertencia a Valadares com a designação de "São Julião de Badim de Susã". Só no século XX passou a pertencer à diocese de Viana do Castelo.