Este castelo surgiu com a nacionalidade.
A sua construção data de 1170, a mando de D. Afonso Henriques, com referência documental da povoação aquando da Carta de Foral em 1183, dada por este Soberano, uma vez que a Vila estava inserida na terra de Valadares. Com este ato, a população fica com os mesmos privilégios aos que gozava o feudo Galego de Ribadavia.
Em 1199 já constava uma torre em Melgaço mandada construir pelo Prior do Mosteiro de Longos Vales, D Pêro Periz, e pelos seus frades, aquando da carta de couto concedida por D. Sancho I ao Mosteiro. Igualmente constava, seis anos mais tarde, no princípio do século XIII, a construção de uma cerca que decorria na parte leste, voltada para a atual Praça da República, havendo na altura uma porta.
Entretanto, entre 1245 e 1263, deu-se passos bastantes importantes nas decisões governativas para o Burgo. Decisões que na generalidade aconteciam na Idade Média, em que a regência estava sob os comandos dos Mosteiros ou Conventos, com a autorização régia dos Monarcas, ao conceder-lhes a Carta do Couto.
Assim pensou D. Afonso III, o que teve uma grande contestação por parte dos locatários do burgo, acabando o Monarca por revogar o novo foral e restituindo o de D. Afonso Henriques, com algumas alterações a nivel económico. Assim, com esta decisão o Alcaide começou a ser escolhido por decisão régia, sendo que este teria que manter a manutenção e guarda do burgo.
Durante o reinado de D. Dinis o cerco feito pelo Mestre de Avis ao castelo provocou a rendição do Alcaide Álvaro Pais de Sotto Mayor e dos seus homens, pois estavam por Castela. A partir de então e por razões da localização em que se encontrava a Vila, pelo despovoamento e pelos danos existentes, o Monarca não só concedeu regalias aos agricultores como manteve e reforçou a muralha.
Os melhoramentos viriam a acentuar-se nos séculos seguintes, com os diversos reinados, numa concentração de esforços, para que a Vila de Melgaço estivesse devidamente protegida.
Só nos finais do século XVIII sofreu reparações urgentes no castelo, devido ao seu estado de ruína, recaindo principalmente para a Torre de Menagem, com uma segunda reparação mesmo no virar do século no edifício do corpo da guarda onde haviam abatido várias porções de parede, dos telhados e paiol. Igualmente entra-se no século XX com reparações urgentes ou não da Torre de Menagem e do Castelo, no sentido de manutenção do monumento.
A fortificação compõe-se pelo castelo, a parte antiga da cerca da Vila Medieval e vestígios arqueológicos da couraça nova e do fosso envolvente. O castelo apresenta sensivelmente uma planta ovalada com três torres inseridas no circuito, duas quadrangulares de onde partia a muralha que cercava a vila e uma terceira a meio, a pentagonal, virada à vila amuralhada. Possui no centro a Torre de Menagem de planta quadrada que atualmente alberga um espaço museológico.
A muralha de diferente altura não apresenta remate nem adarve pelo interior, cujo acesso era feito por escadas estruturadas na espessura da muralha. Subsistem a norte, com dois lanços divergentes a leste e oeste, em que três dos lados apresentam vestígios do balcão, subsistindo os cinco cachorros de sustentação.
O acesso direto ao castelo fazia-se apenas por uma porta a leste, em arco de volta perfeita, de aduelas simples sobre os pés direitos com porta de madeira. A noroeste, existe uma porta denominada de Porta da Traição, com ligação à Vila muralhada, que é igualmente em arco de volta perfeita sobre impostas.
Ao centro do pátio de armas ergue-se a Torre de Menagem de planta quadrada em cantaria siglada de três pisos, que termina em parapeito ameado saliente, sendo regularmente rasgado por três seteiras, assente em cachorros escalonados e coroado por ameias de corpo estreito piramidais. A fachada principal orientada a norte abre-se sobrelevado portal em arco de volta perfeita, sobre impostas lisas bastante avançadas e com tímpano liso, com acesso por uma escada de ferro com guarda do mesmo material, e da torre sul três balestrilhas. À frente e junto à muralha existe uma cisterna de planta quadrada.
Este monumento está inserido na Rota dos Castelos e Fortalezas, do Portal de Valença, na organização Viagem no Tempo, Alto Minho 4D.
O Castelo está classificado como Monumento Nacional desde 1910.
Este ponto está situado na localidade Melgaço, na freguesia Vila e Roussas.
(Distância: 32 m SW)
Albergando anteriormente a Câmara Municipal e a Cadeia, este edifício do século XVII, Solar do Alvarinho ou Edifício dos Três Arcos, foi recuperado em 1997 para servir de base à prova e venda dos vinhos, para todos aqueles que visitem Melgaço.
(Distância: 44 m SE)
A igreja é datada do século XII, pertencendo assim à época românica. Da sua primitiva traça já pouco resta, devendo-se às muitas remodelações que a igreja sofreu ao longo dos tempos.
(Distância: 69 m E)
Estas ruínas arqueológicas foram descobertas há poucos anos, aquando das obras de reestruturação desta praça. Este troço defensivo da Vila remete-nos aos séculos entre o XIII e o XVII.
(Distância: 80 m S)
A Igreja de Santa Maria do Campo foi entregue à Misericórdia, nos finais do século XVI, pelo Arcebispo de Braga de então, Frei de Bartolomeu de Mártires. A instituição conseguiu sobreviver apesar da falta de recursos financeiros no século XVII.
(Distância: 87 m S)
Duas bem preservadas arcas tumulares, situadas no adro da Igreja da Misericórdia de Melgaço, situadas num tempo cronológico compreendido entre os séculos XII e XV, da Baixa Idade Média.
(Distância: 99 m SW)
(Distância: 104 m W)
Nos finais do século XIV Portugal e Castela entraram em confronto devido ao problema sucessório ao trono português, confronto que acabou por ser resolvido, segundo a lenda, por uma luta pessoal entre Inês Negra de um lado e a Arrenegada do outro.
(Distância: 159 m S)
Câmara Municipal de Melgaço - Largo Hermenegildo Solheiro, 4960-551 Melgaço
(Distância: 160 m E)
A Fonte de São João encontra-se na Praça da República desde o início do século passado, após uma transladação de outro lugar denominado de Assadura onde tinha sido construída no século XVIII. Num nicho no topo São João Batista batiza Jesus Cristo.
(Distância: 209 m NE)
Situada numa zona de Melgaço restaurada, a fonte era conhecida como Fonte de São Facundo devido à sua proximidade com a Igreja de São Facundo. Uma fonte dos finais do século XVII, foi construída onde havia uma nascente.