A Igreja de São Veríssimo, cuja imagem alberga no nicho da fachada principal do templo, é dada como muito antiga, restando saber até que ponto é essa antiguidade. No entanto, e uma vez mais, as Inquirições Paroquiais são o verdadeiro testemunho da antiguidade deste templo.
As Inquirições apontam para o tempo mais antigo como é o ano de 1258 em que, na lista das igrejas situadas no território entre o Lima e o Minho, constam as igrejas pertencentes ao Bispado de Tui. Nesta altura já o território de Luzio era Padroado Real, o que nos leva a pensar que o templo é ainda mais antigo.
Em 1320 a Igreja de São Veríssimo de Luzio consta, como os outros templos religiosos, na lista de D. Dinis para determinação de taxa, pertencente ao Arcediagado de Cerveira. Em 1444 entra, igualmente como os outros templos, no desmembramento do Bispado de Tui e nas trocas das Comarcas Eclesiásticas, e com a provação do Papa Leão X na Comarca de Valença do Minho.
Em termos administrativos a freguesia de Luzio entra para a Comarca de Viana do Castelo em 1755, passando para a de Monção em 1839 e, nos termos Eclesiásticos, entra para a Diocese de Viana do Castelo em 1977.
A Igreja de São Veríssimo de Luzio desenvolve-se na longitudinal, com uma planta retangular.
É constituída pela nave retangular e capela-mor mais pequena. À esquerda do templo e adossada à fachada, a torre sineira retangular, num plano um pouco mais recuado. Segue-se um corpo quadrado, no plano da nave, e um outro mais recuado, a sacristia, no plano da capela-mor.
A fachada principal termina com remate em frontão triangular, terminando ao centro por uma cruz latina e ladeado por pináculos piramidais.
A fachada é delimitada por cunhais apilastrados, apresentando o rasgo do portal principal em moldura de verga reta encimado por uma cimalha. Este é por sua vez encimado por uma janela de moldura reta, e esta é ladeada por dois nichos que albergam as imagens de São Veríssimo e Nossa Senhora do Rosário.
Ao centro do tímpano abre-se um óculo circular.
Este ponto está situado na localidade Luzio, na freguesia Anhões e Luzio.
(Distância: 1 km NE)
Uma capela situada à face da estrada, no meio rural e sem qualquer informação, tendo por isso atribuído o nome da freguesia, Luzio. A sineira está adossada ao lado direito, ao nível da fachada posterior.
(Distância: 1 km W)
Um vestígio romano deixado pela sua passagem por esta zona, atravessa o rio Gadanha, fazendo a ligação da cidade de Braga com Espanha. É uma ponte com um só arco de volta perfeita onde se apoia um tabuleiro reto com uma guarda em cada lado.
(Distância: 2 km W)
Sem dados históricos concretos ou até mesmo vestígios da ocupação pré-histórica, deve a sua presença aos romanos nesta zona, com um dos símbolos na ponte que atravessa o rio Gadanha. Pertenceu ao julgado da Penha da Rainha, mantendo-se assim até 1520.
(Distância: 2 km W)
Dedicada a São João Batista, resta apenas o que as Inquirições indicam, sendo esta igreja de um período anterior. O templo é referido como abadia da apresentação dos Abreus, Senhores da Casa dos Regalados e do Paço de Coucieiro. Entra em definitivo para a Diocese de Viana do Castelo em 1977.
(Distância: 2 km NE)
Anhões é uma freguesia com uma dimensão relativamente pequena, em que o seu primeiro povoamento está numa época muito distante. Não é referida nas Inquirições Paroquiais, apenas entre os anos de 1551 e 1581 em que a dão como referência em anexo com o templo de Luzio.
(Distância: 2 km NE)
Localmente conhecida como Santuário do Bonfim e um dos mais procurados daquela zona, sabe-se apenas que foi uma construção de 1868. A capela foi erguida por promessa de alguém, ou as peregrinações dos fiéis transformaram num Santuário.
(Distância: 2 km NE)
Não há informações sobre este mosteiro, não se sabendo sequer se é anterior ou posterior à capela do mesmo nome. Possivelmente é anterior, dado aparente ser de um tempo mais antigo da segunda metade do século XIX a que corresponde a capela.
(Distância: 3 km N)
Igreja Paroquial dedicada a Santa Eulália, virgem e mártir da época do Império Romano, a sua antiguidade remonta ao tempo de D. Teresa, em que esta doa a freguesia à Sé de Tui, estando a sua primeira referência datada de 1125.
(Distância: 3 km NW)
A Igreja Paroquial de São Miguel tem a sua origem na época medieval, foi referenciada em 1258 nas Inquirições do monarca da altura, D. Afonso III, e em 1320, no reinado de D. Dinis, o templo já pertencia ao Arcediagado de Cerveira.
(Distância: 3 km NW)
Este coreto situa-se no pequeno e simpático largo rodeado de árvores em frente à Igreja Paroquial de São Miguel, um espaço possível da localidade, para animar as festas religiosas, ou outras, organizadas pela população.