A atual Igreja Paroquial de Merufe ou de São Pedro, da qual é o orago, tem a sua origem como a própria localidade no então Convento de Freiras Beneditinas. Convento de que uma das suas muitas funções era servir de apoio aos peregrinos de Santiago de Compostela, tendo como consequências não só a pobreza em que viviam como a situação degradante do edifício que punha em causa a comunidade.
Esta situação foi comunicada ao então monarca D. João II pela Abadessa D. Guiomar Rodrigues, com intenção de ajuda para a comunidade, e viria acontecer o inesperado.
Com a decisão do Papa Xisto V, o monarca português deu por encerradas as instalações que albergavam as freiras, transferindo-as para outros conventos, cingindo-se apenas à reitoria secular, que significava servir a Igreja e Casa Paroquial.
Tendo sofrido várias campanhas de obras de reformas, é também por certo que manteve a porta de comunicação com o Convento.
Esta ação de pedido de ajuda por parte da abadessa do convento decorreu no ano de 1461, tendo a edificação da igreja ocorrido num tempo muito anterior. Para o comprovar, uma vez mais as Inquirições Paroquiais têm um papel fundamental ao indicar que, em 1258, a igreja constava nas listas destes templos, como pertencentes ao Bispado de Tui.
A Igreja de São Pedro, que se posiciona na longitudinal, é composta por uma planta retangular constituída por nave e capela-mor mais pequena e estreita.
Adossada a esta, no lado esquerdo está a sacristia. No mesmo lado, na nave ao centro rasga um portal de verga reta e três janelas que seguem a mesma moldura reta. No lado oposto, novamente três janelas e uma porta, com o mesmo tipo de moldura.
A fachada principal, que apresenta um estilo românico, sofreu um acrescento no século XVIII, a torre sineira de dois pisos, sendo que o inferior tem como abertura o arco de volta perfeita com acesso ao templo e encimado por uma pequena janela oval.
No pano superior estão as aberturas em arco nas quatro faces, que albergam os sinos.
Este ponto está situado na localidade Mosteiro, Merufe, na freguesia Merufe.
(Distância: 3 m E)
(Distância: 62 m NW)
A sede da Junta de Freguesia é o ex-libris da localidade, dada a sua monumentalidade, sobrepondo-se à história desta e até mesmo à Igreja Paroquial. Resulta de um velho casarão que serviu nos últimos anos de escola primária e de residência dos seus professores.
(Distância: 885 m SE)
Um templo religioso situado à face da estrada, à saída de Merufe a caminho de Tangil, a Capela do Senhor dos Passos na sua simplicidade, num espaço simpático, amplo e arborizado, com uma cobertura de duas águas e uma cruz no vértice da empena.
(Distância: 2 km E)
Com um passado anterior à Nacionalidade, em que o topónimo de Crastelo demonstra a existência de populações locais bastante remotas, não havendo no entanto provas da presença humana no período pré-histórico.
(Distância: 2 km E)
A Igreja Paroquial de Tangil, dedicada ao Divino Salvador, é confirmada como já instituída no final do século XII e princípios do século XIII. Em 1320, no catálogo das igrejas situadas Entre o Lima e o Minho, já constava como Igreja de Taagilde.
(Distância: 2 km NE)
Potamio, assim se chamava primitivamente a localidade, possivelmente originária do tempo dos romanos ou então do período do Alto Medieval, com indicações de presença no período pré-histórico, como um dolmen em Fonte Leão e as gravuras rupestres do Cotarinho.
(Distância: 3 km NE)
Um templo que anualmente é motivo de festejos, foi dada em 1773 a licença para a construção da capela ao então Arcebispo de Braga, D. Gaspar, tendo o final das obras ocorrido um ano mais tarde. Primeiro foi dedicada a Nosso Senhor Crucificado da Ponte de Tangil.
(Distância: 3 km NE)
A Igreja de São Cosme e São Damião, Paroquial de Podame, é um templo muito antigo, remontando ao século XI, mais concretamente ao ano de 1033, em pleno tempo românico.
Salienta-se a grande torre sineira quadrada, com o sino apenas na face frontal.
(Distância: 3 km N)
A Igreja de São Paio remonta ao período anterior às Inquirições, aparecendo em 1320 no catálogo das igrejas situadas Entre o Lima e o Minho. Nos finais do século XVI foi doada ao Marquês de Vila Real e seus sucessores. Começou a pertencer à Comarca de Viana do Castelo em 1977.
(Distância: 4 km N)
A história de Segude remonta ao período anterior à Nacionalidade, segundo indica o Monte Crasto em que foi descoberta uma citânia. Já sendo freguesia nos séculos XII e XIII, seguiu-se outro elemento importante, a edificação da igreja matriz entre os séculos IX e XII.