Uma geografia favorável à freguesia de Paderne, que no seu perímetro se liga a várias das freguesias do concelho de Melgaço, e ainda com fronteira para o rio Minho, foram condições suficientes para que o território fosse densamente povoado e utilizado como lugar de passagem.
Com um privilégio destes, em que Paderne se conjuga um pouco da história de Portugal, e onde a presença humana se fez sentir desde a Pré-História à Idade do Ferro e do Bronze, seguindo-se o Império Romano, Invasões Bárbaras e Muçulmanas, até ao início da Fundação do Condado Portucalense.
Na Idade Média, no século XII, a freguesia de Paderne pertencia na sua maior parte ao antigo concelho de Valadares, que nessa altura se chamava de Paterna. Em 1141 recebeu o estatuto de Couto, atribuindo-a ao Convento Beneditino Feminino de Paderne, então conhecido por Paterne, por estas terem prestado auxilio e apoio na tomada do Castelo de Castro Laboreiro.
Decorria o século XIII, e no tempo do reinado do D. Afonso III o Convento de Paderne, que inicialmente foi ocupado por freiras, seria substituído pelos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, os quais ficaram encarregues de edificar a Igreja, tendo esta sido sagrada em 1264.
No século XVI o Convento passou a Mosteiro e o seu Couto passou de mãos para o Prior de Santa Cruz de Coimbra, por determinação de D. Sebastião.
Em 1855 o então concelho de Valadares foi extinto, e Paderne tornou-se freguesia, passando a fazer parte do concelho de Melgaço.
Este ponto está situado na localidade Portela e Moinhos, na freguesia Paderne.
(Distância: 319 m SE)
A Igreja, sendo do século XIII, pertenceu ao antigo Convento feminino fundado no século XII, a quem D. Afonso Henriques concedeu o couto em 1141.
(Distância: 326 m NW)
Conhecida como Ponte de Lajes, é mais um vestígio deixado pelo Império Romano num período que deverá corresponder entre os séculos II a V d.C. O piso do tabuleiro sobre um arco único é formado por grandes lajes e daí o seu nome.
(Distância: 441 m N)
Em 1551 esta capela designava-se de Nossa Senhora d'Água do Lupo, assim batizada pelos mandatários da sua construção, João Alves e sua mulher Isabel Leuvente. Surge mais tarde discriminada em 1758, nas Memórias Paroquiais do Prior de Paderne.
(Distância: 1 km E)
(Distância: 2 km NE)
A Capela de São Tiago é uma capela privada pertencente ao solar junto. O acesso da família a quem pertence o solar faz-se pelo interior do pátio. Salienta-se a decoração do tímpano que é separado por um friso, tendo ao centro um nicho que alberga uma imagem do padroeiro São Tiago.
(Distância: 2 km E)
A história de São Paio surge com as Inquirições Paroquiais. Não havendo informações sobre vestígios pré-históricos, este território não deixa de ser anterior à nacionalidade dado que a Infanta D. Urraca em 1071 doa metade do Mosteiro de São Paio de Paderne a Santiago de Compostela, e com ela a Igreja de São Paio.
(Distância: 2 km E)
Propriedade privada de descendentes de Manuel José Gomes, o mandatário da construção da dita capela que é conhecido como "Mestre Regueiro" devido à sua naturalidade no lugar. Uma construção de 1866, tendo em frente desta uma outra obra de arte mais antiga, do ano de 1659, o cruzeiro.
(Distância: 2 km N)
Uma ponte romana, possivelmente com origem entre os séculos II e V d.C., atravessa a Ribeira da Folia na antiga estrada que ligava Monção a Melgaço. Um só arco suporta um tabuleiro em cavalete com guardas.
(Distância: 2 km NE)
A freguesia de Prado tem no seu topónimo a origem da sua existência. Tal se deve aos fartos, grandes e numerosos prados de pastagem para o gado vacum, caprino e lanígero. Remoães é referenciado nas terceiras Inquirições de D. Dinis em 1307.
(Distância: 2 km NE)
Na lista das igrejas situadas a norte do rio Lima, a mando de D. Dinis em 1320, a Igreja de São Lourenço do Prado já pertencia à Terra de Valadares. Salienta-se a escadaria que antecede a entrada e a torre sineira.